Companheiro de Jogo

Capítulo 2

Vincent

Sempre fui o melhor amigo de infância de Sam, lembro que ela usava um oclus fundo de garrafa e um tênis azul e branco que piscava conforme ela andava, ela parecia um moleque de rua, e uma coisa que eu admirava nela era o jeito que ela jogava futebol. Era melhor que eu e a metade dos meus colegas. Lembro que eu tive que tomar dois litros d'água para falar com ela. Quando consegui finalmente chegar nela, eu me mijei e ela achou aquilo fascinante. Eu me sentia até o Papai Noel entrando na lareira para entregar os presentes e sendo pego por uma menininha de oito anos. Foi vergonhoso, mais valeu a pena todo aquela gota, enfim... Seus pais eram bem pobres, enquanto os meus eram divorciados e ricos. Quando eu fiz quinze anos me apaixonei por aquela menininha de apenas dez anos era um tipo de paixão inexplicável, era paixão a primeira vista, eu já estava na fase da puberdade e era difícil pra mim conviver junto dela enquanto minha mente estava viajando para outro lugar. Íamos sempre tomar sorvete ou jogar bola juntos. As coisa na minba vida foram piorando. Daí em diante, comecei a beber e a cheirar, até que meus pais decidiram me colocar numa clínica de reabilitação. Fiquei seis meses preso naquele lugar maldito, e a única pessoa que me fez melhorar foi Samantha Swank. Ela me ligava todos os dias, e me visitava todo final de semana. Por ela eu me tornei um homem sem vícios a não ser o futebol. Quando eu vejo garrafas de bebidas ou pessoas bebendo eu logo sinto uma enxaqueca e minhas mãos começam a tremer incondicionalmente.

Sua vida sempre foi mais dura que a minha portanto meus pais me odeiam mais. Sua própria mãe a deu para a madrinha sem condições de cuidar dela e seu pai foi preso suspeito de matar um cientista rico e famoso. Seus irmãos são ricos mais de pais diferentes, Grant é o irmão mais velho dela, ele é grudado nas meninas, mais Samantha é a sua preferida. Kiara é a caçula a grande felicidade da mãe, Kiara não era próxima a Samantha, elas quase não se falavam...

Sam, o que ela deve estar fazendo agora?

Meu coração acelera de repente em só pensar em Samantha. Um frio na barriga surge e meus olhos começam a dar espasmos. Eu ainda sinto alguma coisa por ela, e isso vai além da nossa amizade. Por ela eu faria tudo, sou capaz de cometer alguma besteira só pra tê-la em meus braços nem que seja por dez segundos. O que eu sinto por ela é aquele amor forte de infância que nunca mais ninguém esquece. Seus olhar provocante me faz sonhar todas as noites com ela. Se eu pudesse gritar para o mundo inteiro que eu a amo eu gritaria. Ela é a mulher que eu quero ao meu lado pro resto da vida, pode ser apenas com a sua amizade ou até a sua proximidade. Eu quero ela e só Deus sabe o que eu irei fazer para tê-la.

Meu celular toca outra vez, era a quinta vez que Sam me ligava, mais eu não estava disposto pra atendê-la. Eu sabia do que se trata, ela com certeza devia querer me dar um bom sermão por ter dado um bolo nela. Eu sei que cometi um erro, mais Amber me ligou e precisava conversar seriamente comigo. Amber Hilton é uma garota de programa gostosa, eu banco ela e a sua filha de cinco anos. Quando comecei a comer ela, ela conversou comigo e disse que não sabia de quem era a filha que precisava da minha ajuda. Então eu fiz uma proposta a ela, que ela parasse de se prostituir que eu bancária ela e a filha, mais aquele corpo só teria um dono agora em diante, que sou eu. Sei que foi uma proposta ridícula mais na época eu tinha apenas vinte anos.

- Querido! - Amber veio até a mim e me abraçou.

- Como está a Brooke? - pergunto observando em volta. A casa estava uma bagunça, havia roupas íntimas e pacotes de absorvente jogado no chão. O tapete estava manchado de sêmen e o sofá sujo de sangue. Cozinha nem existia mais, tinha pratos, copos e talheres até no chão, a geladeira estava aberta e não havia nem uma água congelada dentro.

- Ela esta dormindo. Estou feliz por ter vindo! -

- Amber, eu aindo só a visito por causa da Brooke. -