Marginais do bem

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Mia
Mais um dia qualquer, lembro-me que tenho uma má ação por fazer, não que eu seja alguém ruim, eu só quero sentir o que eles sentem me magoando.
Eu e Summer bolamos um plano maquiavelico para entrar na mansão da megera. Será essa noite, talvez porque eu faço tudo melhor no escuro, aprendi a gostar da escuridão, quando não tinha ninguém para cuidar de mim, a escuridão estava ali ,ele e seus companheiros a lua, as estrelas e as criaturas da nossa imaginação.

Quando a minha mãe morreu, eu fui parar em um orfanato, vive lá por oito anos, eu sempre tentava fugir, mas nunca conseguia. Minha avó me resgatou e hoje sou quem sou. Meu pai se culpa pela morte da minha mãe, por isso está nesse estado hoje, refém da bebida, o sangue se transformando em vinho, e o figado a ponto de entrar em erupção. Sempre que o vou visitar, choro por ver seu estado degradante, seu corpo se convertendo em pó, ele agora é um zumbi pronto para morrer.

Nós somos artistas de rua, que nunca encontraremos o sucesso, porque somos marginalizados pela sociedade, somos presos por fazer nossa arte.

Summer passou pontualmente as 10h da noite por meu cubico (casa ou outra maneira que vcs queiram designar) adentrei em seu carro recém comprado, e com aquele cheiro de novo, misturado com "one million" de summer no ar.
Rapidamente chegamos na casa de nathalie, estranhamente só tinha um segurança armado na porta, fiquei aliviada, vejo um garoto entrando em nosso carro, ele era branco feito neve, com um ar de nerd cabeça sabe,oculos de grau e tinha cabelos castanhos.
-Esse é o Nohan, meu novo amigo, ele veio nos ajudar a desligar o sistema de segurança da casa e eu vou seduzir o segurança e vou o fazer desmaiar com esse pano.-falou summer
-Prazer Nohan, eu sou a Mia.-falei apertando sua mão
-Não há tempo para isso. Pega em seu macbook e desliga o sistema. Eu já vou fazer a minha parte.
Vejo summer sensualizando, ela estava de um vestido super curto e um batom vermelho ( estava parecendo uma prostituta) e fingia que pedia informações sobre uma rua, e parecia super aflita, não sabia desse talento dela para ser atriz.
Nós sabiamos que a nathalie não estaria em casa, por isso marcamos o plano para essa noite.
Desligado o sistema de segurança, sai correndo com minha mochila da adidas pequena mas cabia todo material necessaria, os sprays.

Chegamos lá dentro pelos fundos, não acredito que casa maravilhosa, a sala parecia mais um salão de festas que uma sala. Peguei meu spray e comecei a pixar frases.

Esqueci de dizer que isso não é só contra a nathalie, os pais dela são os fúteis, a madrasta (que ela considera uma mãe) é uma dondoca que vive no salão e o pai um politico corrupto. Ele vive mandando presentes para o
diretor, para a filha ter regalias na escola.
Escrevi em grandes varias frases pela casa toda:
-Algumas pessoas são tão pobres, que não tem nada além de dinheiro.
-Os lucros das empresas é a fome do povo.
-Porque não há salário maximo.
-Pixar é crime? E ser corrupto?

Pichei um senhor gordo, com uma mala cheia de dinheiro, fumando um charuto.
Fomos embora com sentimento de dever cumprido, fomos comemorar num boteco chamado "marginais do bem", tem um publico legal lá.(goticos,hippies, punks, skatistas, e outros grupos todos misturados e se entendendo), ao lado tinha um tatuador e alguém colocando piercings.
Estava tocando charlie brown-só os loucos sabem e todo mundo cantando junto.

Quase Uma AlienOnde histórias criam vida. Descubra agora