Capítulo 2- Lembranças De Um Passado.

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Pov's Alice on



Tudo estava escuro. Mas não silencioso



- Mamãe!! Mamãe!! Por favor, acorde - escutei alguem gritar. Um grito familiar



Tudo começou a ficar claro novamente. Eu me via. Menor. Ajoelhada no chão. Minha mãe com um buraco de bala no peito



- Ela não vai acordar, Alice - senti meus olhos marejarem - Nunca mais - ajoelhei no chão. Essa memória. Eu queria que fosse destruida. A dor que senti naquele dia, era insuportável.



- Vão vão vão. Ela pode ser uma criança, mas vai ser perigosa. Não deixe-a ver seu rosto - Ele gritou. A tristeza logo virou ódio - Afaste-a desse corpo - gritou



Me levantei e caminhei ate ele



- Seu porco! Filho da puta - tentei lhe bater, mas minha mão atravessava seu rosto nojento - Eu vou te matar! Vou te rasgar por inteiro!



- Não!! - A pequena Alice começou a se debater - Faz minha mamãe acordar!! - Um homem de preto com mascara a agarrou pelo braço e começou a puxa-la



- Segurem-na - ele gritou. Os homens obedeceram e seguraram cada membro da pequena Alice - É so uma picadinha anjo - disse ao sacar uma agulha



A pequena Alice começou a se debater e acabou soltando um de seus braços. Ela levou sua mão até a mascara dele e a puxou. Seu rosto era bonito, porém, era um desgraçado.



- Eu falei SEGUREM-NA - gritou irritado



Mais homens seguraram a pequena Alice. E ele, enfiou uma agulha com força nela. Fazendo-a apagar



Alguns segundos e eu estava la. No canto da cela, a pequena Alice estava jogada. Seus olhos abriram rapidamente revelando o medo neles. Ela olhou em volta, viu a cama em que eu nunca dormi, o chão era melhor, eu sempre acordava nele, ela viu a privada que eu costumava limpar e vomitar, e a lâmpada que foi acesa.



Ela se levantou rapidamente ao ver as barras e correu pra mesma



- Alice não!! - gritei, mas ela não podia me ouvir. Seu toque nas barras fez com que seu corpo frágil fosse jogado do outro lado da cela com várias correntes elétricas. Seus nervos se contraiam



- Você está bem? - alguém disse. Me virei sorridente e vi a pequena Mary agachada no chão



- Acho que não - a pequena Alice se levantou dolorida - Minhas mãos não abrem



- Vai passar logo. Recomendo não encostar nas paredes também - mostrou seu pequeno ombro, suas marcas de queimadura estavam fortes naquela época - Elas queimam



- Você está bem? - perguntou a pequena Alice



- Vou ficar - disse dando de ombros



- O que é esse lugar?



- É o pesadelo. Todos os dias, se não fizer o que mandam, eles te espancam. E todas as manhãs e tardes você toma injeções.



- Isso parece ruim - Alice se aproximou cautelosamente das barras - Eu não quero ficar aqui. Eu quero a minha mãe



As barras se abriram. A pequena Mary saiu e estendeu a mão pra pequena Alice



- Vem. Se não vier vai ser pior - disse. A pequena Alice levantou e correu ate a pequena Mary - A propósito, me chamo Maryane, mas pode me chamar de Mary



- Eu sou Alice - a pequena disse



Uma fila de crianças se formou no corredor. Todos os novos, ganharam uma pulseira com um número. O meu era 0207. Esse número, vai sempre me assombrar

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