Fiquei no banco de trás do Impala. Dean olhava para o retrovisor, ás vezes me encarando com uma expressão séria e preocupada. Eu sorria para ele, apenas para provocá-lo. Mas ele não correspondia porque Sam estava bem ao seu lado. E seguiu assim por toda a viagem. Ás vezes, eu passava a mão por todo o corpo e mordia os lábios, ver sua feição de prazer e excitação com isso me dava uma sensação ótima.
— Dean? Tudo bem? — Escutei a voz de Sam, que estava o encarando.
— Ah.. s-sim. — Dean remexeu-se no banco e eu pude perceber o volume em suas calças quando me inclinei. Parei de sorrir e voltei para trás quando vi Sam me encarando, e nós seguimos o resto da viagem em silêncio.
x
O pequeno mercado estava coberto por faixas amarelas e lotadas de policiais e paramédicos. Havia um corpo coberto em uma maca e muito sangue espalhado pelo chão. Os garotos desceram primeiro do carro e eu demorei um pouco mais lá dentro. Depois de alguns minutos, saí e fui ao encontro de Sam.
— O negócio foi feio. — Arrepiei-me ao ouvir a voz de Dean bem atrás de mim. Segurei para não olhar para trás e simplesmente me perder em seus olhos, com certeza Sam perceberia.
Dean começou a nos explicar oque realmente aconteceu e suas explicações sobre o que poderia ter sido. Eu gostava de observar suas feições e expressões engraçadas enquanto ele falava. Na maioria das vezes, Dean ficava bem sério. Quando sorria, eu sabia que ele tinha feito alguma de suas piadinhas ou sarcasmos sem graça. E a cara fechada de Sam só indicava que ele havia acabado de fazer isso.
— Eu vou ir dar uma pesquisada nos outros locais. — Sam disse enquanto se dirigia para o carro. Dean o encarou confuso e foi direto atrás dele.
— Nós vamos. — O moreno o impediu de entrar no carro, pressionando a porta com a mão.
— Você tem coisas melhores para resolver. — Sam sorriu para mim e eu fiquei sem reação. Talvez ele tivesse nos visto no hotel hoje mais cedo.
— O-o que? — Dean deu uma rápida olhada para mim e eu sorri para ele.
Sam sorriu malicioso enquanto cochichava algo em meu ouvido, e quando terminou, deu um tapinha nas costas de Dean e sorriu para mim antes de sair andando em outra direção. Dean ficou parado um tempo, talvez raciocinando sobre algo. Assim como eu.
Depois de alguns segundos, ele abriu a porta do carro e me chamou para entrar.
— Nós vamos para o hotel terminar uma coisa.