Capítulo 15- Fugindo da Realidade

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Eu não conseguia pensar em nada, então eu apenas dirigia pelas ruas até avistar uma praia rodeada por uma floresta tão linda, fazendo-me parar no encostamento para olhar mais de perto aquela paisagem que me trazia paz em meio aquele caos que insistia a me rodear

Desço do carro que peguei na casa de Tiphanny e vou em direção à praia

Ainda no calçadão retiro minhas sandálias imaginando o contato da areia com minha pele, e assim que me livro delas desço para a areia branca e macia que massageava meus pés andando em direção ao mar cristalino a minha frente sem nenhuma onda e eu só pude desejar ficar ali para sempre com aquele silêncio e calma a me abraçar sem me obrigar a escolher entre ele e o mundo barulhento não tão distante dali

Meus dedos tocam aquela agua gelada e um calafrio me percorre, mas não êxito, vou mais e mais para o fundo até que meus pés não estão vai encostando a areia escorregadia do mar e sem pensar muito toco a gota que trago em um colar que me foi dado por Charlie e quando abro meus olhos estou submersa na agua

No primeiro momento entro em pânico com medo de me afogar até que eu paro de me mexer e noto que eu não estava me sufocando e tão pouco engolindo agua, contudo, a realidade vem a mim e olho para minha pernas e quase caiu dura, se bem que eu não conseguiria cair ali, mas eu estaria bem perto do pânico ao ver uma calda escamosa ao em vez das minhas pernas

--Oque? ...-Consigo dizer pasma com aquilo

Olho ao meu redor para ver se tinha alguém que poderia me socorrer, no entanto, dizer nada seria pouco, pois estava tudo deserto e calmo, o que poderia ser uma vantagem ou uma catástrofe

--Tem alguém aqui? -Grito e vejo minhas palavras ecoando por todo oceano a minha volta-Alguém!!!

Quando eu estava prestes a me direcionar para a praia um tornado dentro da água se forma escurecendo, transformando ela de claras em escuras

Comecei a me afastar com medo e dizendo a mim mesma que deveria ter ficado calada

O redemoinho a minha frente começou a diminuir ganhando a forma de uma ninfa da água ou como a maioria conhecia... Uma sereia

--O que você está fazendo no meu oceano?

A garota de cabelos alaranjados com franjinha que iam até sua cintura reta, pele pálida, olhos azuis como o oceano a nossa volta, pergunta irritada

--Desculpe...-Me encolho--...Eu meio que não sei o que estou fazendo aqui, nem como vim parar aqui

Ela me analisa de cima a baixo

--De que povo você é?-Ela cruza os braços e me desafia com seu olhar frio

--Bem...Eu não tenho povo

--Como!?-Ela exclama

--Até pouco tempo atrás eu não sabia que eu era uma ninfa...E eu literalmente não sei como eu ganhei esta calda, já que eu nunca tive uma calda antes

--Que tal você parar de mentir...E me dizer que você não é uma intrusa antes que eu a acorrente em um dos meus cala bolsos

--Espera um pouquinho ai...Eu não sou intrusa, meu nome é Bridgit, mas todos dos povos das ninfas me conhecem como Wicca-Digo apavorada

--Você espera mesmo que eu acredite que você é Wicca? -Ela gargalha de mim -Que tal arranjar outra mentira, porque esta não cola

--Como posso prova-la que eu realmente sou Wicca?-Pergunto agora desafiando-a

Ela pensa, então abre um sorriso perverso no rosto

--A Wicca que eu conheci a algum tempo conseguiria atrair animais para o mar como ela fazia antigamente para que brincassem com ela

Wicca- A Filha Dos DeusesOnde histórias criam vida. Descubra agora