|Parte 2|

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Não reclamo em estudar numa escola de ricos, apesar de passar por umas fases que nem sei como suporto. Pra mim já bastava as atitudes sensatas dos meus pais: me xingar, falar que sou um erro....

-Olha quem chegou!- grita Mike, o pior aluno deste colégio. Não pense porque ele não é inteligente, e sim o melhor em arruinar meu dia- Não é que a menininha está mais peituda hoje?- me encolho ao ouvir o adjetivo usado a mim.

Ajeito a mochila em meus ombros, e continuo seguindo em frente. Hoje o dia vai ser longo! Ou melhor, um inferno igual aos outros dias.

-Eai? não vai nem agradecer o elogio- reclama Mike pegando meu braço e o pressionando com força-Devia continuar com aqueles belíssimos elogios que você recebia no quarto ano. Não é verdade galera?- pergunta ele para o pessoal de sua gangue, que por uma infelicidade, fizeram uma roda em minha volta. Um dou outros caras- Ethan- me empurram, fazendo-me derrubar todos os meus materiais.

-Não é que a garotinha é estudiosa- diz Ethan debochando da quantidade de livros que carrego- è apenas o final do ano para irmos diretamente às férias- comemora com uma voz muito irritante, que se eu fosse as suas cordas vocais eu iria querer morrer, ou não pertencer a ele.

-Não tenho tempo para besteiras- respondo, enfim, enquanto pego meus materiais e tento empurrar Mathew- outro idiota da gangue-, mas ele é mais forte do que eu, fazendo com que minha perna esbarre no rodapé.

Por um segundo achei que cairia novamente no chão, mas uma mão é escorada em minhas costas fazendo com que me vira-se para agradecer. Quando me viro vejo que é um garoto, mais ou menos, de minha idade. Ele aparenta ter uns 18 anos, provavelmente deve estar de passagem na escola; diria que ele não teria repetido algum ano.

-Er...- começo envergonhada- Muito Obrigada- concluo baixo

-Não a de quer- agradece sorrindo e desaparece na imensidão de pessoas

-Acho que a Nerdzinha já conheceu um novo garoto- fala, Lorrane, com uma voz de deboche, e finaliza com uma risadinha.

Ela, e seu grupo, saem assim que ouvem o sinal bater. Para não levar uma ocorrência, também vou direto para minha sala. Já no começo do corredor, vejo um murmuro e várias pessoas enfrente de suas salas; algumas choram, outras, como eu, nem sabem o que está acontecendo.

-Olha ela lá!- grita Ethan, que rapidamente direciona à mim. Todos os olhares do local se voltam à mim.

-Por favor- implora uma mulher de meia idade vindo em minha direção

Não pude conter a pena em mim. Ver aquela pobre senhora chorar por um motivo que ainda não sei, e, também, vem pedir mimha ajuda.

-Claro senhora- responde num tom para confortá-la- No que posso ajudá-la?- pergunto assim que chegamos em frente a uma sala na porta estava fechada, em sua frente havia faixas de segurança. De fora dava para ouvir gritos de policiais e uma voz masculina implorando

-Este é meu filho- mostra uma foto dele que estava contida no seu colar- Ele fugiu de casa quando tinha 15 anos e nunca mais o vi. Certo dia, depois de 7 anos, vem a notícia que ele iria ser pai. Bem que me lembro o dia em que peguei minha netinha- ela mostra uma outra foto que estava ao lado da foto mostrada- Está é minha netinha, Dinah. Ela nasceu e nunca tive um contato físico com ela- escorre algumas lágrimas dos olhos da senhora- Queria muito que meu filho não tivesse passado por isso- explica a mulher- Ouvi dizer que ele maltrata a Dinah- nisto cenas do meu pai me batendo, me espancando me.... Maltratando- Ele chamou uma tal de Pamella- nisto minhas costas gelaram justamente ao meu pescoço. Minhas mãos suavam muito- uns garotos falaram que você era a única Pamella desta escola, por isso te abordei

PamellaOnde histórias criam vida. Descubra agora