capítulo 7

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Acordei afundada em um calor extremo. Minha nuca estava molhada de suor e minha cabeça ligou o alarme de dor quando eu me mexi para levantar.

Maldição! Ressaca de bebida vagabunda parece que é pior!

Olhei para os lados e nem sinal de Fin. Me dando conta de que os trabalhadores poderiam aparecer a qualquer momento e eu estava usando a camisa de Finley apenas, me levantei num pulo e procurei com os olhos o meu vestido que estava lindamente estendido em uma cadeira próxima a mim. Totalmente rápido retirei a camisa e me vesti. Calcei a sandália que eu usava, joguei tudo dentro da minha bolsa e levei pra baixo.

Onde esse homem foi parar, senhor?

Ele também não estava no andar térreo. Comecei a ficar desesperada. Será que ele foi embora e me largou aqui a Deus dará?

Baixei a cabeça pensativa. Eu estava um nojo de pessoa. Suada, suja, não tomo banho desde ontem de manhã (não conto a chuva como banho porque minhas "partes principais" não viram a cor da água), meu cabelo está oleoso e tudo mais.

Suspirei exausta. Além do mais to com fome e dor de cabeça.

Escutei um barulho vindo da mata e meu coração disparou.

Mil merdas! Espero que não seja nada nem ninguém perigoso.

Mas para desespero do meu corpo e alivio da minha mente, Fin saiu de lá com um balde cheio na mão. Ele estava deliciosamente lindo, só de calça jeans, sem camisa com o corpo brilhando de suor. Ele olhou pra mim ainda com a cabeça inclinada pra baixo. Eu amava esse olhar dele. Será que ele tinha noção do quanto era sedutor?

Me permiti sorrir. Eu estava feliz por ele estar ali, e daí? Um sorriso não queria dizer que eu queria viver pra sempre com ele.

-Bom dia meu amor, como está essa manha?

Perguntou sorrindo divertido. Fechei a cara.

-Fedendo, com ressaca e fome.

Fui direta, ele seu uma gargalhada divertida.

Dei uma espiada no balde que ele tinha na mão e fiquei impressionada com as frutas alí dentro.

-Por acaso tem um supermercado dentro dessa mata?

Perguntei sentindo o estomago roncar ele rio mais ainda.

-Se eu tivesse que ir na china buscar qualquer coisa pra você eu iria meu amor.

Ele me encarou sorrindo. Revirei os olhos. Que falso! Quando estava casado comigo não queria nem ir na cozinha trazer um copo que ele mesmo usou pra eu lavar.

- Finley, eu preciso de um banho. Que horas são hein?

Olhei pro meu pulso mas o relógio não estava ali porque molhou noite passada e eu tirei, mas o dele ainda estava no seu braço.

-Vai dar 10:30.

Me espantei. Que eu saiba os trabalhos começam as 09:00 em ponto. Cadê esses homens?

- Você sabe que tem alguma coisa errada nisso né? Você deveria ligar para seu chefe e faze-lo vim resolver isso.

Fin fala, me senti ofendida com a sugestão.

-De jeito nenhum! Eu sou a chefe aqui e vou resolver esse problema!

Falei carrancuda, ele levantou uma sobrancelha e eu fiz o mesmo. Será que não entendeu que eu não vou me deixar domar por um mestre de obras sabichão? Eu vou resolver essa merda ou não me chamo Lena.

-Como quiser- Ele passou a mão no cabelo mudando de assunto.

-Olha só, tem um lago do outro lado, a gente podia tomar banho lá.

A aposta (DEGUSTAÇÃO)Onde histórias criam vida. Descubra agora