Capítulo Único

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Já fazia duas horas que eu havia deitado na cama de casal daquele hotel de estrada. Duas horas virando de um lado para o outro, sem conseguir me acalmar. Duas horas ouvindo a chuva espancar o teto e espirrar na janela fechada. Duas horas ouvindo o barulho dos trovões fortes, e relâmpagos iluminarem o quarto.

Observei o quarto ser iluminado novamente, seguido de um barulho tão alto quanto se um prédio tivesse caído ao lado de sua casa. Agarrei-me as cobertas, tremendo e suando frio. Acalme-se. Respirei fundo, conseguindo ter um segundo de paz antes de ouvir o barulho ensurdecedor novamente.

Tremendo, me enrolei na coberta e sai correndo do quarto escuro, quase tropeçando em minha mochila semi aberta . Procurei o quarto dele entre os outros do corredor iluminado por luminárias. Seu quarto era o penúltimo. Parei em frente a porta, pensando por um instante antes de bater na porta.

Toc toc toc.

Esperei cinco minutos antes de bater novamente, dessa vez com mais força. Já na terceira tentativa, ele escancarou a porta com força. Abaixei novamente minha mão e encarei o garoto a minha frente. Ele estava com o cabelo ruivo preso em um rabo de cavalo e uma parte do rosto amassada. Usava somente uma calça de moletom cinza e parecia bem irritado com a interrupção do seu sono da beleza.

- O que foi? - exclamou, me examinando de cima a baixo, como eu fiz com ele.

- Posso dormir com você?

- O quê? - suas bochechas coraram com a pergunta, e não sei se foi pelo sono que eu estava sentindo no momento, mas a cor o deixava quase angelical. O que era um absurdo se tratando de Castiel.

- Posso dormir nesse quarto com você? - perguntei novamente.

- O quê tem de errado com seu quarto? - retrucou. Ele encostou na porta deixando que eu passasse.

- Nada. Eu só não consigo dormir.

- E agora você quer que eu te deixe cansada para conseguir dormir em paz? - concluiu se jogando preguiçosamente na cama.

- Só quero que cale a boca e me deixe dormir - respondi no mesmo tom, indo para o meu lado na cama.

- A propósito, belo vestido - rebateu, se referindo ao cobertor enrolado ao meu corpo.

- Shh!

- Não faça 'shh' pra mim, você que veio aqui atrapalhar o meu sono! - irritou-se.

Revirei os olhos e virei meu rosto para ele. Ele estava de lado, com um braço apoiando a cabeça e o outro encolhido contra o corpo, com um bico super fofo nos lábios. Inclinei-me sobre o colchão, beijando levemente os lábios do ruivo.

- Desculpe. Você sabe que eu tenho medo de tempestades, Cas.

- Pff... eu devia saber que era isso.

Ele envolveu seus braços em mim, me puxando para seu peito desnudo. Inspirei o cheiro de sabonete de seu pescoço, encostando meus lábios por alguns segundos no local. Ele suspirou baixinho e fez carinho em meus cabelos.

Ficamos assim por mais alguns minutos até que eu senti a necessidade de me desenrolar do cobertor, pois estava ficando calor no quarto. Empurrei a coberta para o pé da cama e voltei a me concentrar em Castiel, que me analisava atentamente pelos olhos cinza-escuros.

Eu vestia somente um short azul escuro curtíssimo, que era usado somente para pijama, e uma blusa do Linkin Park antiga, que quase cobria o short. Se qualquer um me visse daquele jeito eu morreria de vergonha, mas era Castiel ali, o cara com que eu tive todas as primeiras vezes possíveis, eu confiaria nele de olhos fechados.

- Hmm... Não fui eu que te dei essa blusa?

- Sim. Eu gosto de usar como pijama.

- Hmm.

- Que foi?

- Você fica gostosa com ela - Castiel me empurrou para baixo de seu corpo, contra a cama, e passou a mão pelo meu pescoço desnudo, causando arrepios por todo meu corpo. Mordi o lábio quando senti sua perna deslizar entre as minhas, e seu braço se apoiar perto do meu rosto.

- Mas fica melhor ainda sem ela.

- Meu deus, Cas, você devia inovar mais suas cantadas.

Minha risada se transformou em um gemido quando senti sua boca em meu pescoço. Ele desceu sua mão por minha barriga, subindo de novo por dentro de minha blusa. Seus dedos contornaram levemente o bico de meus seios, enquanto sua boca mordiscava meu pescoço. Suspirei e senti sua risada abafada em meu pescoço.

- O quê estava dizendo mesmo?

- Cala boca - retruquei o empurrando de cima de mim. Ele deitou ao meu lado, confuso. Me levantei e sentei no colo dele, retirando minha blusa em seguida. Nesse momento meu corpo foi iluminado pela luz branca do relâmpago. Me inclinei sobre seu peito, sentindo meus seios encostando em seu abdômen. Realmente era uma sensação erótica.

Senti ele gemer em baixo de mim e me deitar em seu peito. Suas mãos deslizaram por minha coxa desnuda e apertaram minha bunda por cima do tecido do short. Gemi em aprovação e ataquei seus lábios em um beijo desesperado. Suas mãos puxaram o tecido do short com força e o rasgou. Senti sua mão puxar a calcinha para o lado e começar a me estimular. Gemi contra sua boca e rebolei sobre seus dedos.

Ele sorriu sacana entre o beijo, passando a língua pelo piercing em meu lábio, o mordendo em seguida. Praticamente gritei quando ele me penetrou sem avisar com 3 dedos. Ele se movia rapidamente e eu não conseguia nem respirar direito, tamanho prazer que eu sentia no momento.

- Caas... - gemi em seu pescoço enquanto ele continuava com os movimentos. De repente eu o parei e fiquei em pé na cama, ainda de frente a ele. Antes que ele pudesse dizer algo, comecei a tirar a calcinha do jeito mais sexy que minhas pernas bambas permitiam.

Seus olhos quase brilhavam com a visão, o quê fazia com que eu tivesse ainda mais vontade de tirar toda a sua roupa e fazermos amor até desmaiar. Me agachei novamente sobre seu corpo, e sem tirar meus olhos do dele, comecei a tirar sua calça moletom. A joguei no chão e encarei seu membro ereto. Sempre que olhava Castiel nu desse jeito meu dava algo entre frio na barriga e água na boca.

Acariciei a cabecinha rosada levemente e senti o ruivo suspirar. Sem aviso prévio, abocanhei seu membro, fazendo com que ele soltasse um grito contido. Fiz o vai e vem na minha boca por alguns minutos e depois comecei a brincar com língua em sua glande. Sua respiração já estava mais rápida e suas mãos brincavam com meu cabelo.

Dei um sorriso sapeca a ele, que observava atentamente tudo o que eu fazia, e espremi meus seios enormes (a única parte de meu corpo que eu realmente gostava) em torno de seu pau, subindo e descendo. Observei ele tampar a boca com a mão, abafando um gemido alto. Não demorou muito para que ele gozasse em meus seios.

- Ahhh!

Vi todos seus músculos se retraírem e relaxarem segundos depois e ele cair na cama. Me sentei ao seu lado, observando todos os mínimos detalhes. Eu não sabia porque amava Castiel, uma pessoa tão difícil de ser conviver, eu só sabia que a cada beijo, cada abraço, eu me sentia tão forte e ao mesmo tempo tão fraca. Ele fazia eu esquecer de meus medos, e eu posso dizer que ele tinha métodos muito bons para isso.

Ao mesmo tempo que ele era parecido, também era tão diferente de mim. Ele era meu contraste perfeito.

Levantei com a intenção de ir ao banheiro me limpar, mas dois braços me impediram. Ele me abraçou pela cintura e me virou novamente para cama.

- Quem disse que acabou?

Arregalei os olhos. Às vezes me esquecia de como Castiel era insaciável.




Amor Doce - Contraste PerfeitoOnde histórias criam vida. Descubra agora