Capítulo 4 - Deuses?

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 Era noite e o vilarejo estava iluminado com tochas em todas as casas, uma enorme fogueira queimava no centro de uma praça cheia de bancos e mesas, todos em suas casas se preparando para dormir pois o dia tinha sido cansativo; não se via quase ninguém nas ruas, com exceção dos guardas, que vigiavam a vila durante a noite: trajados com grandes armaduras de metal resistente, uma espada presa na cintura e um cinto com equipamentos de segurança. Tudo parecia bem, as luzes do interior das casas iam se apagando aos poucos e só restava a luz da fogueira ainda acesa e das tochas nos portões e nos arredores do vilarejo.

Bem no meio daquela assustadora e escura noite, havia uma luz, extremamente forte que saía da janela de uma casa.

Dentro da casa encontrava-se uma linda mulher com feições um pouco velhas, aparentava ter uns 45 anos de idade, com cabelos negros com alguns fios brancos que chegava a dar um certo charme para ela, e um homem moreno e muito forte, com cabelos brancos, devia ter seus 35 anos, a cor do cabelo parecia ser normal e não pela idade, pois ele ainda era novo, despedia-se de sua mulher, pois já estava de saída para o trabalho.

—Tchau querido, se cuida? —Disse a mulher em um tom preocupado.

—Claro querida, logo pela manhã estou de volta, não se preocupe nada vai acontecer. —Dava para sentir uma incerteza no tom da voz do homem.

—Eu sei, mais é que... —Foi interrompida.

—Não pense nisso, eles não têm certeza se é verdade, então não fique assim.

Ela deu um beijo em seu rosto e ele saiu pela porta acenando com a cabeça e dando um leve sorriso.

Ela se direcionou para o quarto e lá em uma cama, com alguns lençóis brancos, estava deitado um lindo bebê: seus olhos eram amarelos, seus cabelos eram dourados brilhantes e sua pele branca, parecia iluminar o local.

—Meu filho, eu te amo muito e não deixarei que te tirem de mim. —Disse a mulher com os olhos cheios de lágrimas.

O garotinho a encarava e dava pequenos sorrisos e seu brilho aumentava.

—Não, não faça isso, os outros podem te ver. —Sua voz era trêmula e dava para sentir o medo em suas falas.

Algo muito especial tinha naquele garoto e ela não queria que ninguém descobrisse.

...

Oito anos depois, o garoto havia crescido, tinha virado um menino ainda mais bonito, seus olhos amarelos refletiam a luz do sol e os deixava ainda mais perfeitos, seu cabelo cresceu bastante e era espetado para cima, e sua pele continuará clara e brilhante: ele vestia uma camisa cinza, uma bermuda preta com uma amarela de cada lado, e tinha duas kunais presas no cinto. Ajudava sua mãe a levar algumas placas de madeira para fora de casa, seu pai estava dormindo pois trabalhou a noite toda. As pessoas do vilarejo pareciam muito amigáveis, conversavam umas com as outras, trocavam ideias com seus vizinhos e os guardas sorriam com um copo de cerveja nas mãos comemorando algo, tudo ali parecia bem; um vilarejo calmo e pacífico.

Chegou a noite e os guardas saíram para trabalhar. Como sempre a única casa que estava acesa era a do garotinho de cabelos amarelos, sua mãe se despediu de seu pai e sentou perto da cama onde o menino estava deitado.

—Zap, você foi um grande presente que eu ganhei, não deixarei que nada aconteça com você meu filho. —Disse a mulher abraçando-o e sorrindo, com algumas lágrimas escorrendo pelos seus olhos. —Vou te proteger com minha vida se for preciso.

—Mamãe porque está chorando? —Perguntou o garoto.

—Só estou feliz meu filho, de te ter aqui comigo.

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