Meu pai desistiu e acabou cedendo. Nossa festa de 18 anos seria em algum lugar especial, ainda não sabíamos onde mas seria um arraso. Eu, o Nando e o John ficamos conversando sobre a festa durante um tempão, mas perto das 18h pedi licença pra me arrumar. Tomei banho, sequei o cabelo, vesti uma calça jeans de cintura alta com uma regata branca simples e fiz uma maquiagem bem leve, só pra parecer apresentável.
20h, como o combinado, o interfone tocou e eu desci. O Nathan estava lindo, como sempre. Os cabelos negros ainda estavam molhados e ele abriu um sorriso lindo quando me viu. Ele vestia uma calça jeans, com uma camiseta. Ele veio até mim, me abraçou e beijou minha bochecha. Que homem cheiroso, socorro alguém chama o SAMU. A gente foi em silêncio até a sorveteira na esquina da minha casa e chegando lá, nós pedimos nossos sorvetes e nos sentamos numa mesa.
- Preciso falar as coisas antes de perder a coragem, sabe? - Nathan disse
- Sei - ri e coloquei uma colherada do sorvete na boca - Prometo não te interromper.
- Você sabe que eu te amo. Você sabe que eu não tô mal nem bravo com a Sabrina. Você sabe... - ele começou a falar mas descumpri a promessa
- Você não tá mal? - tirei a colher da boca
- Você disse que não ia me interromper. - ele riu - Eu queria ter terminado com a Sabrina, sabe? Eu até gostava dela no começo mas ela é meio....
- Chata. - completei
- Sim! - ele sorriu
- Eu também amo você, Nathan. Desde sempre. - confessei
Então ele só sorriu e se aproximou de mim. Eu já conhecia aquele beijo, mas ele estava ainda melhor agora.
