Capítulo 16

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16


Brenda levantou-se do sofá e saiu da cabine. Ela ficou em silencio durante todo o falatório de Adams. Thomas levantou e a seguiu em direção a um corredor, onde ela se encontrava em pé, com os braços cruzados, a cabeça encostada na parede de metal e o olhar distante.

— Brenda — Ele falou enquanto se aproximava dela — Está tudo bem?

Ela levantou a cabeça e olhou para Thomas. Ele ficou de frente para ela. Ela suspirou.

—Thomas... eu acho que isso é um erro!

Thomas ficou um pouco intrigado com o que ela queria dizer. Não sabia ao certo se entendeu direito, mas tentou interagir com ela da mesma forma.

—Eu sei. Eu também acho que não devemos confiar neles, mas Adams parece mesmo comprometido. E você ouviu: mais tarde os outros também vão para a Clareira, estaremos em vantagem e assim nos podemos...

—Não, — Ela interrompeu — não é isso.

Thomas ficou preocupado e surpreso ao mesmo tempo.

— Como assim? O que foi?

Ela estava desconfortável com aquela conversa. Thomas podia ver que algo a incomodava, gostaria de saber o que...

— Eu estive pensando, no começo concordei com sua idéia, mas... eu acho que agora, não deveríamos voltar para a Clareira. Você viu o que aconteceu lá.

Thomas olhou profundamente para ela.

— Eu sei o risco que estamos correndo, mas precisamos voltar pelos que ainda podem estar por lá. E além do mais, aonde mais iríamos? Não conhecemos mais nada do mundo lá fora.

— Não você não entende! Eles... — Ela respirou profundamente— Eles destruíram quase tudo. E se não houver mais nada por lá? Ou mais ninguém? Você sabe... — Brenda falou aquilo e desviou seu olhar, não muito firme no que disse.

Thomas notou o tom de suas palavras e parecia que ela estava escondendo algo. Não só agora. Na verdade ela parecia tão diferente desde que os boatos dos Bergs começaram a surgir na Clareira.

— Brenda, o que está acontecendo?

Ela olhou para ele nos olhos, com um olhar de desamparo e arrependimento. Ela abriu a boca para lhe dizer algo quando foram interrompidos por Adams que agora andava por toda a aeronave gritando:

— Todos aos seus postos, estamos nos aproximando da área de extração. Vocês, se acomodem nos bancos e coloquem os cintos, já estamos chegando. — Disse ele aos imunes.

Todos correram para os acentos e colocaram os cintos. Thomas queria ouvir se Brenda o contaria algo, mas ela não parecia mais estar disposta a isso. Os dois então foram aos acentos, um em cada lado, colocaram os cintos e trocaram olhares enquanto todos ali dentro se ajeitavam. Adams atravessou os corredores gritando ordens, enquanto muitos soldados de farda cinza de repente apareceram se sentaram perto dos imunes. Eles se prenderam aos bancos e colocaram aquelas mascaras pretas estranhas, que pareciam mascaras de gás e lhe cobriam o rosto inteiro. Os soldados ocuparam todos os acentos ali. Thomas chegou a contar uns doze. Eram mais soldados que imunes a bordo. Quando o Berg começou a aterrissar, sentiu um pequeno frio na barriga e um pouco pressão nos ouvidos. Depois de um solavanco, a nave desligou os motores, o que indicara que já estavam em terra firme. Os soldados se soltaram e foram em direção a rampa de desembarque. Os imunes também tiraram os cintos de segurança e foram se levantando. Adams atravessou a porta, que dava para a cabine, acompanhado dos agentes Ming, William e Wade. Eles estavam equipados com um lança granada nas costas, sensores e mapas holográficos, pistolas e outros aparelhos, com exceção de Wade, que só trazia consigo um binóculos e alguns aparelhos pequenos em seu cinto. Antes que todos se movessem Adams começou a dar as ordens.

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⏰ Última atualização: Aug 04, 2016 ⏰

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