Colégio Interno

Capítulo 6

A Nathany entrou no quarto e fechou a porta, entrei correndo atrás.
Mari: Nat? Relaxa
Nat: Não dá pra relaxar, ele fez isso o dia todo!
Mari: Ele é idiota, não liga.
Nat: Desculpa Mari, mas eu sou meio traumatizada e qualquer coisinha já fico assim.
Mari: Eu entendo, mas você não pode praticamente ficar mal por causa desse idiota.
Nat: OK OK.
A Amanda entrou e perguntou o que estava acontecendo, a Nat respondeu nada.
Amanda: Vamos comer alguma coisa?
Nat: Sim
Mari: Vão lá, estou sem fome.
Amanda: Ahhh, vamos!
Mari: Não amor, obrigada.
Elas saíram do quarto e eu coloquei a música Hello - Adele pra tocar e coloquei meus fones. Logo logo o Matheus entrou no quarto.
Mari: O que você ta fazendo aqui? Como te deixaram entrar?
Matheus: Eu disse que você estava doente e precisava da minha ajuda.
Mari: Eu não preciso da sua ajuda para nada.
Matheus: Nossa, para de ser marrenta.
Mari: Ah, eu quero falar com você. Sabe a Nat? Não quero saber de você fazendo bullying com ela, entendeu?
Matheus: Tá
Mari: É sério Matheus. Eu entendo ela.
Matheus: Você entende ela? E por acaso essa menina bonita já sofreu bullying alguma vez?
Mari: Não te interessa.
Matheus: é sério pô.
Mari: Quando eu tinha uns 10 anos eu sofri bullying sim.
Matheus: Mas porquê?
Mari: Diziam que eu era "estranha", foi quando meus pais se separaram.
Matheus: Entendi
Mari: O que cê veio fazer aqui mesmo?
Matheus: Conversar, ué
Mari: nossa, kk
Matheus: Agora vamos assistir um filme.
Ele colocou um filme na televisão enorme que tinha no quarto.
Ficamos assistindo e a Amanda chegou com a Nat.
Amanda: uepaaaaah casal
Mari: or
A Nat olhou pra mim com uma cara de medo, provavelmente do Matheus, e eu fiz uma cara de "relaxa". Elas sentaram e terminaram de assistir o filme com a gente, e a Nat e o Matheus já estavam amigos. Estávamos tão concentrados que nem ouvimos que o sinal de recolher já tinha tocado faz tempo.
Matheus: Cara, tá tudo escuro e não tem ninguém. Como vou sair daqui agora?
Mari: Eu vou te deixar lá, anda.
Matheus: Vão nos pegar.
Mari: Não vão!
Matheus: Promete?
Mari: Sim.
Fomos chegando no quarto dele, passando pelos locais mais escuros, até que vimos uma sombra.
Mari: Ferrou, corre.
Matheus: Corre disfarçadamente.
Mari: Ok
Nós pegamos na mão um do outro e corremos como se não houvesse amanhã.
Conseguimos chegar no quarto.
Matheus: Obrigada - estávamos ofegantes e bem perto -
Mari: Eu prometi que não seriamos pegos, não foi?
Senti ele chegando mais perto, e me beijou.
Só paramos quando estávamos praticamente sem ar.
Mari: Seu safado!
Matheus: E você gosta.
Mari: Só um pouco - dei um sorriso e saí de lá -
Consegui chegar no meu quarto "sã e salva" e dormi.

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