Bem-vinda ao inferno!

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Havíamos chegado em Transilvânia, as luzes daquele lugar não eram tão brilhosas e fortes como em L.A, mais eram de arrepiar. Inês chama por um táxi, que em menos de 2 minutos chega. Por incrível que pareça, o motorista ja conhecia Inês, e não era a pouco tempo.

- Inês! - ele sorri

- Olá Carlos, como vai? - Ela pega as malas das minhas mãos e coloca no porta-malas

- Vou ótimo! Quanto tempo que não vem a Transilvânia! - ele ajeita sua boina

Eu estava lá, parada feito uma pata! Sem entender ou se comunicar com eles.

- Verdade Carlos, mais isso foi uma exceção, demorarei muito para voltar... - ela apontou para que eu entrasse no carro

- Com certeza Inês... ta tudo muito pior que antes... - seu rosto fica pálido

- Não toque nesse assunto Carlos! - ela muda sua expressão

- Você não contou a essa jovem? - ele engole a seco

- Contou o que? - ajeito-me no banco

- Nada Srta. Camila, nada... - ela passa a mão em seus cabelos

- Como assim nada? Ele se referiu a mim! - a encarei

- Não é nada srta! Fique quieta porfavor! - ela grita

Eu assusto com seu grito. Tudo bem que faziam horas que Inês não estava bem comigo, mais aquele grito... Foi péssimo! Viro meus olhos para a janela, o carro começa a andar. Vejo a estação se afastar e as luzes irem diminuindo. Olho pra fora e tudo está tão escuro, tão isolado... As imensas árvores da estrada são assustadoras! Seus galhos enormes passam de raspão no carro.

Carlos e Inês não trocam mais nenhuma palavra, pego meu celular e começo a jogar um jogo de fazendinha que tinha instalado a muito tempo, para jogar nesses casos de tédio...

Chegamos a uma placa bem grande, onde dizia: "Bem-vindos á Transilvânia, onde seus sonhos não são apenas sonhos". Aquela frase ficou em minha mente por um bom tempo. Até que chegamos definitivamente em Transilvânia, começo avistar os vilarejos, as casas e até carros! Ufa! Existe gente ainda nesse mundo...

Transilvânia é um lugar dificil de descrever, é um lugar escuro, com casas apenas de madeira estilo colonial, estilo casa de filme de terror mesmo... as ruas são feitas com aquelas pedras, paralelepípedos eu acho, e os carros... Aah os carros, são bem diferentes dos carros de L.A., alguns antigos e outros antigássos!

Carlos nos deixa em frente a uma casa grande.

- Obrigada Carlos - Inês desce do carro e pega as malas

- Disponha Inês - ele sai, mais Inês nem paga!

- Sra, você não o pagou! - eu a aviso

- Não preciso... - ela chega perto da porta da casa

- Olho para os lados e vejo algumas pessoas andando, e as poucas luzes dos postes piscavam em uma sintonia igual a minha respiração.

Ela toca a campainha, e um velho de boina e óculos atende:

- Quem é você? - ele gagueja e ajeita o óculos

- Sou eu Alfred, Inês... - ela vira os olhos

- Inês? Saia já daqui! - ele pega sua bengala e ameça bater em Inês

- Ei! - eu grito - vamos com calma vovô!

- Calma? Calma vai ser quando eu mandarem matá-la! - ele gritava com sua voz rouca

Bloody CastleOnde histórias criam vida. Descubra agora