A médica que precisava de cuidados.

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**Narração de Thays**
Sete anos, sete anos. A vida não está nada fácil nesses anos. Odeio me rebaixar tanto dizendo isso, mas Mari, Davi e Andressa fazem muita falta. Quanta saudade daquela enferrujada meio louca, daquele gordinho retardado e daquela cara de lua cheia muito fooofa que amo demais (Não conte isso pra ninguém. Se Andressa descobrir que eu amo ela, ela vai ficar se achando).
Tô aqui, vivendo mais um dia como qualquer outro, sentada no sofá e conectada no face pra ver se algum dia eu possa ver meus amigos online denovo, desde que Davi se tornou ator, que a Mari se casou e que a Andressa viajou com os desbravadores para sei la onde, nunca mais ouvir falar deles
Eu e a Mari morávamos perto uma da outra, mas minha mãe fez um curso atrás de um emprego junto com meu irmão w eu tive que ir morar com meu pai (Que merda).
Desde então nao consegui arrumar outros amigos que prestem. Só arrumei interesseiros que só ficavam perto de mim para conseguir canetinha fashion (Era o melhor que eu podia dar). Os meninos então nem se fala, tudo uns tarados, não paravam de olhar para o meu corpo um só instante. (É, não se fazem mais amigos como antigamente).
Sem falar os professores, não consegui encontrar nenhum fofinho como Marcia, nenhum engraçado como Cristovão e nenhum brincalhão como Wilton. Os da minha nova escola eram tudo uns "veio" carrancudo, uns gordos chatos, a diretora tinha uma voz irritante, quando ela gritava com uns alunos parecia um bezerro tendo cria.
Ai como eu queria estar no meu emprego agora. Ah. Esqueci de mencionar, sou médica, por que estou em casa sem fazer nada? Férias, pois é férias são legais quando você é adolescente, mas quando se é adulto isso significa muito trabalho pra fazer em casa. Por sorte minhas férias acabam amanhã.
-Uooou. Já ta tarde, melhor eu ir dormir- falo entusiasmada por finalmente ter chegado o fim das férias. - Amanhã devo ter vários pacientes para atender.
Durmo e se acaba mais um dia chato das minhas férias.
O dia começa, o sol ainda esta raiando, são 5:30, ja estou preparada para o trânsito, pego minha mochila e corro até o taxi que está me esperando do lado fora.
São 6:30, chego, arrumo minhas coisas e espero até as 7:00 que é quando os pacientes começam a chegar.
São 7:00, os pacientes começam a chegar. Em menos de dois minutos a sala de espera fica lotado,mais de duzentas pessoas.
- Ok! Tenho muito trabalho hoje.- Falo espantada pela quantidade de pessoas que ali estavam.
Entram de um em um. Todos com casos normais, gripe, tosse, esfaqueamento e etc. Mas entra um rapaz em pânico em meu escritório chorando e berrando com um pano enrolado na mão.
Aaaaaaaaaaah! Me ajude doutora, por favor.
-????- Fico sem reação, aqueles gritos são assustadores.
Olho para sua mão enrolada e peço para que ele desenrole ela aos poucos. Ele vai desenrolando até certo ponto quando se revela um pequeno arranhão em seu dedo. Comecei a olhar sem parar para aquilo e do nada veio uma cena em minha mente.
Davi estava sentado em sua carteira e eu chego até ele e sento na carteira ao lado, eu estava com a mão arranhada, era um pequeno arranhão, mas eu queria me amostrar então me virei para o Davi e comecei a chorar dizendo que minha mão estava muito machucada e que eu tinha medo que eu pude perder a mão.
No consultório minha vontade e de rir feito um louca, mas entro na brincadeira :- Ok! Prometo que faremos de tudo para salvar sua mão.- Falo segurando o riso.
Ele sai meio que aliviado.
- Esse cara deve ser meio lelé da cuca. Falo tampando a boca de tanto rir.
Acho que ja acabou os pacientes. Ja posso guardar minhas coisas e.......- Alguém entra na sala sem avisar e vem em minha direção impedindo que eu terminasse a frase.
O estranho é que essa pessoa tava de capuz, mesmo estando um calor dos diabos naquela sala.
-Quem é? -falo eu com medo de quem possa ser aquilo, vai que seja o Jeff the killer querendo fazer uma nova vítima.
A pessoa fica em silêncio. e eu novamente pergunto:
- Quem é???
A pessoa olha para e baixo e começa a falar:
-Eu conheço você, e você me conhece. Não diga que me esqueceu menina malvada.- fala enquanto tira o capuz, revelando seu rosto...
???...... Isso é um sonho???- digo eu espantada com a pessoa que estava embaixo do capuz.

Davi's lifeOnde histórias criam vida. Descubra agora