O início

133 16 12
                                    


  Já não sentia minhas pernas. Havia horas que eu estava ali deitada, naquele chão sujo e úmido de terra e grama batida. A neblina caía sobre mim. Meu corpo todo doía. A cada segundo que se passava eu sentia minha vida se esvaindo de mim.

  Como eu havia chegado até aqui? O que aconteceu? 

  Já não conseguia me lembrar direito. Minha mente estava confusa. Pouco ouvia e pouco via. Estava ficando tudo cada vez mais escuro, cada vez mais embaçado.

  "Dói tanto. Eu quero que pare de doer. Quero morrer logo. Por que até pra morrer tenho que esperar tanto?"

  Minha respiração estava cada vez mais lenta e difícil. Meu peito doía.

  Estava mais escuro... Cada vez mais escuro... Mais escuro... Escur...


                                                                                     ***


   06:00 da manhã do dia 02.

  Triiiim Triim


  Soco o despertador. Uma vez. Erro. Duas vezes. erro.

  Triiiim Triim


  Abro os olhos e levanto um pouco a cabeça.

 -Ai meu Deus! Estou atrasada...

 Levanto-me correndo, visto minha calça jeans ranco o blusão e pego meu uniforme, meu celular, minha blusa de frio e minha mochila. Desço correndo as escadas. Termino de vestir a blusa de uniforme e abro a porta da frente.

  Corro na velocidade da luz até o ponto de ônibus.

  -Ufa! deu tempo.

  Aproveito a folga, e visto minha blusa de frio. Conecto os fones de ouvido no celular e me desligo do mundo ouvindo Debussy.

   O ônibus finalmente aparece. Entro nele e vou para a escola.

  - Ei, Lua! Vem cá! - Vejo Mariana tiro meus fones do ouvido e me sento ao seu lado. - Tudo bem?

 -Tirando o fato de eu estar morrendo de sono e fome? To ótima- Disse com voz azeda.

  Ana logo começou tagarelar sobre alguma coisa, me desliguei do que ela estava falando na primeira palavra.

 Algumas pessoas dizem que sou lerda, desligada. Mas não consigo evitar. 

  Chegando a escola vamos para "nossa esquina", como de costume avisto todo o pessoal. Comprimento-os e logo começamos uma animada conversa sobre matérias e professores chatos.

  E então ele chega. Claro, toda boa história tem de ter um casal apaixonado. Mas o fato é que ele era diferente. Com apenas dezessete anos, ele carregava tanto mistério no olhar, que era difícil não olhar para ele.

  Sempre fui chegada em um bom mistério, então era óbvio que logo na primeira semana de aula - a quase três anos atrás- eu me apaixonasse por ele.

  O sinal de entrada toca, e então entramos para  a escola. 

  Rotinas são sempre rotinas. Oramos no saguão de entrada. Caminhamos sorrindo e conversando alto em direção à sala de aula.

  O primeiro horário assim como todos os outros -tirando a aula de física- é chato.

  Aquele dia prometia ser como qualquer outro dia. 

  Porém, um pouco antes de irmos para o recreio algo inesperado aconteceu.

-----------

E aí amigos e amigas, estão gostando da história?

Quero saber o que vocês estão achando,  comenta aí o que você está achando... e Se estiver gostando da uma "votadinha" ai kkkkk

Bjkocas...

 ~Iza~







O Sr. MistérioOnde histórias criam vida. Descubra agora