Capítulo 28

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Sinto uma força sobre mim, uma força enorme que me empede de abri até mesmo os meu próprios olhos.

Isso já aconteceu inúmeras vezes, más sempre me deixa chateada e espantada.

Começo a consegui deslocar as pálpebras dos olhos e minuciosamente vou os abrindo.

Me deparo com uma poltrona de couro, pareces azul claro e foscas, cortinas brancas, janelas que refletem a luz forte do sol e uma porta.
Estou no lugar onde menos gostaria de estar.

Um "klik" alto me assusta, fazendo com que eu me vire de imediato pra onde vem o som.

- Oi Sam, bom dia! - A voz do doutor Almeida me encomenda de uma forma inexplicávelmente ruim. Talvez seja pelo terror que é pra mim vê ele nesse lugar.

- Sam querida! - Mamãe entra na sala correndo e beija minha testa. - Você está bem?! -
Concordo com a cabeça e ela suspira aliviada. - Graças a Deus! - Ela coloca a mão no peito e me abraça. - Que susto você me deu querida!


- Senhora Amanda, me desculpe atrapalhar mas... Eu gostaria de conversar um pouco com a sua filha.


- Claro doutor, fique a vontade! - Mamãe me dá um beijo na bochecha e logo sai nós deixando a sós.


- Sam... - O médico fala puxando uma cadeira giratória pra perto da cama, - Eu preciso ti contar umas coisas que você não vai gostar de ouvir, mas infelizmente....



- Por favor doutor, não me diga que o meu bebê.... - Falo espantada e sinto meu nariz furmigar.



- Não minha querida, não é isso. - Souto um suspiro aliviada! - Desculpe ti espantar, o seu bebê está bem. Mas.... O que eu tenho pra ti dizer não é sobre a saúde dele; mas a sua. -
O doutor abaixo a cabeça e eu percebo que dizer aquilo pra mim, machuca muito mais ele do que pode me machucar. -
A sua melhora logo depois das quimioterapias foram muito significativas, mas infelizmente não foi o esperado! Invés de parar completamente o desenvolvimento da leucemia, ela só fez com que a leucemia se espalhace mais pelo seu corpo sem você ter reações.


- Então o senhor..... Isso que dizer que a leucemia continuo a se espalhar e a quimio só serviu pra não mostrar os efeitos dela?!



- Infelizmente sim! - Ele olha nos meus olhos e sinto o encomodo do momento.


A zona de silêncio que se tornou aquela sala foi tão grande que meu coração doía cada segundo a mais que se passava.

As palavras do médico iam e vinham na minha mente sem parar. Cada segundo com mais força elas se chocavam em minha contra mim! 

- Eu.... Vou ti deixar um pouco a sós. Acho que você precisa descansar um pouco. - Ele fala se levantando e indo em direção a porta.

- Espere! -
Falo o mais alto que posso. Ele se vira pra mim assustado, - Então.... -
Tento procurar na minha mente as palavras mais apropriadas pra dizer aquilo, mas não encontro nenhuma e..... Danisse! - Agora não tem mais nada pra fazer neh?! Eu vou esperar a....


- Tem sim Sam, mas esse método pode demorar um pouco.

- Hmm... E qual seria?


- O transplante de medula. É a única alternativa no seu caso. Mesmo que fosse depois do bebê nascer, só o transplante resolveria.

- Uhum....


- Vou ti dá um tempo pra pensar e falar sobre isso com seus pais. Depois a gente resolve isso.


- Obrigada doutor!


- Tente descansar querida. - Concordo com a cabeça e o doutor me deixa sozinha na sala com meus pensamentos que só me levam ao fundo do poço!

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