Para quem gosta de um romance cliché, aqui está um!
Lívia , uma garota de 17 anos,em seu primeiro ano da faculdade.
Dividindo um apartamento em SP com suas duas amigas. Como será essa nova experiência para ela ? A garota que sempre morou com os pa...
Chegamos em um restaurante rústico , mas muito bonito. Com vasos de flores nas mesas e atendentes com os uniformes combinando. - Esse é o restaurante da minha tia , é italiano. -É lindo.-Uau . Será que todos aqui são riquinhos, com famílias ricas e esnobes!? O que eu tô fazendo aqui , nessa cidade, nessa faculdade? Ah lembrei , estudar , porque é uma das melhores faculdades do país , e só estou aqui porque ganhei uma bolsa .
Quando escolhemos uma mesa,uma mulher muito simpática apareceu abraçando o Bruno. - Bruno, que bom ver vc aqui ! -Ela sorria pra ele calorosamente. - É bom ver vc também tia , essa é a Lívia - ele disse apontando para mim. -Prazer em conhece-la, Lívia. -Ela estendeu uma mão. - Igualmente. - Eu sorri. Bruno estava sentado de frente para mim e a tia dele nos deu os cardápios. - Gosta de comida italiana, Lívia ? - Gosto sim , massa é comigo mesmo. Eu disse sorrindo e abrindo o cardápio, o Bruno riu. Olhei encantada o cardápio e decidi escolher lasanha. - Já escolheram ? - a tia de Bruno perguntou. - Eu já . - Eu também . -Bruno falou . - Eu quero uma lasanha . - E eu um ravioli de queijo . -Bebidas ? - Um suco...de abacaxi com hortelã . - Laranja pra mim . -Bruno falou. - Ok crianças , o pedido já vem. A tia do Bruno saiu em direção a cozinha . - Adorei a decoração, é rústico , mas sem ser cafona . - Eu disse avaliando o lugar. Ele riu e concordou. - Sua tia é muito simpática. - Ela é a mais animada dos irmãos. - Bruno disse e começamos um papo sobre a família dele. Quando os pratos chegaram minha barriga já estava roncando.
Terminei antes que ele. -Isso estava muito ,muito bom . -Eu disse me sentindo satisfeita. - Percebi pela rapidez que vc comeu . - ele disse sorrindo , mostrei a língua e falei : - Eu sempre como assim , é meu jeito . - Eu disse tentando me explicar . - Okay.-ele disse e sorriu . - Quer sobremesa ? -Bruno perguntou quando terminou . - Quero sim . -O que ? - Algo bem doce... Ele chamou a tia , e pediu um pedaço de bolo floresta negra pra nós . -Meu Deus, tudo aqui e bom assim ? Ele riu. - Então vc gosta de doce ? - Adoro! Doces pra mim são essenciais. Ficamos conversando por mais um tempo até que me lembrei. - Meu Deus ! Eu tô atrasada , tenho q ir trabalhar ! -Eu disse já me levantando . - Vc trabalha ? - Bruno perguntou - Algumas pessoas precisam ganhar a vida... Ele me olhou sério , e nós saímos. -Não vamos pagar ?- Eu perguntei -O restaurante é da família, relaxa.- Entramos no carro e eu expliquei onde era o lugar que eu trabalhava . Quando chegamos ,ele parou em frente e segurou minha mão . - Vamos sair final de semana ? - Sábado vou sair com a Débora. - Eu sei , mas domingo então... - Ah não sei... -eu disse pensativa. - Te pego as sete . - ele falou rápido. Que ? As sete ? Me pega as sete? Hã? Querido me pega a noite inteira, se Deus quiser. Meu Deus Lívia.Para! Agitei a cabeça e respondi : -Tá . Mas,aonde vamos ? - Até lá , eu penso em alguma coisa. - ele disse sorrindo . - Preciso ir...obrigada pelo almoço , foi ótimo. - Pra mim também .- Ele se aproximou e me beijou. O beijo começou calmo e depois se tornou quente e agitado, já estava quase no colo dele. - Lívia...-Ele me chamou ,colocando uma mecha do meu cabelo atrás da orelha. Eu o olhei. - Eu só queria dizer que eu adorei te conhecer. - Bruno sorriu e me deu um beijinho. - Eu também... - Respondi e me lembrei que precisávamos conversar. - Bruno o que nós temos? O que nós somos? - Perguntei. Ele olhou para o nada e ficou pensativo. - Eu não sei Liv,nunca fui muito bom com relacionamentos. - Eu não quero ser uma qualquer na sua vida, você sabe. E se for pra ser, não me chame pra sair,nem me de esperanças. - Liv , eu tenho sentido coisas inexplicáveis com você...eu não sei o que é isso. -Ele disse e colocou uma mão no meu rosto. - Eu gosto de você , Bruno.-Eu falei e depois me dei conta do que havia dito,mas agora já estava feito. E eu tinha sentimentos por ele, é claro que tinha, era nele que eu pensava em todo instante, e era por ele que eu aguentava os olhares de todos os outros e das meninas, e não me importava. Bruno. Bruno , Bruno, Bruno,de repente esse nome era o que mais fazia sentido na minha vida. Era o nome que me deixava em alerta quando alguém falava, era o nome que poderia trazer a cura para o Alzeimer, e todas as doenças do mundo. Porque ele era a luz no meu mundo. E agora eu sabia. - Eu gosto de você também,Liv. - Ele disse e meu sorriso se alargou , e nos beijamos.
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E depois do que pareceu uma década , eu me afastei e sai do carro.
