4° CAP

38 2 1
                                    

No outro dia acordei até mais disposto, pois não apanhei, havia dormido bem, então fui preparar o café da manhã e de repente dei de cara com pai, ele já havia preparado tudo ; que pode-se dizer que é um milagre.
Já estava com roupas limpas e pronto para sair.

- O que está olhando? Nunca me viu é ! Disse ele me olhando e tomando um gole de seu café. Fiquei pasmo com aquilo o olhava de boca aberta.

Por mais que estivesse acontecendo algo de bom a minha mente não conseguia se livrar de um pensamento:
*Algo vai acontecer! E não é bom!*
Ele então pegou o casaco e foi em direção à porta.

- Onde o senhor vai ? Perguntei meio receoso porque não é do meu porte fazer perguntas. - Não te interessa ! Respondeu ele em um tom rústico e seco ; mais já era de se esperar, toda a sua calmaria já havia ido embora.

- Mais pai.....Continuei, e ele retornou para pegar as chaves.
- Pai...Por favor não vai! Não me deixe aqui sozinho outra vez.!
Eu o peguei pelo braço na tentativa de impedi-lo mesmo sabendo que aquilo era suicídio.
- Me solta caralho! Berrou ele.
- Mais pai o senhor acabou de ser solto se for pego outra vez na rua pode não mais sair da cadeia!
- Me deixa! .....Larga meu braço porra! Eu insisti,mais ele me empurrou contra à parede e saiu, estava dominado pelo álcool e pela cocaína, o seu corpo só necessitava destas substâncias, e o seu ataque de bondade havia acabado completamente.

Harry ParkinsonOnde histórias criam vida. Descubra agora