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Tudo estava seguindo como o planejado,mesmo estando preocupada me permiti adormecer por alguns minutos em tentativa de relaxar um pouco,depois de um certo tempo alguém me sacode com cuidado,abro meus olhos com certa preguiça e me deparei com V próximo até de mais de mim.

-Chegamos.(ele fala me encarando)

-Já? (falo coçando meus olhos com uma de minhas mãos)

-Anda logo,precisamos voltar com o nosso teatrinho.(ele sussurra de forma apressada em meu ouvido)

-Ai que legal...(falo rindo com uma falsidade extrema logo me alongando)

Ele ri ao me ver alongar meu corpo com preguiça,o comandante anunciou que logo íamos pousar em Busan,logo uma aeromoça se aproximou de nós e V se precipitou me beijando repentinamente,seus lábios eram macios e convidativos,ele passou uma de suas mãos em minha nuca para intensificar ainda mais o beijo,a aeromoça nos encarou dando um pequeno sorriso e V separou nossos lábios de uma forma bem lenta.

-Pronto,ela já esta convencida de que somos bem próximos.(ele fala desviando seu olhar do meu)

-Sim..(respondo cobrindo minhas bochechas coradas com as minhas mãos)

O avião pousou depois de algum tempo,caminhamos com pressa até o saguão do aeroporto pegar as nossas malas,quando estávamos saindo do local Hope viu uma garota de social com uma placa escrita "Bem-vindos" em japonês.

-Nori está linda!(disse Hope ao ver a garota que sorria discretamente para o mesmo)

-Sejam bem-vindos de volta.(ela falou sorrindo e abraçando os garotos ao mesmo tempo)

-Obrigado,maninha.(disse V sorridente)

-Então essa é a famosa Park Yun?(ela disse me encarando imediatamente com um sorriso acolhedor, dando fim ao abraço triplo)

-Sim.(V passou uma de suas mãos pela minha cintura e me conduziu até Nori)

-Ouvi falar muito de você senhorita Yun.(ela falou me abraçando)

-Sério?...(me espanto)

-Mon falou muito de você.(desfazemos o abraço)

-Não sou ninguém especial,só uma refém...(sussurro no ouvido da garota que se espanta)

-Vocês são loucos?!Ela é filha do ...(V interrompe a garota imediatamente com uma tosse mais que falsa)

-Nós sabemos!Fizemos isso por uma ordem.(Hope explica mas eu e Nori continuamos sem saber o que acontece)

-Depois vamos ter uma conversinha senhor Hope,mas,antes temos que nos apressar para chegar em casa.(Nori falou e logo começou a andar)

Seguimos a mesma que andava rápido até de mais,eu estava em alerta para tudo e todos que estavam ao meu redor,fomos para o estacionamento e lá nos deparamos com um grupo de polícias que estavam jogando conversa fora,V e Hope colocaram as máscaras discretamente e a cada momento eu sentia mais medo.

Em poucos passos estávamos bem longe dos polícias e enfim "seguros",V achava graça da minha preocupação louca de sermos pegos ou mortos,isso é facil para ele já que o mesmo está acostumado a sair da lei,mas, mesmo assim não me importaria dele ficar sorrindo de mim ou para mim... espera por que eu estou falando algo desse tipo?!

A viagem foi bem animada,Hope cantava músicas em conjunto com Nori e V, eu só observava as crianças se divertindo com o karaokê improvisado.Não demorou muito para que chegássemos na nossa Batcavena.

O lugar era mais o menos umas seis vezes maior do que o outro esconderijo,tinha salas de treino com vários tipos de armas,sala de tortura,suítes de luxo,uma biblioteca gigante,e até um salão de jogos para descontrair um pouco.Nori me levou até uma suíte,a vista da sacada era incrível afinal meu quarto ficava de frente com o mar e o sol já estava se pondo no horizonte,descidi desfazer a minha única mala que tinha (graças ao Kook que comprou algumas roupas para mim ao longo do dia).

Depois de arrumar minhas coisas no guarda-roupa desci para comer alguma coisa,ai chegar na cozinha me deparo com todos os três sentados no balcão relembrando o passado.

-Ai está ela.(Nori fala alto me assustando)

-Eu não quero atrapalhar a conversa,só vim fazer um lanchinho da tarde.(falo rindo sem graça)

-Sinta-se em casa.(Hope fala sorridente com os braços levantados)

-Obrigado.(faço uma reverência um pouco demorada)

-Tão educada para uma ladra.(V fala rindo baixo)

-Eu não sou ladra...(falo o encarando com uma cara de poucos amigos,o garoto se levanta e vem ao meu encontro)

-Você que pensa.(ele sussurra no meu ouvido de uma forma sensual,pega uma maçã e retorna para o balcão com um sorriso de canto)

Minhas mãos ficam um pouco trêmulas mas depois voltam ao normal,acordei de alguns desvaneios meus e fiz um sanduíche simples e fui para o meu quarto.

Ao chegar no quarto entrei e com rapidez tranquei a porta logo depois,me sentei na cama e comecei a minha refeição sem pressa de terminar,de repente ouço um som estridente vindo de algum lugar abafado,sem muito esforço logo reconheço o tal som aquele era o meu toque de celular,pulei da cama começando uma busca frenética pelo som do celular antes que ele cessasse,e com uma agilidade e boa audição achei o local de onde o som estava saindo e era... do forro da minha mala,sem muita cerimônia rasguei o forro pegando o objeto que ali estava.Olhei no visor do aparelho e havia uma mensagem não lida,não pensei duas vezes e abri a mensagem no mesmo instante a tela do celular ficou preta e apareceu um palhaço gargalhando e falando "Te achei!",encarei o aparelho confusa e logo entendi a mensagem peguei o celular e o pisoteei até ser reduzido à pequenos fragmentos,observei os pedaços e havia um chip de localização.

-Eu te achei!(falei irônica quebrando o chip com minhas próprias mãos)

"Os garotos não podem saber disso!"

Meant To BeOnde histórias criam vida. Descubra agora