Luhan morava com sua mãe em um quartinho alugado na propriedade de Choi Siwon na China, suspeito seria chamar aquilo de quartinho pois não era um lugar bom para se morar, pelo menos para pessoas morarem, aquele cafofo fedia a esgoto, havia ratos e baratas passeando pelos arredores da casa, era realmente horrível, por mais que a mãe de Luhan odiasse estar naquela situação ela não teria condições de se mudar com seu filho ainda pequeno, e não acharia outro "proprietário" que aceitasse o jeito que ela pagará Siwon.
Choi Siwon, um coreano de cabelos escuros e um olhar que amedronta a todos, é atualmente o bandido mais perigoso da China, cometeu muitos estupros, assaltos e tráficos, fora os inúmeros órgãos de inimigos vendidos no mercado negro dos países a fora.
Kwon Yuri, mãe de Luhan, conheceu Siwon em uma rua onde estava seguindo seu caminho pensando no que faria em seu futuro, Yuri é garota de programa desde seus 16 anos, quando foi expulsa de casa por assumir sua homossexualidade, o sonho de Yuri era ser cantora, sempre quis subir em um palco, dançar com aquelas roupas deslumbrantes e receber aplausos do pessoal, mas não foi bem isso que o destino preparou para a jovem.
- Yuri On -
Estava indo embora pra casa me perdendo nos meus pensamentos, eu não sabia como iria contar isso para meus pais, mas hoje já chega, eu vou contar tudo que estou sentindo, não aguento mais me esconder, chegou a hora.
Abri a porta de casa e dei de cara com os dois sorrindo:
- Yuri olha quem veio nos visitar - falou minha mãe abraçando meus ombros, a olhei meio confusa
- Olá - disse a garota se levantando do sofá e vindo em minha direção - Sou Jessica, Jessica Jung - e sorriu.
Você já deve saber quem sou eu né - dei um sorriso amarelo e subi para meu quarto.
Será que fui arrogante demais com a garota? mas eu nem sei quem é ela e nem o porque dela estar aqui, só sei que ela acabou com o meu plano de me assumir, saco, terei que conviver com isso mais alguns dias.
Ouvi algumas batidas na porta e a tal da Jung entrando no meu quarto:
- Me desculpe se fui muito arrogante hoje, não estava muito bem. - disse com cabeça baixa
- Tudo bem, eu sei o que está passando Yuri - disse ela levantando meu rosto e passando a mão pelos meus cabelos
- Como assim? O que você quer dizer com isso? - a olhei espantada
- Acho que você não lembra de mim, bom, sou filha da melhor amiga da sua mãe, nós brincávamos juntas quando tínhamos 7 anos, e bem, no último dia que nos vimos fizemos algo que nunca esqueci - ela disse com um sorriso malicioso no rosto
- Do que você está falando? - essa garota é realmente louca
- Disso.
Ela me beijou? Como assim? Por que ela fez isso? O que tá acontecendo?
Nesse mesmo instante para nosso azar ou sorte, minha mãe entra no quarto e vê sua princesinha agarrada com outra garota, uma lágrima cai do rosto dela e um aperto no coração me invade, ela pega uma mala joga todas as minhas roupas dentro, puxando meu cabelo me deu um tapa na cara e parou em minha frente aos soluços:
- Vai embora daqui, eu não quero mais te ver - jogou o dinheiro na minha cara e saiu batendo as portas.
Ajoelhei no chão e comecei a chorar, sentia o meu rosto ficar cada vez mais quente por conta das lágrimas, Jessica se sentou ao meu lado e me abraçou.
- Algum dia você teria que se assumir, seu lugar não é aqui, você já aguentou coisas demais dentro dessa casa, a sua mãe pode até se acostumar com os tapas do seu pai, mas você não, então vá.
- Eu me sinto um monstro, eu queria ser normal - sinto Jung me abraçando mais apertado.
- E quem disse que você não é normal Yuri? Todos têm o direito de amar quem quiser, o amor é livre, você não escolhe ser você apenas é o que é e não deixe que ninguém mude isso, construa sua vida e não deixe que ninguém de palpite nela.
Jung tinha razão, eu não poderia deixar de ser o que eu sou só porque algumas pessoas não aceitam, eu nunca precisei de ninguém, não será agora que vou precisar, meu pai nunca me deu nada, sempre que eu fazia algo de errado ele descontava em minha mãe e eu não suportava ver aquilo. Naquela mesma noite, desci as escadas e fui direto para a porta, minha mãe tentou segurar meu braço e pedir desculpas, eu beijei sua testa, e sai sem rumo.
Estava andando pela rua quando um carro para do meu lado e abre o vidro.
- Ei gostosa, quanto é? - Do que esse cara está falando? Ele tá achando que sou mulher da vida?
- Pergunta pra sua mãe, otario! - falei irritada
- Calma princesinha, eu só queria me divertir um pouco, mas tudo bem eu volto mais tarde - O homem deu partida no carro e eu pensei comigo mesma, por que não fazer programas? já perdi tudo mesmo, não tenho família, não tenho dinheiro, vamos tentar, sai correndo atrás do carro gritando para que parasse.
- Mudou de ideia? - perguntou um homem com cabelos escuros, e olhos cerrados, nossa, ele realmente era gato mas deve ser bem mais velho.
- Sim, 200 reais a hora. - falei olhando nos olhos dele.
- Caralho! - o homem gritou
- Aproveita que ninguém usou ainda - pisquei abrindo a porta do carro
Eu realmente não sabia onde estava amarrando meu bode, quando entrei no carro vi que o homem havia uma arma presa na cintura, fiquei assustada e não escondi a cara de espanto.
- Você não me falou seu nome - ele riu da minha cara.
- Kwon Yuri, qual o seu?
- Choi Siwon, prazer.
- Você por acaso é policial? - ele caiu na gargalhada.
- Pelo contrário - Siwon deu um sorrisinho de lado.
Ah não, que merda eu to fazendo da minha vida? o cara é bandido, porra to fodida, literalmente fodida.
Continuei a sair com outros homens e em uma dessas saídas eu engravidei, pensei em abortar, mas Siwon não deixou e disse que me ajudaria a cuidar da criança, só que com uma condição, eu iria ter que ir morar na China e iria ter que pagá-lo com sexo, aceitei logo de cara.
Luhan nasceu e só assim pude continuar trabalhando como sempre, Siwon pagava uma babá para o bebê enquanto eu estava fora, confesso que Kim Hyoyeon, a babá, tinha um corpinho bonito, nós nos pegávamos às vezes enquanto Luhan dormia, mas nada sério, já que agora ninguém dava mais palpite na minha vida, eu poderia transar com quem quisesse.
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Thunder
FanfictionO destino às vezes pode ser doce, às vezes cruel, ou talvez, doce e cruel ao mesmo tempo. Toda dor se cura com amor, mas será que estou amando a pessoa certa?