N o v e

12.5K 985 93
                                    

Mais um, espero que gostem, votem e comentem. Beijinhos :)

Lena

Terminei de arrumar a malinha de Lola e a mesma entrou no quarto se debruçando sobre a cama enquanto chupava os dedos sujos de chocolate. 

- Ei porquinha, é hora do banho pra ir à casa da tia.

- Naum, que mazi colate. - Disse abrindo um lindo sorriso.

- Não tem amor, você já comeu. Vamos para o banho.

- Naum. - Afirmou correndo pra fora do quarto.

- Lola. - Chamei indo atrás dela. - Vamos lá, seu pai já esta chegando.

Caminhei pela casa atrás de Lola. Essa menina quando dana pra aprontar é só por Deus.

Me abaixei para olhar debaixo da pia quando ouvir um pigarrear e levantei de uma vez batendo a cabeça. 

- Ai. - Disse encarando Harry que tinha uma expressão divertida.

- Você tem que parar de se bater toda vez que eu apareço, ou vai se acabar aí.

- Foi sem querer. - Resmunguei passando a mão na cabeça.

- Onde Lola está?

- Também queria saber...

- Como é? - Perguntou me olhando.

- Não, eu não a perdi. - Disse rapidamente vendo sua expressão. - Ela se escondeu para não tomar banho.

- Essa menina. - Harry resmungou afrouxando a gravata. - Lola. - Chamou saindo da cozinha e segui atrás dele.

Lola saiu de trás da porta que dava acesso a área externa com um sorriso travesso no rosto.

- Papai. - Disse correndo de braços abertos quase caindo, mas Harry a pegou a tempo. - Lola naum que banhu.

- Mas Lola vai tomar, não vou levar menina fedida pra casa da tia. - Disse a levando para o andar de cima.

- Ena e papai xatu. - Resmungou cruzando os bracinhos gordinhos.

- Pode reclamar a vontade. - Disse Harry subindo as escadas com ela enquanto batia na sua bundinha.

Depois de muita birra Lola estava pronta e Harry também, entreguei a mochila dela a ele e Harry colocou no carro.

- Tem certeza que não quer ir? - Perguntou me encarando.

- Não... Vai ser boa pra você, uma aventura pai e filha. - Brinquei.

- Sabe que eu odeio esse sorriso então tire ele daí. - Disse e assenti tentando conte-lo, mas falhando na missão. - Só não te demito porque você é muito linda, e minha porta sentiria falta de alguém para bater. Tchau Lena. - Sorriu entrando no carro e agora era ele quem ostentava aquele sorriso ridículo e vitorioso.

Enchi Lola de beijos que agora estava emburrada porque eu não iria e enfim o carro de Harry saiu levando a pequena. Entrei e fechei a porta dando de cara com Carol que limpava a sala.

- Eles já foram?

- Sim. - Sorri.

- Sabe por que eles estão indo né?

- Porque Lola quer ficar com a tia? - Sugeri me sentando e a mesma se aproximou.

- Não. É porque Harry está atraído por você e sabe que se errar, você vai embora, ele sofre, a Lola sofre e você sofre. - Resumo todos sofrem. Não era mais fácil ela dizer apenas isso?

- Sua imaginação é admirável. - Gargalhei.

- Estou falando a verdade.

- Mãe de santo agora? Lê a mão também?

- Vai brincando. - Disse Carol saindo da sala abanando seu espanador. Essa garota é louca, onde Harry estaria afim de mim? Apenas a babá que na maioria das vezes se veste como uma adolescente. Por favor, né?

Harry

Assim que cheguei à casa da minha mãe depois de algumas horas, Lola desfez o bico correndo para os braços da avó. 

- Querido, que surpresa boa. - Disse minha mãe me abraçando.

- Viu mãe, eu precisei ir lá, para que ele acordasse e viesse aqui. - Disse Gemma e revirei os olhos.

- Estava ocupado, apenas isso. - Murmurei entrando com a mochila de Lola e a minha.

- Nos conte uma novidade? Esse não é o seu nome do meio? Harry ocupado Styles?

- Tem uma faca pra amolar não Gemma?

- Meninos, sem brigas, sentem-se. - Disse minha mãe e me sentei. Assim que Lola avistou Dora a filha da vizinha ela correu para brincar com ela e Gemma seguiu atrás para olha-la. - Então querido, o que acontece? - Perguntou dona Anne.

- Eu não disse nada.

- Sou mãe meu filho, anda, fale.

- É... Uma mulher.

- O que tem essa mulher?

- É mais fácil dizer o que ela não tem... Ela é linda sabe? Genial, vive me enfrentando, mas eu amo isso, ela ama Lola, a Lola a ama. Ela me ajudou muito a me reaproximar da minha própria filha, me empurrou praticamente para fazer isso como ninguém teve coragem até hoje.

- O que sente por ela? - Perguntou minha mãe cruzando as pernas entrando em seu papel de psicóloga.

- Eu... Não sei. Não posso afirmar nada entende? Eu não faço ideia do que sinto, apenas quero estar perto dela.

- Querido... Isso é complicado.

- Eu não sou perfeito mãe, e se magoa-la? E se ela for embora? Lola sofrerá e eu serei o único culpado por isso. Eu sei que tenho que esquecer a hipótese de qualquer coisa com a Lena, mas isso me soa tão doloroso. Eu a quero mãe.

- A escolha é sua Harry. Arriscar ou não? Você quer viver isso e correr o risco de errar e perde-la, ou quer apenas manter isso em segredo e mantê-la perto sempre? Ambos serão ariscados e ambos alguma hora se machucarão. - Disse se levantando e beijando minha testa. - Não tenha medo meu filho, é o amor, não o tema.

Minha mãe saiu me deixando sozinho na sala e Lola passou correndo se jogando no meio das minhas pernas e sorri agarrando-a.

- Ena. - Disse erguendo a cabecinha.

- O quê?

- Lola que Ena. - Disse e sorri.

- Lena ficou em casa querida.

- Lola que Ena, mamãe. - Disse sorrindo.

- Quer o quê?

- Picesa, picepe, juto. Ena mamãe. - Explicou do seu jeito e sorri a abraçando.

- Quem sabe um dia pequena... Quem sabe um dia.

L O L A. H.S ( Completo )Onde histórias criam vida. Descubra agora