Quase Uma Alien

Amor e dor

Chegamos em um hotel pacato, mas adorável. Por ser cedo ainda, resolvemos aproveitar o dia, nos recomendaram um guia turístico o alex ou Alexandre como achar melhor.

Alex nos recomendou que fossemos fazer um voo de paraglider.
Tivemos uma breve aula teórica de introdução ao voo. Que tem o objetivo de deixar o aluno ciente dos procedimentos de decolagem e apto a fazer os mesmos acompanhado do instrutor.
Subimos no avião ambas muito tensas, principalmente nathalie,tentei mostrar segurança a ela, para ela não desistir. Na hora de pular do avião, eu fiquei amedrontada mas pulei, fomos cada uma com seu instrutor e filmamos o voo. Foi incrivelmente magico.

Depois fomos para praia,usamos nossos biquínis e estendemos um pano na areia branquinha, e ficamos conversando olhando aquele mar maravilhoso.
-Como você veio parar aqui?-perguntei a alex
-Longa história, você realmente quer ouvir?
-Claro adoro histórias principalmente com finais felizes.
-Eu também.-falou nathalie sorrindo
-Vcs tem uma conexão forte, parece que se conhecem de outras vidas.-falou sem olhar para nenhuma de nós.-continuou
-"Eu nasci na Espanha, cresci, me formei em arquitectura por obrigação e de tanto estar farto de meus pais, juntei algum dinheiro e fugi para turquia, vcs devem estar se perguntando porquê turquia. Eu vim a procurar de meu amor de adolescencia que voltou para seu País (turquia) enquanto nós namoravamos, foi tipo um amor inacabado, nós não terminamos o namoro, continuamos namorando a distância. Quando eu vim para cá, rapidamente encontrei um emprego e nós até pensamos em casar e ter filhos.A familia dela não me aceitou muito bem por ser estrangeiro(eles são turcos), quando finalmente eles compreenderam nós casamos e tivemos um lindo menino no ano seguinte, mas quando nosso rapazinho fez dois aninhos,ela descobriu um tumor na cabeça e morreu. Eu aceitei o emprego
aqui e fim".

Eu e nathalie não conseguimos nos conter e choramos.
-Onde está o garoto?Seu filho?-perguntei enxugando as lágrimas do rosto de nathalie.
-Está com os avós, eu estou perdido,não conseguiria ser pai com tanta dor.-pensei na dor que meu pai carrega, eu nunca o julguei mas de certa forma me sinto culpada.

A seguir assistimos ao pôr do sol no cimo de uma montanha, nathalie sempre se mexendo, querendo tirar a foto perfeita da paisagem e por vezes de meu rosto.
-Um dia eu vou fazer uma exposição com suas fotos.-minhas bochechas ficaram rosadas, saimos dali e fomos tomar sorvete...

Sentamos em uma das mesas e uma senhora portuguesa muito tagarela veio nos atender.
-Bem vidas, o que vão querer?-falou sorrindo
-Surpreenda-nos!-falou nathalie puxando o menu das minhas mãos.

Ela trouxe os sorvetes:
-Então como a senhora veio parar aqui?
-Amor meninas, amor. Meu marido está ali. -um senhor acenou para nós, acenamos de volta.-E porquê vcs estão aqui?
-Amor.-falou Nathalie