Capítulo 7

10 1 0
                                    

As ruas estavam frias e eu estava de regata, que ótimo, Paul continuava a me carregar no colo e não faço idéia de onde ele esteja me levando.

"Onde estamos?" Pergunto e ouço ele destrancar uma porta.

"Surpresa..." Ele me coloca no chão e acende a luz deixando o comôdo todo iluminado. Era um apê. "Bem vinda ao meu apê..."

"Uau." Digo olhando tudo em volta. Era pequeno mas bem arrumado. "Você mora sozinho?" Me viro pra ele.

"É, eu moro." Ele joga as chaves numa mesinha que fica no centro da sala.

"E sua família?"

"Eu não tenho família." Ele se senta no sofá e me sento ao seu lado, solto um riso ao ouvir sua resposta.

"Não sou mais criança, tá? Cadê sua família?" Insisto por uma resposta concluída.

"Já te falei, eu não tenho." Ele diz e respira fundo.

"Claro que tem, o que aconteceu com eles?" Pergunto me ajeitando e o encarando.

"Minha mãe, meu pai e minha irmã... Morreram em um acidente de carro 5 anos atrás. Fiquei morando com minha tia que também faleceu 2 anos atrás e fui obrigado a viver sozinho." Ele explica e fico chocada.

"Sinto muito." As únicas coisas que consigo dizer.

"Não precisa." Ele faz uma pausa. "Estão em um lugar melhor." Ele se dirige até o frigobar e pega uma garrafinha de água e abre.

"Sabe o que eu mais admiro em você?" Digo o olhando atentamente e com um sorriso fraco no rosto.

"Não." Ele murmura e bebe um gole da sua água.

"Esse seu jeito forte, não fisicamente e sim psicologicamente. Você sempre enxerga o lado bom de tudo. É interessante e legal. Sei lá." Digo confusa, me embaralhando nas palavras.

"Isabel, vou te contar um segredo." Ele coloca a garrafinha em cima do frigobar e vem em minha direção, se ajoelha e me olha nos olhos. "Temos que tentar ver o melhor, o lado bom, mesmo em situações difíceis pois acredite, tudo tem seu lado bom... Mesmo que seja difícil achar mas sim, existe um lado bom."

"Que lindo." Sorrio.

"Seu sorriso que é lindo." Ele elogia olhando meu sorriso.

"Você me deixa completamente desnorteada." Bato minhas costas no sofá rindo.

"E isso é bom?" Ele se senta ao meu lado e não tira os olhos de mim por nem um segundo.

"Talvez. Você é uma confusão." Digo o olhando nos olhos.

"Shhh..." Ele coloca o dedo indicador na minha boca e se aproxima e cola nossas bocas e começamos um beijo lento.

Paul coloca suas mãos nas minhas cinturas e me puxa pra cima dele sem interromper o beijo, me sento em seu colo colocando uma perna em cada lado e faço leves cócegas em sua nuca com minhas unhas pintadas de vermelho. O beijo foi ficando mais intenso, mais rápido, as mãos de Paul ainda estavam na minha cintura e ele dava leves apertões, me prendia em seu colo e eu já sentia a ereção do seu membro embaixo de mim.
Nos beijamos desejadamente, eu não me controlava. Parece que já queriamos isso a anos. Só paramos com isso depois que perdemos o fôlego.

"Uou." Ele diz respirando fundo e tira vagarosamente suas mãos da minha cintura.

"O que foi isso?" Mordo o lábio inferior e ainda sentada em seu colo.

"Um beijo." Ele ri. "O melhor da minha vida."

"Eu tenho que ir pra casa." Me levanto de seu colo e ele me puxa de volta me fazendo sentar exatamente do mesmo jeito que eu estava.

Don't Cry Baby | Z.MOnde histórias criam vida. Descubra agora