Cap. 13

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- Tom sabe escolher bem as garotas, veja você está caidinha por ele e ele por você, me dá até nojo, mais eu quero você só para mim entendeu Thay ou devo chama-la de Samantha Xavier.- Eu olho diretamente para seus olhos e fico bufando de raiva, como ele sabe meu nome, como. - Não se assuste criança, eu sei muito mais do que você imagina, sobre seus pais, o acidente... - Ele nem precisa terminar eu começo a tremer e entrar em pânico.

- Para! Sai de perto de mim, como você sabe; - Ele não me atende e chega mais perto e eu me viro ficando frente a frente com ele já com os olhos cheios de lágrimas.

- Eu sei de tudo Samantha e quero você para mim, sou bem obcecado quando quero algo e se Tom a escolheu é porque você tem algo em especial. - Eu dou um passo para o lado indo em rumo a porta aí ele me agarra pelo braço e me prensa com a parede, lágrimas saiam do meu rosto eu tentava fugir.

- Se você gritar ou tentar fugir de novo te como aqui mesmo, ou te bato se preferir - Ele diz com a voz nervosa e tenta me beijar. Eu choro, por ser fraca ou por Tom não vir me procurar. De repente a faxineira chega e solta um suspiro, eu aproveito sua distração e saio pela porta.

- Dá próxima não haverá faxineira Samantha! - Ouço ele gritar e não dou bola saio enxugando as lágrimas e corro para a porta.

O movimento aqui já está fraco, quando quase chego a porta de saída, um arrepio toma conta do meu corpo e alguém segura meu braço, eu assusto e me viro, ao olhar Tom com uma cara de preocupado eu me alívio.

- Onde você estava, eu fiquei louco com sua demora Thay! - Vejo nervosismo em seus olhos e então vejo o bruto do Marcos saindo do banheiro no fundo dando risinhos. Eu não aguento e começo a chorar e tom me abraça. - Shh, se acalma minha menina, o que foi; - Ele me pergunta, eu soluço de tanto que choro.

- Ele me prensou eu não pude fazer nada, ele sabe, sabe do acidente.- Digo e me perco nas palavras, Tom me olha com cara de nervoso.

- Quem; que acidente; o que ele fez; - Ele grita e eu arregalo o olho vejo que ele está em fúria, mais eu preciso do seu aconchego.

-Marcos, o acidente dos meus pais, me agarrou e me forçou...- eu falo e a expressão de Tom muda rapidamente.

- Eu mato esse desgraçado, aonde ele está Thay, me fala! - Ele grita e isso me machuca mais. Não quero que ele se machuque só quero ir embora, vou ter que mentir.

- Já foi embora, Tom por favor me leve para o dormitório. - Já não choro mais só quero ir embora.

- Está bem - ele é seco comigo e me acompanha, ao chegar no apartamento eu vou direto para o meu quarto, minha cama, minhas lembranças. Tom me acompanha e fica do meu lado sem dizer nenhuma palavra.

- Que acidente foi esse Thay. - Ele pergunta quebrando o silêncio e me olhando com olhos de compaixão, não quero que ele tenha pena de mim, mais não vou esconder nada, não sei o que Tom é capaz, mas hoje só quero dormir e descansar amanhã eu conto.

- Você vai saber Tom, na hora certa vai saber. - Tom me olha e dá um pequeno sorriso de quem não está contente e beija minha testa e minha bochecha.

- Boa noite Princesa - Ele diz e levanta para se retirar, não quero que ele vai embora, quero que fique, não quero ter pesadelos.

- Tom... - digo pensando para ele ficar, ele me olha com amor.

- Tudo bem Thay, estou aqui do lado, é só chamar. Boa noite. - Ele sai sem ao menos deixar eu continuar, sei que ele está atordoado por causa do Marcos, ouço barulhos na cozinha e som de garrafa, com certeza foi beber para se acalmar, espero que esteja tudo no lugar quando eu acordar. O sono vem e eu me deixo levar, torcendo para ter bons sonhos.

''Estou em um quarto escuro, minha cabeça dói e o resto do meu corpo, principalmente minhas partes íntimas, estou nua e coberta com um edredom, eu choro pedindo ajuda, não vejo nada está escuro, estou co mfome e frio, tento me acalmar mais nada adianta, ouço passos a minha frente eme encolho de medo, ele me puxa pelo braço e começa a me bater, falar coisas obscenas, não consigo ver seu rosto, ele me dá um tapa na cara e fala que meus pais teria vergonha de mim, isso dói, mais que um tapa, ele grita meu nome. -Samantha, Samantha! - Eu sou violentada mais uma vez e jogada no chão frio, me encolho de dor e ali peço minha morte. ''

Acordo atordoada e com uma mão no meu ombro me puxando em direção ao um corpo quente e musculoso.

Começo a chorar baixinho sem abrir o olho, meu coração está acelerado.

- Por favor Thay, olha para mim, abra os olhos princesa. - Eu conheço essa voz rouca, o corpo quente e aí eu abro os olhos e vejo Tom com os olhos vermelhos sem camiseta e molhado com uma cueca box preta e de meia, seu cabelo está molhado.

- Sinto...muito...- falo atordoada, mesmo a visão dele assim na minha cama eu me reprimo de dor.

- Tudo bem-querida, apenas relaxe, estou aqui. - Tom fala e sua respiração está rápida- Com o que tanto tem pesadelos. - Ele pergunta.

- Com meus medos e traumas. - Eu respondo na lata, já decidi vou contar tudo e me ver livre desses horrores.

- Droga, é por causa do Marcos! - Ele me olha furioso

- Não, quer dizer é, mais não totalmente- eu fico sem o que pensar.

- Me explica Thay, o que aconteceu com você e ele. - Eu fico olhando ele e ele merece saber se não vai ficar pensando coisas piores.

- Eu estava feliz me olhando no espelho, eu queria te contar várias coisas e por fim ele entrou e ...- contei tudo para ele, me ouvia atentamente, só não falei do meu nome, ouvi-lo me deixava magoada, foi a única coisa que minha mãe me disse quando me arrastei até ela com os braços cheios de sangue, só de pensar me arrepio, perder os pais ao começo de 17 anos não é nada fácil. Quando terminei de falar Tom me olhava a fundo e soltou um suspiro e me abraçou. Eu precisava desse abraço mais do que qualquer coisa.

-Sinto muito Thay, eu não vou deixar mais nada acontecer com você. - Ele fala e me dá um beijo na testa, eu fico feliz em saber que ele se preocupa comigo, depois de um tempo eu comecei a analisar o corpo do Deus Grego que estava na minha frente apenas de cueca, acho que ele nem percebeu e se percebeu não ligou. Estava me sentindo desconfortável. Comecei a olhar nos olhos dele e ele mais uma vez suspirou, agora estávamos sozinhos, ninguém podia atrapalhar eu iria beijá-lo.


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A Paixão de SamanthaOnde histórias criam vida. Descubra agora