Jessica estava no lugar certo, na hora certa. Ela era uma médiun inexperiente, mas conseguiu ver a cara de espanto do cara que estava no chão... Ele poderia até ser o mesmo que insultara a convenção dos médiuns. Sua ideia até que fazia sentido... um bando de babacas metidos a "sábios"... depois daquele dia ela também deixou a conveção.
Ela ainda não conseguia ver muitos espíritos, mas sentia a presença deles... e também sabia que sal ou ferro eram boas proteções contra eles. Porém ela não era do tipo que andava com sal em sua bolsa... Pegou uma barra de metal que encontrou no chão e torceu para que fosse de ferro. Reparou bem para onde o rapaz olhava e deu alguns golpes até que ele fez uma cara de alívio.
O moço se levantou e a agradeceu. Ela o ofereceu uma carona e disse que se lembrava dele na convenção... juntos foram para os aposentos de Enrico.
...
A mulher de branco estava extremamente irritada, porém também estava contente. A velha rotina de pedir carona e matar já a estava cansando... parece que finalmente arranjara um desafio. Seria ótimo acabar com aquele garoto que se imaginava poderoso. Mas ela também já o respeitava, pois abrir os portões do inferno não é para qualquer um...
...
Jhonny mal acreditava na sorte que teve. A garota o ajudou e ainda o levou até o seu... quase amigo. Juntos começaram a armar um plano para tentar pegar a mulher de branco. Jhonny então se lembrou das palavras da ninfa... algo sobre alguns problemas se resolverem na origem... e lembrou-se também da carta de seu tio. Resolveu lê-la:
"Olá, Jhonny. Se você está lendo isso, obviamente já encontrou a fita. Isso significa que está procurando pela mulher de branco. Ela é um espírito poderoso, garoto. Todo cuidado é pouco. Bem, para tentar pará-la, consegui reunir algumas informações sobre ela, quando ainda era viva. O que descobri basicamente foi seu nome: July Benetti. Tinha 19 anos quando morreu, mas os detalhes ainda não consegui descobrir. A foto que estava junto à essa carta era dela também. O que significa que ela é um espírito "exibicionista". Ela quer que as pessoas a conheçam e a temam... por isso mata mesmo quando há pessoas em volta, aparece em fotos e videos, e o que quer dizer também que adora um desafio... Sei de apenas duas pessoas que podem ainda saber algo sobre ela. Sua mãe e sua melhor amiga. Ache a mãe e ela lhe levará à amiga. Isso com certeza irá esclarecer muita coisa.
Nosso próximo contato: rodoviária, armário 537. A senha você terá que se mostrar digno de descobrir."
E assim terminava a carta, sem nome ou considerações finais novamente. Benetti... Jessica disse que apenas uma pessoa na cidade ainda tinha esse sobrenome. Como ela sabia? Jhonny ficou curioso, mas não perguntou sobre. Mas essa pessoa estava num lugar não muito agradável...
Jessica levou Jhonny e Enrico a um lugar nos subúrbios da cidade... um prédio tão malcuidado que Jhonny teve sérias dúvidas se seria ali mesmo. Na entrada porém Jhonny viu uma placa que o deixou ainda mais preocupado. Nela lia-se: "Manicômio Benetti, fundado por Harrison Benetti em 1859". Jhonny entrou e Jessica pediu para fazer uma visita. Jhonny então perguntou:
- Mas... se só tem uma pessoa com esse sobrenome, ela não deveria ser a a próprietária?
- Sim, se ela não tivesse sido diagnosticada como louca. - Respondeu-lhe Jessica.
Aquele lugar era infestado por espíritos, percebera Jhonny. Para todos os lados eles andavam, voavam chingavam e aterrorizavam os pacientes do manicômio. Chegando enfim à sala desejada, Jhonny expulsou espírito estranho que estava por lá. Uma senhora muito despenteada e com uma cara simpática lá estava. Jessica foi quem falou primeiro:
- Olá sra. Benetti, vimos aqui para conversar um pouco.
- Sim... Moça bonita. Ele me disse que viriam. - respondeu a louca - Ele disse que alguém que era mais forte do que ele. Ele disse sim...
- Ele? - sussurrou Enrico para Jhonny.
- Aposto que foi meu tio - sussurrou de volta Jhonny.
- Não consigo entender nada em sua mente. É fascinante e caótico ao mesmo tempo. Terão que conseguir as informações sem contar muito com minha ajuda.
- Quietos, os dois. - Disse Jessica. Então se dirigiu novamente à senhora - Ele quem?
- O homem. Faz tempo que ele me visitou. Ela disse que não o matou. Ela disse que estava presa, mas agora está livre. Ela disse que uma outra que talvez fosse tão ou até mais forte do que ela foi quem fez isso. O homem não conseguiu fazê-la ir embora. Agora ela está matando de novo.
- Ela... seria sua filha?
- Sim. Todos duvidam. Nenhum deles acredita. Todos vão morrer. Ela odeia os homens agora. Sim... depois que ela morreu ela passou a odiá-los. Ela ajuda as mulheres a se livrarem deles. Ela vem toda semana. Ela visita sua amiga também. Sim... Rachel ia ser a madrinha de seu casamento. Rachel L. Becker...
Com essa informação eles se despediram da senhora e foram procurar a nova fonte de informações...
*Volteeeeeii Porraaa!!! kkk
Galera foi mal o sumiço, vou tentar voltar a postar capítulos novos semanalmente Espero que continuem gostando da história e vamos nessa!
VOCÊ ESTÁ LENDO
O homem que falava com os mortos
TerrorO que você faria se de repente, para onde você olhasse visse gente morta? Se eles sussurrassem em seu ouvido o tempo todo e gritassem por sua ajuda? Essa é a vida de Jhonny, um dos poucos caras que tem azar o suficiente para nascer com essa maldição...