Moon & Sun (camren)

Cap.2-Okay

8:25AM
Eu estava dentro do meu carro dirigindo pelas ruas de Miami, o percusso foi até calmo para uma manhã de quarta-feira.
Estacionei em frente ao 1° Departamento de Delegacia de Miami.
Entrei e fui até a sala do delegado Kochima.

-Kochima?

-Ouh, Michelle, entre e sentesse aqui.

Me sentei na poltrona em frente a sua mesa enquanto ele pegava um copo de Wisky.

-Aceita?

Neguei com a cabeça.

-Olha...-Ele começou a falar enquanto sentava em sua cadeira a minha frente.-Confeço que você me surprendeu, eu esperava uma mulher um pouco mais...

-Velha?

-Madura, é a palavra mais adequada.

Sorri irônica.

-Sabe senhorita, você deve ter ouvido falar das coisas que falei sobre você. De que no dia que eu precisasse de uma mulher para me ajudar nesse tipo de caso eu estaria ficando louco.

-E você está louco Kochima?

-Apenas Walter, e sim, talvez eu esteja. Mas o que quero lhe dizer é que quero que você me prove que é tão boa assim.

-Eu não preciso te provar nada.

Me levantei e caminhei ate a porta.

-ESPERE! Eu quero lhe oferecer uma boa proposta.

-Estou ouvindo.

Ele sorriu e se levantou.

-Tenho um problema que estou tentando lidar com ele á 6meses. Quero que você me ajude com ele, e se fizer isso, seu reconhecimento vai ultrapassar fronteiras.

-Como assim?

-Status, Michelle, status. Imagine, a própria Yakuza te reconhecer como a melhor assassina particular? Você seria glorificada, fora que o pagamento deles é o melhor.

-Quanto vai me pagar?

-Fora o reconhecimento? Muito dinheiro, tipo, muito mesmo.

Sei que meu orgulho é maior que o mundo, mas muito dinheiro e adimiração extrangeira? Quem não quer isso?

-Tá, o que eu tenho que fazer?

Voltei a me sentar e vi o sorriso do homem se alargar mais.

-Uma ladra, a melhor que já apareceu por aqui.

-Me chamou por causa de uma ladra?

-Ela não é qualquer uma. Ela só rouba os melhores pertences das pessoas com mais status da Flórida.
Por exemplo, na semana passada ela roubou o semblante da familia Sviller. Da mansão do filho do vice-presidente.

-Tá, e qual são as informações sobre ela?

-Então, é ai que tá o problema. Não sabemos absolutamente nada sobre ela. Só sabemos que é uma mulher porque um dos mordomos da mansão viu sua silhueta. Os policiais lhe chamam de Ninfa.

-Espera, você ta mandando eu matar o invisivel?

-Praticamente isso.

-Tshh.

-Bem, se você considera dificil demais para você...

-Walter, uma coisa que você precisa saber sobre mim, eu amo desafios.

Me levantei e abri a porta.

-Então estamos fechados?

-Isso já não está claro?

Sai e fui até meu carro, eu simplesmente não tinha a miníma ideia de como pegar essa tal de Ninfa, mas eu não iria desistir. Lauren Jauregui nunca desiste.

Caso Ninfa, aberto.

....

Peguei a xírcara de café e fui até o escritório de minha casa.
Me sentei e abri meu notebook, esse caso de longe será o mais trabalhoso de todos os que eu já enfrentei.
Para começar, vou rackear os sistemas de câmeras de segurança de todas as mansões e empressas que ela já roubou.

-Tshhs. Nada, ela é muito boa no que faz.

Okay, próximo passo.
Puxei todos os arquivos de todos os furtos que ela já cometeu, desde os mais antigos e simples até os atuais e completamente profissionais, o seu primeiro foi em uma loja de conveniências.

Verifiquei a ordem de lugar que ela agia, é um modo de saber se a Ninfa mudou de lar.
Pesquisei por todos os horários de seus furtos.

Dei um sorriso satisfeito enquanto tomava o resto de meu café.

-Eh pequena Ninfa, você acabou de facilitar a minha vida.

Passei a tarde toda pesquisando por qualquer vestigio dela, eu iria pega-lá, como um felino agarra sua presa e acaba com sua pobre vida.

~+~+POV CAMILA~+~+~

Era 7:00 da manhã de sábado, eu estava me vestindo para ir ao meu estágio no hospital próximo a universidade.
A TV estava ligada em um canal qualquer enquanto eu colocava minha calça jeans clara.

-Agora vamos conversar com o dono das empresas Algustini's o senhor Pablo Algustini. Bom dia senhor.

-Bom dia, é um prazer falar com você.

-Senhor Algustini, primeiramente, meus parabéns pelo ótimo desempenho de suas empresas este ano.

-Muito obrigado.

-E segundo, senhor, é verdade que o senhor mandou derrubar 17 casas de famílias carentes para poder construir uma empresa e duas áreas de lazer?

-Olha, não é bem assim, aqueles terrenos eram meus, e aquelas famílias estavam me devendo uma fortuna de aluguel. Eu apenas investi.

-E deste terreno, ⅓ o senhor vendeu. Fontes afirmaram que o senhor comprou um quadro antigo de Leonard da Vinci com o dinheiro e deu como presente de casamento para seu filho mais novo Thomas Algustini. Isso é verdade?

-Moça, o que eu faço ou deixo de fazer com o meu dinheiro é problema meu.

Meus olhos estavam vidrados na tela da TV, a repulsa que eu sentia desses homens arrogantes era inesplicável, mas ao mesmo tempo sorri.
Pobre coitado, gastou tanto dinheiro com algo que logo logo não será mais de seu filho.

Claro que eu não precisava de tanto dinheiro, mas eu fazia aquilo por puro orgulho, de ser melhor que esses toscos de terno.
Eu amava arrancar esse sorriso repleto de orgulho da boca deles, mas claro, um pouco mais de dinheiro não faz mal a ninguém.
E eu nem pensava em parar com essa vida tão cedo, ninguém sabe nem se quer a cor dos meus cabelos, quanto mais conseguir me capturar.

A família Cabello sempre foi financeiramente estável, sempre andando com roupas caras e bons carros, mas eu fui diferente.
Quando eu tinha 16 anos sai de casa, não aguentava sobreviver a custa de pessoas tão interesseiras e falsas.
Tentei um emprego normal, mas era quase impossivel achar, então, por nescessidade, roubei pela primeira vez comida em um mercantil. Me senti culpada pelo o dono do lugar ser um senhorzinho bem simpático, então começei a furtar pessoas que eu considerava idiotas demais para ter dinheiro. Depois continuei por simples status, algumas pessoas me idolatram, outras me odeiam com todas as forças, e eu amo isso.
E amo o nome que eles me deram, Ninfa, só não sei o motivo.

Olhei para o relógio, estava na hora de sair, quando eu chegar é que vou cuidar de resolver o probleminha do senhor Algustini.