Capitulo 1

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Sou Kathreen Mitchell sim, sou eu mesma, a própria. Kathreen Mitchell filha de John Mitchell o rei do tráfico e dono do império The Killers. Tenho 17 anos e eu vivo em Chicago, nos Estados Unidos. E nesse exato momento estou no meio de uma discussão com o meu pai na verdade ele está, eu só estou somando aqui, ele fala as merdas que ele deseja fazer com a minha vida e eu respondo com meu vocabulário totalmente elegante (e não eu não sou irônica). Bom, dessa vez parece que é pra valer,ele colocou naquela cabeça (que sinceramente às vezes eu penso que não tem nada lá dentro) que eu devo me mudar pra Inglaterra. Apesar da minha exaustiva tentativa de impedir esse completo desastre dessa vez parece que ele vai levar até o final. Por que ele ainda não deixou a ideia de lado? De duas uma ou ele perdeu a conta e usou muita, muita droga mesmo ou ele realmente pirou e resolveu me despachar então provavelmente fez uni duni tê no mapa mundi e escolheu a Inglaterra. Eu definitivamente não quero me mudar para a Inglaterra muito menos estudar numa escola inglesa tudo bem os ingleses são gatos e bons no que fazem ( já experimentei vão por mim eles dão conta do recado) mas eu também tenho plena noção que algumas inglesas são falsas e vadias (já tive uns problemas com uma britânica e vocês não querem saber como terminou) e também porque eu sei que a Inglaterra não é o meu lugar. Porém o ponto não é esse, a minha vida está toda aqui, meus amigos e meu pai, que mesmo querendo acabar com a minha vida, ainda é tudo o que tenho.

"Kathreen? Você me ouviu?" Ele diz aos berros e eu tento contar até dez pra não perder a cabeça. Só que eu acabei me perdendo no 2.

"Sinceramente pai eu ouvi, mas acho que você deve ter cheirado muita merda e nesse momento ta louco na droga então preferi ignorar" Digo com toda a sinceridade.

"Eu só quero o seu bem."

"Então tira essa ideia totalmente fora de cogitação da sua cabeça minha vida está toda aqui, você pai, a única pessoa que eu tenho ta aqui ! Como você pode sequer pensar em me mandar pra Inglaterra?" Estou tentando ser sentimental pra ver se ele descarta a ideia e me deixa ficar. Pois é acho, ACHO que não vai funcionar

"Você vai e pronto."

"Ótimo." O que eu falei?

Logo depois que eu disse isso eu sai da sala, desfilando óbvio porque eu sempre saio desfilando e porque claro né eu posso tentar tirar algum proveito dessa situação. Eu sozinha na Inglaterra coisas ótimas estão por vir já posso até prever. (já comentei sobre não ser irônica né? Ótimo.)

Voltando a discussão, porra só Deus sabe o quanto eu odeio quando meu pai diz algo que eu não consigo revidar. Eu sei que brigar com meu pai é o mesmo que querer correr porém ficar andando em círculos resumindo: discutir eternamente. E eu puxei isso dele.

Então já chega,parece que irei mesmo pra Inglaterra. Tremam a base vadias e se preparem piranhas, Kathreen Mitchell está chegando.

30 de Julho, 14h, Inglaterra.
Após duas semanas, aqui estou eu já em solo britânico. A Inglaterra não é pra mim. Eu realmente espero que meu pai tenha alugado um apartamento decente pra eu morar, porque se for um moquifo, eu vou arrancar os olhos dele e fazer ele comer com molho barbecue (um pouco psicopata? Claro que não). Acabo me perdendo em pensamentos e percebo que o táxi acabou de chegar no endereço da minha casa, se isso sequer pode ser chamado de "minha casa". Eu pago o motorista que eu carinhosamente apelidei de velho taradão porque logo que eu entrei no taxi ele ficou olhando fixamente para os meus peitos, pego minha malas e enfim entro no prédio. É, nada mal, nada mal mesmo pai. Chamo o elevador e em menos de um minuto chego no meu andar. Ao entrar no aparamento dou de cara com um cara que mais parece um bruta montes. Eu estou no lugar certo? Claro que está, a chave coube na fechadura, meu subconsciente debocha. Estou realmente confusa e tudo que consigo fazer é ficar olhando pra ele com a minha melhor cara de "não tenho amigos porque matei todos", esperando que ele diga algo. Até que ouço sua voz extremamente grave pronunciar:

"Sou David, trabalho pro seu pai e estou aqui pra te ajudar."

Era só o que faltava, agora eu tenho uma babá. Obrigada pai vou lembrar disso no dia dos pais.

"Oi David, diz pro meu pai que eu não preciso de ajuda."  Digo apontando pra porta, pedindo que ele saia (quase que enxotando ele do meu apartamento mas isso são só detalhes). E ele felizmente sai. Não que eu ache que isso vai acabar assim, está mais do que claro pra mim que esse cara vai ficar na minha cola, meu pai realmente quer acabar comigo. Não quero estar aqui, isso não é o meu lugar.

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Oii gente, espero que gostem do capítulo, comentem e votem. Beijinhos :)

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