Compunção

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•09/out/1999- Diário

-Olá!!?? Olá?? OLÁ!!!!?- Gritava entre balbucia gemidos e choro.
Tinha-se em uma cadeira de madeira velha com os pés 5cm longe do chão. Seus braços fortemente amarrados sangravam pelo apertas das cordas que contavam sua pele expondo sua carne. Seus olhos tampados com um pano branco com manchas de sangue velhas e logo alaranjadas. Nenhuma roupa tinha em si, com excessão de sua roupa íntima recém trocada, um pouco antes de acordar na quele local. Suas pernas também amarradas, parecia que havia se tornado parte da velha cadeira, com parte se sua panturrilha fundida a ela.
Assim se tinha aquele corpo que agora gritava, não melhor.. Exclamava por ajuda ou misericórdia. Gemendo, tentava pensar o que fazer em um momento tão inesperado quanto aquele. Minuto pós minuto ele tentava se soltar mas se quer afrouxava as cordas, apenas tendo-a mais apertada e seu braço mais danificado por ação própria.
Observei-o ao longe, não queria estragar o horror que corria em suas veias exclamando por uma solução que o tiraria dali. Como pode ser tão ingênuo? Não há escapatória...
Horas se passaram e ainda enxergando apenas o escuro daquele sujo pano cada ação cedeu a dor e agonia e imóvel, ele permaneceu. Sua ofegante respiração indicava sua excelência em aceitar que estava em apuros. Contei até 4.
—Passo, passo, passo, passo, passos!- sussurro enquanto contínuo a caminhar.
— Hey, por que você geme?- caminhando continuamente ao seu entorno ao mesmo tempo sussurrando, soando quase inaudível, estava eu. Eu! Estou no comando, assumindo mais um jogo.
Perto dele estou... Desgraçado... Onde está todo o seu temor e tolice?..
—Wou não... Parece que meu amigo não está mais consciente.
Tirado a venda dele checo o tamanho de suas pupilas, de fato. Ele não se moveu a alguns poucos minutos, justo quando descido me apresentar.





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