Capítulo 4

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ME PERDOEM SE HOUVEREM ERROS ( SEM REVISÃO)

" Errar, superar, aprender e recomeçar... É assim que devemos levar a vida".

Dormi até que bastante, contudo sono ainda não havia passado e tinha que estar na escola às 7:30. Levantei e tomei meu banho depois coloquei a camiseta do uniforme, uma calça jeans azul, e um tênis. Me olhei no espelho e disse a mim " Seja você mesma sem medo do que os outros vão pensar" e esse tem sido meu mantra nas últimas semanas.
Fui para a cozinha, o café já estava posto sobre a mesa, tomei o meu, escutei a campainha e corri pra atender.

- Bom dia flor do dia! ansiosa pro primeiro dia de aula?
- Bem... ansiosa não é bem a palavra acho que nervosa me define.
- Então vamos nervosinha.
- Xau pai!
- Xau vai com Deus.

A escola não era distante, e é bem maior do que eu esperava tinha árvores ao redor do prédio, e muitos, muitos estudantes, acho que o dobro de alunos da minha antiga escola, Louise me levou até um grupinho de 4 pessoas 2 meninas e 2 meninos confesso que eu estava meio eufórica e esperava que a galera fosse legal.

- Pessoal essa é a Helena e Helena esses são Ruy,Cloe,Mia, e Jace.
- Bem vinda ao grupinho dos descolados.
- Descolados só que não né Jace.
- Qual é Cloe! não tira minha moral na frente da gatinha.

Será que ele é sempre desse jeito cara de pau e fala coisa na lata, não posso negar que ele não é de se jogar fora, é alto, definido, tem olhos azuis e os cabelos pretos, mas não devia valer nada. E pra mudar de assunto, pois eu já estava com o rosto queimando comecei a falar.
- Qual é a primeira aula de vocês? eu to meia desorientada.
- A Lisy vai pra aula de álgebra.
- Eu e Ruy vamos pra aula de geografia.
- A Mia vai pra filosofia.
- E pelo que eu estou vendo aqui, acho que eu sou sua companhia na aula.
- Tá ótimo Cloe, só preciso passar na secretaria antes, ai te encontro na sala.
- Tá só não demora a aula começa em 15 minutos.

Então fui caminhando, a secretaria era perto, entreguei minha documentação toda, e fui procurar meu armário precisava guardar alguns livros que não eram necessário, aliás aquele negócio era muito difícil de mecher quase que não consegui abri-lo e quando consegui foi um alivio, após fecha-lo senti alguém me segurando e me prensando contra parede, me arrepiei quanto vi Vicente.

- Eae Helena tudo bem? saudades do gato aqui?
- Será que dá pra me soltar, você é namorado da minha amiga, e eu não to vendo nenhum gato por perto, só um idiota que não tem o que fazer.
- Lisy não é minha namorada e idiota eu? só se e for por quer te querer.

Ele veio se aproximando e beijando meu pescoço, não tive reação meu corpo congelou em questão de segundos, senti sua mão indo a um lugar proibido então sem pensar dei um chute muito bem dado nele, que caiu no chão gemendo de dor, e aproveitei pra correndo, ainda bem que o corredor estava deserto. Feito isso virei a primeira esquerda e tive a sensação de alguém estar segurando minha mão logo gritei o mais alto que consegui, e quando me dei conta era Cloe.

- Tá doida menina sou eu, vamos a sala é aquela o sinal já bateu.
- Vamos.
- Mas depois você vai me contar o que aconteceu, você ta pálida e suas mãos tão geladas, tá se sentindo mal?
- Não, não é isso depois te explico.

A sala ainda estava vazia entramos e nos sentamos no canto da parede perto da porta.

- Agora me diz o que conheceu pra estar desse jeito.
Eu não queria falar acabei de conhece-la e vou contar uma coisa dessas, mais precisa desabafar afinal eu não conhecia os hábitos nem o caráter de ninguém daqui.

- É... o Vicen...
- Será que dá pra parar de enrolar e falar logo, já estou preocupada.
- O Vicente ficante, namorado, sei lá o que dá Lisy me agarrou no corredor, eu dei um chute nas bolas dele e sai correndo pronto falei.
- Canalha! é bem típico, só não acredito que tenha feito isso com você, amiga dela. Todo mundo tenta avisar a Louise, mas ela tá ficando tão cega que não acredita em ninguém, ama tanto aquele Cretino, e única coisa que ele quer é tirar a virgindade dela, como já fez com muitas da escola e acho até melhor não falar nada se não vai sobrar pra senhorita.

Passei manhã inteira pensando no que me aconteceu, e achei melhor não contar, vai que ela fique com raiva de mim. Eu não posso magoá-la até agora é minha única amiga não posso arriscar, eu sei que parece meio egoísta, porém confia em mim mais do que nela mesma, e não posso trai-la dizendo essa besteira.

***

O tempo passou voando hora de ir embora, Lisy e Cloe me acompanharam, não estava afim de papo só queria chegar em casa e tomar um banho pra tirar o cheiro daquele nojento que estava impregnado no meu corpo.
- Ane porque você tá estranha e tão calada?
- Eu? não é nada Lisy, é só uma dor de cabeça forte, to naqueles dias.
E olhei para Cloe pedindo sigilo.

Somente o Tempo CuraOnde histórias criam vida. Descubra agora