Capitulo anterior: Contraditório
-Obrigado.- Disse ele ao terminar sua primeira refeição com brevidade, olhando-a diretamente nos olhos. Porém não obtendo resposta alguma. O sorriso ainda fixo agora tornará-se uma estarrecedora risada em voz baixa, causava temor a ele. Trazia-o de volta a realidade onde a dor o tomava a cada segundo.
- Tem medo de ficar só? - disse ela afastando-se com a maca.
- Te deixarei por alguns segundos...- Concluiu sumindo na escuridão, deixando apenas o roncar causado pelo ferrugem da maca hospitalar.
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Aqui...
Tão pouco havia saído de lá, apenas depositará a louça do café da manhã. Suspirou.
Com os olhos fechados ele a ouvia, ouvia sua suave respiração, ouvia seus passos e ruídos. Ele visualizava.
O roncar causado pela ferrugem nas rodas da quela maca retornará, ela caminhava mais uma vez. Caminhava a ele.
Ele a fitou por um momento adorou-a, ela trazia com sigo um sorriso, dessa vez aparentava alegre, ansioso, exitado como se algo bom estivesse para acontecer aos dois. Por um momento ele se lembrará que a felicidade existia, que ele tinha um Deus a quem acreditar. De algum modo havia ele encontrado paz e serenidade naquele sincero sorriso que cobria o rosto daquela garota fria. Algo tão inusitado e encantador vinha daquele sorriso. Concluiu. Algo a deixava feliz, algo fazia o sorriso dela cintilar de forma agradável, gracioso. De certa forma aquele sorriso o fez sorrir como um órfão a ganhar seu primeiro presente pós profunda abatimento de perder seus pais. Algo o encantara e encantara a ela também.
- Hora do jogo- Sibilou ela adentrando com a maca a luz que cobria aquele homem. Carregava agora duas cordas, um balde de água, um bisturi um pano bordado e um pedaço de carvalho esculpido um anjo alto e magro. Aquele escultura exibia uma melancólica face. As asas haviam sido arrancadas.
- Espero não te-lo deixado tanto tempo - Divertiu-se ela olhando os objetos que trazia consigo.
Caminhando ate ele solta a maca deixando-a parar por falta de força. Abaixou-se diante dele franzindo o cenho.
- Não sorria diante suas condições ou acabará em delírio.- Adverte-o - Agora preciso que fique acordado.
Dito isso, esticou-se e alcançou a escultura colocando a na boca dele.
- Essa sera sua melhor amiga.- Sorriu diante a situação.- chame-a de Charllot a anja expulsa. - Abaixou a cabeça, limpando o rosto com as costas das mãos.
Levantou-se pegando o bisturi.
- Não se mova. Por obséquio.- Deu a volta alcançando-o por trás.
- Imagine que sou sua esposa... - Pousou as mãos aos pulsos amarrados dele. - Suas mãos estão geladas, quer que eu vá afrouxas os nós meu senhor? - ele fez que sim com a cabeça.
- Mesmo que custe mais um minuto do nosso jogo? - ele deu os ombros enquanto sentia a face aquecer e corar enquanto as lágrimas riscavam-lhe o rosto cansado. Ela então aproximou o bisturi passando sobre a grossa corda e rompendo o laço e livrando a mão dele. O braço dele ainda lá, mantendo-se imóvel esquentando-se com o circular de sangue pré normalizado. Os movimentos em seu braço eram quase nulos, devia-se isso a baixa energia e dor que passava. Isso aplicava-se aos dois.
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Charllot
HorrorEstava eu em mais uma das minha desventuras, não são muitas pessoas que pode m relatar o que houve, pois apenas poucas estarão aí para conta-las. São apenas jogos, o último foi o meu favorito. Então, preste bem atenção em tudo que estará escrito. De...