cute man ❀

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| Harry |

Assim que desembarco em Londres, sigo como combinado até minha nova casa, assim que chego já percebo que as coisas aqui são diferentes, a estrutura é bem melhor mas isso não significa que eu já gostei daqui, eu sei que preciso somente me acostumar.

Assim que chego no apartamento não perco tempo e vou para um café próximo que li num informativo em braille.

"Olá senhor, o que vai querer?" Ouço a voz de uma mulher um pouco a minha esquerda e sigo até lá.

"Você tem expresso?" Pergunto.

"Temos sim."

"Um por favor." Falo e pago o café.

"Você pode retirar a bebida no balcão ao lado, temos copos, canudos e guardanapos ao lado, temos os indicadores em braille mas caso necessite de ajuda, só é me chamar, tudo bem?" Ouço a mulher falar e sorrio.

"Obrigada." Falo e assim que pego meu café, sento numa cadeira.

"Uh, tem gente aqui." Ouço uma voz masculina suave ao meu lado.

"Oh, me desculpe." Falo e tateio a cadeira para poder sair sem derrubar nada.

"Não, não precisa sair." Ele fala e eu volto a sentar.

"Eu não sabia que tinha alguém aqui, você estava muito quieto, me desculpe."

"Não precisa se desculpar, tudo bem?" Ele fala e sinto que ele está bem próximo de mim, consigo sentir sua respiração em meu ombro. "Qual o seu nome?"

"Me chamo Harry Styles mas pode me chamar só de Harry, prazer em conhecê-lo." Falo e sorrio.

"Dentes bonitos, me chamo Louis Tomlinson mas Louis está bom." Ele fala e eu fico pensativo. Dentes bonitos? Falaram já que são muito brancos, não sei como essa cor é mas sei que é o extremo do preto, deve ser bonita.

Tateio a mesa em busca do meu açúcar e logo sinto uma mão pequena ao encontro da minha com o açúcar.

"Obrigada Louis." Suas mãos são tão pequenas em relação a minha que é até estranho.

"Você morava por aqui? Nunca tinha te visto, frequento essa cafeteria a anos."

"Acabei de chegar pela cidade, fui despachado pela minha mãe aqui." Ouço ele rir.

"Todos fomos." Ele diz e eu suspiro.

Assim que acabo meu café me levanto para ir embora e ouço o barulho da sola de algum sapato ao meu lado.

"Louis?" Pergunto confuso.

"Eu mesmo." Ele fala e ri. "Você é bom em saber onde as pessoas estão."

"Sentidos apurados." Falo e continuo a caminhar seguindo atentamente as linhas marcadas no chão para maior auxílio.

"Entoa, o que pretende fazer hoje?"

"Não sei, talvez eu escreva algo."

"Você é escritor?!" Ouço a supresa em sua voz mas tento não levar isso como um insulto.

"Sim, é uma coisa que eu posso fazer sem ser julgado, escrever não, mas cantar sim."

"Eu sou escritor também." Já andamos duas quadras então só é virar à esquerda que está a entrada do meu apartamento.

"Chegamos." Falo.

"Será que eu poderia conhecer as suas coisas? Quem sabe escrevemos algo juntos?"

"Claro." Falo e subimos até meu apartamento.

"Casa legal."

"Imagino que sim." Falo e me sento no sofá.

"Na bancada ao meu lado eu tenho alguns rabiscos." Falo e ouço o barulho do papel na mão de Louis e sinto calafrios. Ninguém nunca leu nada meu então não sei o que vão pensar.

"Bem, de primeira vejo que sua caligrafia é perfeita." Ele fala e eu mordo o lábio à espera de seu comentário profissional sobre minhas escritas amadoras.

Blind Love | l.s. | pt brOnde histórias criam vida. Descubra agora