24 de dezembro. Aquela data era mágica para Jane. Com apenas 9 anos, ela ainda acreditava na vinda do Papai Noel. Sua família estava reunida, tudo era motivo de festa e ela não podia estar mais feliz.
-Jane, minha filha, vamos nos mudar hoje, não vai ser para muito longe, nossa casa será num bairro perto daqui. - Foi Maria Verone quem comunicou a garotinha de vestido vermelho que não parava de pular.
- Tudo bem mamãe. -Jane já não se importava, havia mudado de casas tantas vezes que já era normal para ela.
Só não entendia porque não poderia esperar o natal passar. Tinha que ser justo naquele dia?
- Didi, vem ajudar o papai a pegar seus brinquedos! - Didi era o apelido carinhoso de Jane. Sua mãe dizia que essas foram as primeiras sílabas pronunciadas pela filha, e custou ensinar outras para ela.
- Estou indo papai! - Gustavo era pouco carinhoso, sempre ocupado com o trabalho, mas Jane amava o pai mesmo assim.
Não havia muita coisa na casa da família Verona, então logo estavam no novo lar.Fred Stuart, sua esposa Lúcia e seu filho Thiago, foram dar as boas vindas aos novos vizinhos com um panetone e champanhe. Não demorou para se juntarem a ceia de Maria Verone.
- Muito prazer, sejam bem vindos a vizinhança. Sou Fred, esse é meu filho Thiago e essa é minha mulher Lúcia.
- O prazer é meu, entre por favor, vou te apresentar a minha família.- Foi Gustavo quem atendeu a porta.
Depois das apresentações, Thiago e Jane começaram a brincar.
- Vamos brincar de que Thi?
- Cobra cega Jane! -Quem respondeu foi o irmão, Michael.
- Ninguém te convidou para brincar!! - Jane não gostava de dividir amigos com Michael.
- Mãe?! A Didi não quer deixar eu brincar!-Apesar de ser dois anos mais velho que a irmã, Michael era ainda mais infantil e parecia ter crescido apenas na altura.
- Jane, por favor, brinque com seu irmão. Hoje não é dia de brigas.
- Tudo bem mãe. -Jane teve que concordar.
- Quem vai vendar os olhos primeiros?- Safhira perguntou saindo correndo em direção aos primos.
- Oi Sa! Você chegou por último, então está com você!
- Tá bom então Didi. Pode me vendar.
Começou a correria, até que chega a vez de Thiago, que toca sutilmente em Jane. Foi um toque eletrizante, os dois ficaram imóveis com a sensação.
- Ei, você tem que falar alguma coisa.- Cochicho Michael para a irmã.
- Imã. -Saiu de repente da boca de Jane.
-Imã?- Foi repetido em uníssono pelos outros três amigos e Thiago tirou a venda.
- É que eu vi o imã na geladeira....- Didi tentou se explicar.
- Não tinha nada melhor? -Safhira pergunta aos risos.
-Não! Não tinha.
Jane não gostava que rissem dela, então a brincadeira tinha acabado ali.Passava de uma da manhã e todos começaram a se despedir.
Fred pegou Thiago no colo, que dormia no sofá e o levou para casa.
Na manhã seguinte Jane foi chamar Thiago para brincar, mas ele não quis, estava com sua prima Milene e mal olhou para Didi.
Assim que Milene foi embora, Thiago correu para casa dos Verone, queria brincar com os vizinhos. Jane atendeu prontamente, e foi uma correria pelo resto da tarde.
O episódio do toque de Thiago permaneceu esquecido, Jane só entendia que era a melhor parte do dia estar com ele.
Nem imaginava que anos depois, isso se chamaria amor....
VOCÊ ESTÁ LENDO
Estou aqui
RomanceJane Verone era uma garota feliz, inocente. Morava com seus pais em uma fazenda e tinha apenas um irmão, o Michael. Thiago era seu vizinho, eles brincavam juntos, mas quase sempre a brincadeira acabava mau. Jane era de uma família humilde, enquando...