Meant To Be

Capítulo 4

-Quer que eu repita?Não sabia que você tinha problemas de audição. (Namjoon fala com um sorriso de canto)

-Eu não vou ficar aqui! (falo em um tom alto)

-Você não tem escolha lindinha.(ele ironiza novamente passando uma de suas mãos pelo meu rosto)

-Tire sua mão nojenta de mim! (falo logo dando um forte tapa na mesma)

-Eu gosto da sua teimosia...(ele fala rindo alto e os outros também dão risada)

-Você me dá nojo! (cuspo no rosto de Namjoon e todos me encaram desacreditados)

-Tirem essa vagabunda daqui! (Namjoon gritou alto e V começou a me puxar para fora da sala)

O garoto me arrastava pelos corredores do lugar,eu mal conseguia andar com aquele brutamontes apertando meu braço direito quase quebrando o mesmo.

-Você é mesmo corajosa,na verdade você é louca mesmo.(o tal V cochichava ainda me puxando)

-Vocês não podem me obrigar à ficar!(falava com o rosto cabisbaixo deixando algumas lágrimas caírem ao lembrar de Chan)-E-eu só queria ter uma família de verdade,ser amada...

-Pare de chorar se não eu choro.(o garoto riu baixo)

-Cala a boca...(falo meio alto e logo sinto uma de minhas bochechas queimarem,V acabará de desfigurar um tapa em meu rosto)

-Você não deveria nem me dirigir a palavra.(ele parou em uma porta de ferro aparentemente muito velha)

O garoto abriu a porta que rangia alto, logo me jogou para dentro do local escuro e deserto, trancando a porta em seguida.

-Não se preocupe Channy,tudo vai ficar bem.(sussurrei apertando o colar em meu pescoço)

Como o local não tinha luz não arrisquei me mover então deitei no chão gelado e involuntariamente começei à cantarolar uma música que Channy cantava quando eu estava com medo.

" Baby don't cry tonight eodumi geodjigo namyeon
Baby don't cry tonight eobseotdeon ili dwilgeoyah
Mulgeopumi dwineun goseun niga aniya kkeutnae mollaya haetdeon
So baby don't cry cry nae sarangi neol jikilteni "- Sussurrava com a voz rouca permitindo que as minhas lágrimas caíssem livres lavando todo o meu rosto,até que adormeci logo depois.

(❤)

Acordei mas sabia que não adiantaria de nada me levantar já que estava na escuridão total,ouvi um barulho alto vindo de atrás de mim me fazendo ficar alerta.Alguns feixes de luz invadiram o lugar,revelando uma sala branca sem móveis ou qualquer tipo de decoração, a não ser o sangue seco na parte inferior de uma parede.
Eu observava atentamente a porta através de alguns espaços entre meus dedos,já que minha mão tentava bloquear a claridade que ofuscava meus olhos.

-Acho que você já passou um bom tempo ai,pode sair...(era a voz de V aparentemente bem sonolenta)

Me levantei devagar e caminhei tranquilamente para fora da sala,meus olhos se chocaram violentamente com os do garoto o que me deu calafrios,V é diferente dos outros,ele é frio,quieto e bem misterioso.
V trancou a porta e começou a caminhar despreocupado e eu sem entender nada começei a seguir-lo.

-Para onde vamos? (falei me espreguiçando)

-A pergunta é,para onde você vai?

-Estou te seguindo.(o encarei )

-Eu estou indo dormir...

-Será que não tem um quarto extra por aqui?(perguntei olhando ao meu redor)

-Não.

"Você está de brincadeira né?!"-reclamava mentalmente

Continuamos caminhando até chergamos no quarto do garoto.

-Eu vou ter um pouco de piedade,hoje você pode dormir comigo.(ele falou entrando no quarto)

Fiquei observando o quarto até que me dei conta de que tinha uma cama,um guarda-roupa,um criado mudo e só.

-O-onde eu vou dormir? (perguntei sem graça)

-Como você pode ver o chão é bem espaçoso...(ele me encarou apontando para baixo)

-A sim... (falei já me deitando no chão e me arrumando para dormir)

O silêncio se instalou no quarto e a luz ainda permanecia acesa,fitei a parede esperando ouvir alguma reclamação,ordem ou um simples boa noite (se ele fosse um pouco educado).Aquele silêncio já estava me torturando,era possível ouvir as nossas respirações,mas, nada era dito por ele ou por mim.De repente a luz apagou e eu me permiti relaxar um pouco.

-De novo a luz acabou,se eu fosse você ficaria esperta...

-Ham?

-Tem muitos insetos no chão...durma de boca fechada.

Automaticamente dei um pulo para a cama de V,o garoto começou a rir igual um idiota e aquilo me incomodava.

-Nossa como você é engraçado! (falei rindo da forma mais falsa possível)

-Eu sei que sou engraçado...

Quando ia descer da cama meu braço foi gentilmente puxado de volta.

-V-Você pode dormir aqui na cama comigo?

-Você tá me cantando?

-Não! Quem cantaria você?Mas é que eu... tenho medo do escuro.(comecei a rir descontroladamente ao ouvir isso de V)

-Isso sim tem graça...(falava quase engasgado com a minha própria saliva)

-Então pode ir descendo.

-Não,não eu fico aqui com o senhor tenho medinho do escuro.

-Fica quieta dona ai que nojinho.(ele riu,pela primeira vez ouvi seu riso que era contagiante )

-Eu prefiro te ouvir rindo do que reclamando.

-Hum,agora dorme.(novamente se tornou o grosso de sempre)

-Okay...

-Boa noite.

-B-Boa noite V.(falei em um quase sussurro me enfiando de baixo das cobertas quentinhas e me aconchegando na cama)

Não passou muito tempo para que eu adormecesse.

(❤)

Mesmo já acordada ainda estava sonolenta,meu corpo estava pesado e eu não podia me mexer.

-Me desculpe por isso mas eu não tenho escolha.(ouvia um sussurro suave de uma voz rouca provavelmente a de... Jin?)

Ele me pegou em seus braços e me levou até a parte subterrânea do prédio,assim se direcionando à uma sala que na porta estava escrito "Entrada proibida".

-O que você está fazendo? (Falei sussurrando)

-Logo você vai descobrir,mas,por favor me desculpe desde agora!
Ele me deitou em um sofá preto de couro e me algemou.

-Jin o que você está fazendo?

-Me desculpe,por favor me desculpe.(ele começou a chorar)

-J-Jin!(gritei começando a me debater)

Um homem de cabelos grisalhos entrou na sala acompanhado de dois seguranças.

-Essa é a mercadoria?

-Sim.(Jin respondeu firme e convicto,ele nem aparentava ter chorado)

-Quem são eles?(me desesperava)

-Apaguem ela...(o homem de cabelos grisalhos ordenou)

Um dos seguranças me desfigurou um soco no rosto assim me fazendo perder a consciência no exato momento.