Com que rapidez formamos uma opinião e chegamos a uma
conclusão sobre as pessoas. O "eu" autocentrado gosta de avaliar os outros,
dar-lhes uma identidade e rotulá-los. Todo ser humano foi condicionado a
pensar e agir de determinada forma - infância, ambiente e cultura. Tudo
isso não mostra o que a pessoa é, mas como PARECE SER. Nossos
julgamentos também têm origem em padrões inconscientes e
condicionados. Você dá aos outros uma identidade criada por esses padrões,
e essa falsa identidade se transforma numa prisão tanto para aqueles que
você julga quanto para você mesmo.
Deixar de julgar LIBERTA tanto você quanto o OUTRO de se
identificar com o condicionamento, com a forma, com a mente. Não é mais
o ego que conduz os relacionamentos.
Enquanto o ego dominar sua vida, a maioria de seus pensamentos,
emoções e ações virá do desejo e do medo. Isso fará você querer ou temer
alguma coisa que possa vir da outra pessoa.
Quando você dá total atenção à pessoa que está interagindo, você
elimina o passado e o futuro do relacionamento - exceto nas situações que
exigem medidas práticas. Ao ficar totalmente presente com qualquer
pessoa, você se desapega da identidade que CRIOU para ela. Essa
identidade é o fruto da sua INTERPRETAÇÃO de quem a pessoa é e do
que fez no passado. Ao agir assim, você se torna capaz de relacionar-se sem
o mecanismos autocentrados de desejo e medo. O segredo dos
relacionamentos é a atenção, que nada mais é do que calma alerta.