Capítulo 5: Run and Cry

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- Ok, vocês duas já podem se afastar, pelo jeito já foram apresentadas.- Triczy me empurra para longe da peçonhenta
- é muito bem apresentadas...- Simon comenta
- Simon, pensa, ninguém precisa dos seus comentários para enfatizar a fala de alguém- cuspo
Thomas, Müller, Triczy, Teodor arregalam seus olhos e depois olham para mim. Desvio o olhar.
A vaca da garota perfeita olha para mim e diz:
- Não estamos muito afim de ouvir suas reclamações, então se acalme, vá ao rio mais próximo e se banhe.
Olho para ela e respiro fundo:
- olha aqui, só porque você tem um exército não significa que fala por ele. Então fale somente a sua opinião, mesmo que eu não esteja me importando. E segundo se eu preciso ou não de um banho, não é da sua conta. Então cuida da sua vidinha miserável enquanto eu cuido da minha.

Ela dá um passo para trás por causa do baque de minhas palavras ( talvez ela nunca tenha sido desafiada desse jeito. Mas para tudo existe uma primeira vez né?!) eu sei que peguei pesado, bem pesado... Tá eu feri seu pequeno ego...
Eu... Eu... Eu não sei o que eu tô fazendo.
Olho para minhas mãos, não posso fazer isso, eu matei alguém, eu maltratei alguém, eu me apaixonei por... Alguém.
balanço a cabeça para os lados fortemente.
- Não posso fazer isso... Não posso me torna isso... Isso é repugnante- sussurro
Começo a dar passos para trás mas Thomas me para, fazendo- me olhar diretamente para seus olhos, quem me dera eu puder congelar o tempo e ficar olhando para esses olhos divinos na minha frente.
- Chris... O que está acontecendo? Tem algum problema?- Thomas fala baixo para somente nós dois ouvirmos
Concordo com a cabeça.
- Então me fale... Qual é o seu problema?
- Eu mesma...- Sussurro bem baixo
- O que? O que você disse, Christina?
- Eu sou um monstro, um monstro...- retiro- me de seus bracos e corro rumo a um caminho que provavelmente não terá volta...

UMA HORA E MEIA DEPOIS...

Corro,Corro, como se eu fosse de ferro... Invencível, incansável... Diferente
Estou correndo numa velocidade que eu acharia impossível conseguir.
Sabe como me sinto? Indomável... Insaciável, Temerosa, covarde, alegre...
Livre...
Eu me sinto livre... Como se eu fizesse parte disso,parte dessa natureza. Era essa uma liberdade no qual eu nunca senti, e provavelmente nunca mais sentirei...
Paro para descansar, mas na verdade eu não estou cansada, o que é muito estranho...
Acho um pequeno riacho e bebo um pouco de água, e continuo a correr...

NO DIA SEGUINTE...

Tento me levantar, mas caio na tentativa. meu tornozelo direito está doendo demais, dificultando a minha estabilidade, flashes da noite de ontem vem na minha cabeça...
Eu correndo. Eu tropeçando num tronco caído. Eu quebrando o pé. Eu caída no chão com dor. Eu desmaiando de dor.
Então, ouço uma voz:
- Você está bem?- olho para cima e vejo um garoto loiro olhando diretamente para mim
- Quando se quebra o pé, a pessoa pode estar bem?- pergunto
- Ah... Não sei... Depende, isso fica a seu critério.
- Eu penso que não estou bem
- Ok, vamos fazer o máximo para ajuda- la no caminho para o acampamento - o garoto loiro de olhos cinzentos diz
Olho para ele. Olho diretamente para seus olhos cinzas e digo:
- Acampamento, tem um acampamento nessas redondezas?
- Mais ou menos. Ele é bem pequeno, tipo com umas 50 pessoas no máximo, mas vamos te levar para o seu.- ele responde
- Eu tenho um acampamento?
- Não, você vai para onde estava antes de fugir
- Como você sabe disto?
- Bem... A Bea ela fez mini- acampamentos para observar as redondezas...
- Tipo como esse?
- Sim. Esse é o acampamento 30
- oh..
Ele me pega gentilmente no seus braços e me leva ao que eu diria um avião e me diz:
- Amanhã a tarde chegaremos ao acampamento, ok?
-ok
Então começamos a conversar, ele me contou seu nome, James, ele é gentil, educado...
Mas no meio da conversa acabo adormecendo. E sou acordada por um leve empurrar:
-Chris? Acorde. Já chegamos, tome estes remédios... E pegue suas muletas.
-Muletas?
- Olhe para seus pés...- James pede
Olho para meus pés e vejo uma bota, ela é um pouco parecida com a que tem no mundo que eu achava Que era o único...
Tomo os remédios e pego nas muletas e James me ajuda a levantar e saio do avião. Todos param o que estavam fazendo e olham para mim e começam a sussurrar. Me sinto totalmente estranha, mas por pouco tempo ate eu ver Triczy se aproximando de mim com os braços abertos para um abraço. Abraço- a.
-Hey... - ela sussurra lentamente em meu ouvido - como você vai?
- Tirando a minha perna, eu estou bem
- Simon quer avaliar você, ver seus batimentos cardíacos, sua temperatura,e etc... Eu iria falar que você não precisa, mas te abraçando vejo que você esta muito quente para um outono - Triczy ri
- Chris- ouço alguém dizer
Olho para onde veio a voz e percebo que é de Müller ela corre até a mim e me abraça bem forte e diz no meu ouvido:
- você pode ir na minha barraca pegar os instrumentos para o Simon avaliar você?
- Sim. A onde é?
- Na terceira barraca a esquerda
- ah... Ok- respondo
Vou até a barraca e começo a procurar, acabo encontrando com Teodor no caminho e ele acaba me dizendo sobre como é a bolsa de Simon. Que é, basicamente uma bolsa com o nome do Simon...
[...]
Já se faz uns 15 minutos que estou procurando a bolsa quando escuto uma voz no meu ouvido:
- O que você esta procurando?
Solto um grande grito. Quando olho para trás vejo Sarah, ela está olhando freneticamente para os lados e então, com uma voz desesperada ela diz:
- Agora eu tenho que ir ok?
- Ah? Mas você...- Ela sai antes que eu termine a minha fala.
Ouço passos em minha direção e então digo:
- Sarah?
Mas ela não vem, em vês disso aparece a ultima pessoa que eu queria ver em um estado físico no qual era o último que eu gostaria de ver. Thomas.
Seus olhos estão vermelhos, iguais a seu nariz.
- Thomas- sussurro
Ele desvia o olhar.
- Thomas?- falo um pouco mais alto
Sem resposta.
- Thom..- ele me interrompe
- O QUE VOCÊ QUER?! ME DEIXA! VOCÊ NÃO PODE CALAR ESSE BAGAÇA SUA QUE VOCÊ CHAMA DE BOCA?

Lágrima ameaçam a aparecer, mas resito a tentação. Acabo encontrando a bolsa e com muita dificuldade me levanto com a bolsa ( essa bolsa na perna não ajuda em nada!) pego as muletas e começo a fazer o caminho de volta. Vejo a cara de assustado de Thomas, ele não sabe sobre meu pé, então antes que ele pergunte eu digo:
- Ah... E antes que pergunte, eu quebrei o o pé
- Legal, quem disse que eu queria saber disso?- ele me responde friamente
- Você estava olhando para meu pé como se ele fosse um monstro
Ele vira o rosto, e se retira, então, sussurro:
- O que eu fiz para ti?
Então, eu choro.

Saio de lá o mais rápido possível, não sinto nada, então, começo a correr...

GRÃBELL- ONDE TUDO ACONTECEOnde histórias criam vida. Descubra agora