A tal conversa.

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Fomos ao jardim. Foi meio difícil eu andar por lá de cadeira de rodas, devido as pedras do jardim. Mas nada me impediria que eu tivesse essa...tal conversa com Lucas.
Depois de uns instantes escutando e apreciando o canto dos pássaros, quebrei o silêncio:
- Bom.. Você queria falar alguma coisa para mim?
Ele demorou para responder, mas enfim,disse:
- Na verdade,queria discutir os nossos pontos de vista.
Suspirei. Mas não foi um suspiro de tédio, foi um suspiro de preparação:
- Sendo sincera, eu enxergo tudo dividido em duas partes: a parte lógica, e a parte... Humm... Fora do normal. A parte metafórica. Por exemplo: Um telefone. Se você for ver pela lógica, realidade, você só pensa em um aparelho que transmite chamadas de um lugar a outro, de uma pessoa a outra. Bem, eu prefiro o lado metafórico. Pra mim, um telefone não é só um telefone, mas sim um modo de comunicação "avançado", se pudermos dizer assim... E, nesse modo de comunicação avançado, se você pensar, na metáfora, na poesia, você pode criar uma teoria para as coisas. Como eu. Eu criei uma teoria em que nossas palavras podem atravessar o espaço-tempo num milésimo de segundo, até chegar para a outra pessoa. Eu costumo buscar saber e observar todos os detalhes, de todas as coisas ao meu redor. Sempre crio a minha perspectiva. A minha realidade, ou metáfora.
Pensar, imaginar, criar, agir, justiça. São as principais palavras do meu vocabulário.
Ele estava de queixo caído. Pensou. Em minhas palavras. Respondeu. E a resposta foi mágica.

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