Euridse Jeque - Falso
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Talvez não seja necessário falar de miim mas eu acho quero que as pessoas saibam quem realmente eu sou..
Carlos Valentim Magalhães
Lembro-me de cono tudo começou, pois hoje as lembranças são tudo o que restou...graças a Deus pois eu não aguentaria continuar a viver daquele jeito com aquele sujeito. ..E eu, eu sou apenas um tanto faz na vida das pessoas. Eu sou o maior problema entre vários problemas que as pessoas tem..
Eu sempre fui o esquisito, o nerd, o miúdo estranho da sala. Sempre preferi ficar no canto da sala. Nunca gostei de ficar no meio de muita gente até porque eu não saberia o que falar, como agir ou coisa assim...
Eu gosto de coisas fofas, coisas clichés, gosto de desenhar,gosto de roupa que marca meu corpo, que desenha por completo,gosto de cores vibrantes mais principalmente de cor-de-rosa.. Parece coisa de gays, mas eu não sou. EU SOU MACHO, sou homem Hetero.. e não nunca pensei em me dar nem comer o rabo de ninguém. ..
Mas tudo começou a mais ou menos 15 anos...
Primeiro dia de aulas do ensino médio ..
Eu a vi.
..Uma negrinha, meio cheiinhaa , olhos grandes e castanhos, lábios carnudos .. siim foii a minha perdição. .
Eu nunca tive coragem de falar com ela, e sempre que eu ouvia a sua voz ou a sua gargalhada, o meu mundo tremia..
Anos se passaram e nós nunca nos falamos até o dia que eu a vi passando mal e fuii lá ajudar... e a partir daí eu vi a oportunidade certa para me aproximar dela.. e nunca mais nos separamos. .Eu a queria. Queria ficar com ela. Queria que ela fosse a sra. Magalhães.
Eu não saia com nenhuma outra menina, só com uma minha vizinha .. mas era coisa de adolescentes mesmo.
Hoje somos melhores amigos, somos ficantes,somos "casados" , temos filhos que apesar de não serem meus biológicos, eu os amo como se fossem..
Quando ela perguntou sobre a minha sexualidade, por covardia eu disse - lhe que era gay.
Eu não queria que ela pensasse qrue eu não pegava ninguém. Preferi me sujeitar a isso. Preferi que ela pensasse que eu gostava de dar o rabo..
Quando nós saíamos para fazer compras, e ela sempre me pedia opinião sobre que roupa comprar e eu ficava duro só de ver ela de calcinhas e sutiã...
A mulher é porra de gostosa..
Como pode uma mulher ter 3 filhos de uma vez e manter aquele corpo..
E tem vezes eu não consigo me conter. Eu não consigo me segurar..
Acordar todos os dias ao lado dela e não poder chamar de minha mulher...
Acordar todos os dias de pau duro e não poder me enterrar naquelee espaciinho apertadiinho..
E o pior é ter que aturar as crises dela de choro por culpa do tal Nathan... e o pior de tudo é fazer sexo com ela e ela chegar ao seu ápice pensado no tal desgraçado...
***
Saio de dentro dela o mais rápido possível.. e vou em busca das minhas roupas.
Entro no closet em busca de uma mala e começo a colocar mais roupa dentro..
- Carlos ? - me chama como se estivesse em dúvida. - Amor, desculpa.- Pede já com lágrimas no rosto.
Dessa vez eu não me deixo levar. Devo parar de pensar nela e começar a pensar em mim.
Que futuro eu posso ter com alguém que ainda vive no passado ?Termino de arrumar a minha mala e tento passar por ela mas ela segura o meu braço .
- Vais para onde ? Para quê levas toda essa roupa?- pergunta desesperada.
- Para bem longe de você Kimberly. - digo e me solto. Saio do quarto bato a porta com força e não olho para trás.
-Carlos..-grita. - Carlos por favor não vá embora..
Paro e a olho..
Gabriel e Guilherme nós olham sem perceber .- Quer que eu fique ? - pergunto irónico.
Ela faz que sim com a cabeça.
- Hahahaha... ficar a fazer o quê ? - pergunto . - Te ver a viver um passado que não tem futuro ? Te ver viver um amor que não se sabe se é correspondido ? Te ver sofrer por alguém que se sofresse por você já a teria procurado ? -Cuspo as palavras sem pensar. .
- Pai.- Gabriela me chama e eu desvio o olhar para ela e vejo lágrimas no seu rosto ..
- Gaby. - digo a abraçando...
- Pai, não vá .- pede sussurrando.
- Eu volto princesa..- É tudo que consigo dizer...
- Campeão. ! - chamo Guilherme e o abraço . - darei notícias. - digo e vou em direcção a porta.
- Carlos, por favor .- pede Kimberly.
- Adeus Kimberly.! - digo e saio de casa... vou em direcção a garagem pego o meu carro e vou em alta velocidade em direcção a casa da minha mãe.