Uma lágrima que escorre, um bocado que morre

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Uma lágrima escorre, um bocado que morre

Uma lágrima que escorre,
um bocado de mim que morre.
Lentamente corrompem a minha alma
e gelam o meu coração.

Escorriam pela minha cara
e caíam nas minhas mãos.
Por mais que eu tentasse segurar
eram demais para aguentar.

O meu coração batia forte
e a cada batida ficava mais gelado.
Mas mesmo congelado
não deixa de doer.

Eu só desejava que deixasse de bater.
Olhando-me ao espelho e minha cara encharcada
parecia estar acabada
mas sempre havia uma força vinda do nada.

Eu implorei para não derramar mais lágrimas
porque aquelas eram demasiado dolorosas.
Mas a insistência era mais forte
e no meu braço surgiu um corte.

Deixei de ser forte
a partir do momento em que apareceu o corte.
A única solução será chamar o anjo da morte
que ainda não me levou por sorte.

Poesia de amor e dorOnde histórias criam vida. Descubra agora