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A caminhada até lá era um pouco longa. Vindo das planícies próximas a praia, eles adentraram numa trilha na floresta. A noite caia e parecia que quanto mais andavam mais escuro ficava. Chegaram a uma clareira, cheia de cabanas abandonadas, como um vilarejo. Eram grandes sobrados, cerca de nove, sendo quatro espalhados de um lado e quadro de outro e bem no final do que parecia ser uma rua que cortava as oito casas, uma grande e chamativa cabana se encontrava.
— Irônico? — Minho perguntou a Thomas.
—Com certeza!
Enquanto caminhavam, passaram por uma grande fogueira, que fora acessa a pouco tempo, no centro do acampamento. Thomas, seguido de um pequeno grupo composto por seus amigos e outras pessoas, se deparou com a grande casa que havia no final da estrada. Por um instante, lembrou-se da sede na antiga Clareira do Labirinto, agora destruído. Era uma construção de madeira, com uma arquitetura típica daquela época. Tinha pilares e decorações, como a entrada, feitas de concreto em ruínas, as janelas de vidro, intactas, porém empoeiradas. A casa tinha um aspecto de que tinha sido abandonada há algum tempo, porém, a mesma parecia conservada.
Thomas virou-se para o grupo e disse:
— Precisamos nos dividir. Minho, Brenda, Jorge e Gally vão vir comigo investigar a casa por dentro. — falava ele enquanto olhava para cadaumali por perto—O restante, vai investigar os arredores da cabana. Tudo certo?
Sonya, que estava com algumas meninas do grupo B, se impôs dizendo:
— Não é melhor dizermos a todas as pessoas que façam a mesma coisa nas outras casas? Assim poderíamos ter mais vantagem em encontrar suprimentos e abrigos para a noite.
Thomas, com hesitação, concordou:
— Ahmm... Boa ideia Sonya! — olhou para o grupo que ali se encontrava e continuou — Alguém poderia organizar os outros grupos para investigar as outras casas?
Jorge deu um passo à frente e cruzou os braços e disse:
— Eu vou muchacho! Vocês conseguem de virar sem mim. Há muitas pessoas preocupadas e confusas que precisam ser orientadas. Eu vejo o que posso fazer enquanto vocês procuram dentro dessa choupana!
— Ótimo. Distribua as lanternas pra todos antes de entrarem nas casas — disse Thomas.
— Onde conseguiram lanternas? — perguntou Kendra, uma jovem de olhos castanhos e cabelos encaracolados escuros. Era baixa e de pele morena. Uma garota que exibia determinação e pelo que haviam dito era uma sobrevivente do grupo B.
— Estavam nas coisas que conseguimos trazer do Braço Direito.
Dito isso, todo o resto se dispersou e foram fazer o que lhes foi incumbido. Thomas entrou na casa, seguido de Brenda, Minho e Gally.
Cada cômodo estava escuro e repleto de teias de aranha. A mobília estava coberta de poeira. Havia uma sala grande na entrada da casa, com dois sofás de três lugares e duas poltronas. Era possível notar silhueta de alguns armários e aparelhos eletrônicos. O teto tinha uma iluminação central. A direta se encontrava uma escada, na qual Minho subia com Gally em seu encalço.
— Se tentar alguma coisa eu te derrubo dessa escada, entendido Gally? — falou Minho enquanto subia os degraus
— Entendido senhor paciência.
Thomas e Brenda avançavam enquanto ouviam a discussão dos dois amigos subindo a escada ao fundo. Passaram por uma espécie de corredor curto e notaram uma porta em baixo da escada. Chegandoà cozinha, começaram a vasculhar os armários.
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Maze Runner - A Rebelião
FanfictionApós todos os desafios enfrentados e depois de explodir o Quartel General do CRUEL, Thomas e os outros sobreviventes se encontram agora em um lugar tranquilo, onde podem recomeçar suas vidas e salvar a raça humana da extinção, em um mundo devastado...