Por Evelyn Skinly.
Não me sai da cabeça, o fato de Eliza não ter me procurado para conversar sobre sua primeira vez. Isso é um acontecimento importante na vida. Não é? Bem, por um lado, não houve tempo, tive que organizar o funeral do professor da escola. Caixão, algumas flores, cova e coveiro, por último mas não menos importante: o Padre.
Flores Brancas? Particularmente, acho que flores brancas tem uma beleza única, singelas e sensíveis. Está decidido, Roanito terá flores brancas no seu velório.
- Eliza, quem fará o elogio fúnebre para o tal homem? - Perguntei a minha filha, que estava fascinada contemplando flores de um vermelho forte. Assim que me ouviu, pareceu sair do encanto de tais rosas.
- Todos os professores vão falar algo, como ele era bom... Que ele nunca estava deprimido... Como ele era otimista... Blá Blá Blá. O diretor vai fazer a última homenagem e pronto. Acabou! E então dois dias sem escola, já que foi declarado Luto.
No funeral, todos estavam de preto, alunos seguravam livros e os professores pequenos buquês para colocar no túmulo. Minha filha mais nova tinha uma carta. Ela sempre tinha uma para cada pessoa que se matavam com objetos de nossa loja. O diretor falou algumas palavras, depois todos colocaram os buquês em cima do túmulo. As crianças os livros que ele usava como referência.
- A senhora não acha besteira? Ah qual é, os livros vão estragar pelo amor de Deus – Eliza disse quando um de seus colegas de classe colocou um livro aberto em cima do túmulo.
- Eu realmente acho besteira, ele tá morto não é. Nem sabe que estamos aqui. Não vai ler o livros e muito menos a carta que eu sei que você escreveu Eliza – Edmond falou olhando para a carta que minha caçula tentava esconder em meio o pacote de sementes que também trouxe consigo.
- É diferente, não é mamãe? Ou na verdade, é tudo a mesma baboseira? Mas que droga, a mesma coisa vai acontecer com a carta e
- Meu docinho, teu irmão é um aparvalhado. Não liga pra ele, vai lá e deixa tua carta okay? – Virei dei um puxão de orelha em Edmond. – Não é culpa dela se você levou um fora ou seja lá que tenha acontecido. Já lhe falei para não descontar nos outros.
Esperamos todos irem embora e então Eliza jogou as sementes ao redor do túmulo, depois ela colocou a carta no meio de vários livros abertos lá em cima.
- Acho que já fizemos nosso trabalho. Vamos para casa.
O resto do dia, fiquei em casa com os meninos. Ajudei com as malas, amanhã ele pega um trem para a cidade grande para começar a faculdade, cada minuto que passa o sentimento agridoce cresce em mim. A noite chegou e meu marido também.
- Amanhã nosso menino começa uma nova etapa. Que puta orgulho desse garoto. Acha que Evilah vai ficar bem?
- Acho que sim, ela parece está lidando com a partida dele melhor do que eu.
Robert me abraçou e cantarolou uma música em meus ouvidos.
- Vai ficar tudo bem. No fim sempre fica tudo bem. Você conseguiu fazer o padre ir ao enterro do professor? Certeza que se eu tivesse pedido ele não iria de jeito nenhum.
...
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A Loja de Suicídios 2
Mystery / ThrillerNovos suicidas a cada dia. A história segue nessa cidade calma e simples. Espera, como? De calma essa cidade não tem nada. Suicídios continuam acontecendo e novas aventuras começam. Com a nova edição de A Loja de Suicídios, podemos dá uma olhada no...