Capitulo 3: Fora dos muros

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P.V.O : MELANIE

Estávamos agora fora dos muros, tínhamos demorado um pouco para sair já que tive que passar em casa para pegar meu arco e flecha, Daryl era quieto e ficava na dele só observando ao redor, eu fazia o mesmo quando por fim o silêncio constrangedor me irritou e comecei a puxar papo:
-Hum, então Daryl a quanto tempo conhece a Michonne?-perguntei, ele olhou para mim de escanteio e voltou a se concentrar nas pegadas que havia no chão.
- Desde a prisão- falou sem olhar para mim
-prisão?- perguntei curiosa , ia continuar perguntando quando olhei para frente e vi Daryl com sua Besta mirando em algum animal, corri até ele, ficando ao seu lado, até ver que o que ele mirava era um veado bem na nossa frente parado, ele via que estávamos perto o observando mas mesmo assim não se mexia, de repente fiquei fascinada eu nunca mais tinha visto um animal desse tamanho, que dizer ainda via, mas não ainda vivo, o último animal grande que tinha visto era um cavalo preto , sempre tentava pegar ele para levar pra dentro dos muros, sabia que lá dentro todos iriam gostar e cuidar dele principalmente as crianças, mas ele sempre fugia antes deu conseguir pega-lo, até o dia em que estava caçando e o vi cercado por vários zombis, tentei matá-los para que ele pudesse fugir mais já era tarde ele já estava com o corpo todo mordido e em alguns lugares com a pele solta.
Ia continuar observando o bicho quando vi que Daryl agora mirava nele com sua besta:
-Não- cochichei em seu ouvido, e coloquei a mão em cima de sua besta a abaixando.
-O que você tá fazendo?- perguntou me encarando.
Olhei para ele e para o veado a nossa frente, ele não corria estava parado, então olhei para Daryl e falei o encarando:
- Tudo nesse mundo está morto, é um mundo morto, mas olha só isso mesmo depois de tudo no meio desses Zombis, ele ainda tá vivo- falei olhando ainda fascinada para o bicho. Nem percebi o que falava direito nem eu entendia, só não queria que Daryl o matasse.
-Não- ele falou firme- quer dizer, sim é um mundo morto, mas nele existem pessoas vivas tentando sobreviver, e é por isso que precisamos dele- ele gesticulou apontando para o bicho, agora sua voz era calma- para as pessoas vivas dentro daqueles muros, minha família que está lá agora, e seus amigos.
Eu olhei pra ele, e mesmo não querendo admitir pra mim mesma ele estava certo, que dizer quem sabe anos atrás eu podia me dar ao luxo de fazer isso, de poder escolher ser vegetaria, vergana, ou só me dar ao luxo de ficar admirando aquele animal e depois deixá-lo ir, mas hoje em dia eu precisa dele.
-Eu sei é só que..
Ele ia levantar sua besta para atirar no animal, só que eu fui mas rápida puxando uma flecha e a atirando no bicho, e com o próprio peso o animal caiu no chão, guardei o arco nas costas e corri até ele, Daryl ficou parado atrás me olhando, cheguei até o animal agora morto, eu não gostava de fazer isso, só que era necessário já que a maioria das pessoas que estavam dentro dos muros que eu, o Rafa e a Kat tínhamos encontrado não sabiam caçar, e estavam lá desde o começo então não  sabiam se quer se defender, parei meus devaneios quando Daryl chegou até mim, ficando ao meu lado.
-Acho que por hoje já tá bom- ele disse olhando de mim para o animal.
Assenti com a cabeça, pegando a besta de Daryl da suas costas, a deixando livre para que ele colocasse o veado nela logo em seguida, essa cena me fez rir e comecei a andar logo a sua frente em direção à os muros novamente, frustrata comigo mesma por ter feito papel de idiota e amadora na frente dele e ainda mais por ser a primeira vez que caçávamos juntos, mas isso nunca acontecerá antes, então não quiz deixar essa imagem minha nele, comecei a jogar papo:
-Meu Deus, Você tem que me ensinar a atirar nisso-falei me referindo a besta que agora eu segura e olhando para ele que estava ao meu lado.
- Um Velho com quem eu tava conversando hoje de manhã me contou que aqui perto tinha uma loja, com coisas para arqueiros, aliás tenho certeza que ele usou as palavras "O paraíso dos arqueiros"- ele rio contanto essa ultima parte, e continuou- que dizer não sou idiota de achar que ainda vai ter armas lá, mas pelo mesmo ainda deve haver flechas ou outra coisa, mas é verdade?- ele perguntou me encarando, se referindo a loja, pude ver em seus olhos a ansiedade para que o lugar realmente existisse.
- Olha, pra ter te falado de arqueiros provavelmente você deve ter conversado com o Sr. Wilson, que mora sozinho com esposa? -perguntei quase afirmando
Ele assentiu, confirmando que eu estava certa, e então continuei:
- Ele pode tá bem velhinho mas tem uma memória melhor que a minha até-falei rindo- sim é verdade esse lugar existe fica na cidade aqui do lado, sempre vamos lá pra vasculhar procurando comida e outras coisas, é pertinho daqui.
-Então fazemos assim, eu te ensino a atirar com a besta e você me leva lá.
- Ao "Paraíso dos arqueiros"- ele perguntou brincando com o nome que o Sr. Wilson tinha chamado.
-Ao "Paraíso dos arqueiros"- confirmei .
Pelo resto do caminho até em casa tivemos mais algumas conversas, e eu pude jurar que ele riu de uma piada que eu contará, quando chegamos levamos o veado morto até a despensa onde tinha o congelador e o "açougueiro" da cidade, depois ficamos conversando no batente de uma casa qualquer, até que o Rafael veio até nos ficando em pé na nossa frente e me encarando:
-Oi- respondi olhando para ele.
-Onde você tava!?- Rafael perguntou me encarando a voz com raiva mas firme.
-Eu sai pra caçar com o Daryl- falei apontando para o Daryl ao meu lado, Rafael olhou para ele por um minuto e logo em seguida voltou a me encarar.
-Porque não me avisou!?
-Porque eu sai cedo.
-Tambom, Daryl creio que não se importa, mas eu preciso conversa com a minha namorada, a sós- Ele falou, segurando meu bravo com força e me levantando,nisso Daryl ameaço levantar a sua besta quando eu o detive não queria que ele se metesse nisso, e Rafael continuou me puxando, pela rua até a nossa casa, Daryl ficou lá sentado sem entender nada.
Sabia que a próxima vez que caçássemos juntos ele iria querer explicações do que acabara de acontecer.

Agradeça a ela (REVISÃO) Onde histórias criam vida. Descubra agora