A procura de um Anjo LIVRO 1: Anjo Caído

Capítulo 9

Elisabeth-1880

Elisabeth estava sentada no banco na varanda de sua mansão vendo a chuva cair. O cheiro de feno, flores, maçãs verdes eram trazidas pelo vento. Elisabeth o inalava com grande satisfação. Sempre apreciou a natureza.

Elisabeth sentia saudades de Tomi. O anjo que ela estava apaixonada e que fora tirado dela por causa de um beijo.

Ela ainda tinha Tristan, mas ele era bem diferente que Tomi. Ele queria mandar nela, ele queria fazer-la parar de matar, entretanto se ela parasse de matar suas riquezas iriam desaparecer em um passe de mágica.

Riquezas

Sensualidade

Poder

Só isso era importante.

-Senhorita Caeste. Eu não sei como explicar isso, mas alguém chamado

Tomi pediu para que você fosse encontrá-lo na floresta. Mas eu posso estar louca, pois eu só ouvi uma voz. –Disse sua criada na soleira da porta. Ela fitava o chão para não encarar Elisabeth. Sinal de respeito.

Ao ouvir o nome de Tomi os lábios de Elisabeth se repuxaram em um sorriso. Ela se levantou do banco olhou a criada agradeceu-a e correu para a floresta em baixo da chuva. Elisabeth nem se preocupava em estar molhando toda sua roupa, ela só queria ver Tomi novamente.

-Tomi! – Chamou Elisabeth enquanto ainda corria.

Alguém puxou seu braço assustando-a. Era Tristan. Os olhos escuros de Tristan demonstravam uma tristeza profunda.

Ele a estava machucando apertando seu braço.

-Solte-me! – Gritou Elisabeth. Tristan não a soltou e nem afrouxou seu aperto. –Onde está Tomi?

-Não há Tomi. Eu quem a chamei aqui.

Elisabeth olhou para todos os lados querendo encontrar Tomi. Mas não havia nenhum sinal de sua presença.

-O que você quer de mim? – Elisabeth perguntou.

Ela não tinha medo de ninguém a não ser de Tristan.

-Eu cansei. Elisabeth. Eu cansei de amá-la e não receber nada em troca a não ser escutar o nome dele "Tomi". Eu não queria fazer isso. Eu não queria. Mas é preciso. – Tristan acariciou o perfeito rosto de Elisabeth e sussurrou. – Desculpe-me.

A mão que acariciava o rosto de Elisabeth desceu para o peito e ao mesmo tempo que o raio tocou o chão, Elisabeth gritou a meio ao trovão. Ela olhou para seu peito onde a mão de Tristan estava fincada.

-Por quê? – Após essa pergunta o espírito de Elisabeth não estava mais ligado a seu corpo.

O grito de dor, raiva, Traição ecoou pela mente de Tristan. Ele havia a matado e agora se perguntava o por que.

Jhulie

Voltei a ver Elisabeth que estava sentada no chão.

-Finalmente. – Disse Elisabeth se levantando.

O que Elisabeth havia sentido naquela noite, eu agora também sentia.

Dor

Raiva

Traição

-Por quê? – Era a única coisa que eu conseguia dizer. Por quê? Por quê? Por quê?

Tristan não era assim.

Ruby a personagem de redenção eu me identificava.

Ela era algo a qual as pessoas teriam que temer. E eu também. Tudo se volta ao passado da pessoa.