Capítulo 4 - Você de Novo?

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Abro os olhos, ainda sonolenta e vejo a claridade entrar pela janela, vou ao banheiro fazer minha higienes. Desço e sinto cheiro da maravilhosa comida da minha mãe.

- Oi mãe – digo dando um beijo nela.

- Oi querida, como foi a festa?

- Foi boa, aproveitei bastante.

- Pelo jeito que você fala, não parece que gostou muito – ela diz preocupada.

- Sabe o Gui? – pergunto como quem não quer nada.

- Como não? – ela diz rindo – O que tem o Guilherme?

- Ele foi embora – digo como se não fosse nada – para a França.

- O que? – pergunta e vejo que ela derruba o prato que estava lavando. – Como assim, filha?

Sabia que ela não ia gostar da notícia, mas uma hora ou outra ela saberia. Do jeito que ela é, parece até estar mais triste do que eu mesma.

- É mãe, acho que ele não estava muito animado com a ideia, mas sabe como são os pais dele, né.

- Claro, sou amiga deles a anos. Antes mesmo de vocês dois nascerem.

Sento com ela a mesa, e almoçamos em silencio. Não tô com esse apetite todo, na verdade, estou bastante pensativa, já sinto falta do Guilherme, porém a minha mente não para de voltar para a parte da noite que passei com o Alex, não sei por que algo me diz que ele não é o cara para mim, sinto que tem algo estranho nele. Mas resolvo deixar isso para lá por enquanto.

- Mãe, vou dar uma corrida e depois vou ao clube, preciso dar uma relaxada.

- Claro filha. Tente não chegar muito tarde, está bem?

- Tudo bem.

Subo as escadas correndo, visto um bíquini preto que ganhei de presente do Gui, um shortinho folgado e uma camiseta branca, amarro os cabelos num rabo de cavalo, óculos de sol, calço meu tênis de corrida. Procuro por meus fones de ouvido, pego o celular e saio.

Corro pela avenida e dou algumas voltas pelo parque, a música tocando em meus ouvidos ajudam bastante a não pensar em muita coisa. Continuo correndo e decido voltar em casa e calçar uma chinelinha qualquer, e é o que faço. E volto andando tranquilamente até o clube, e assim que chego já me livro da blusa e do short, vou jogar-me água no chuveirinho e entro na piscina, nadar também me ajuda muito a relaxar. Assim que ponho a cabeça para fora d'água perto da borda, vejo que alguém me encara, levanto os olhos. E não acredito, ele está me seguindo?

Alex.

- Olá gatinha – ele diz.

- Hã, oi. Tá me seguindo?

- Infelizmente não, até poderia – ok, isso é tenso – felizmente te encontrei aqui por mera coincidência.

- Ah tá, vai me dizer agora que costuma vir ao clube? – pergunto irônica.

- Sim, costumo.

Porque eu não consigo acreditar nisso? Talvez porque realmente seja mentira, para de dar ouvidos a ele Duda.

- Bom, eu preciso ir, foi um prazer revê-lo – digo enquanto estou vestindo meu short e a blusa.

- Vai continuar fugindo de mim?

- Eu..Eu não estou fugindo - digo depressa.

Algo me diz que preciso me manter afastada dele.

- Sabe, Maria Eduarda, passei a noite inteira pensando em você, as mulheres não costumam me negar o que eu quero.

De Repente EnvolvidaOnde histórias criam vida. Descubra agora