Perspectivas erradas

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[Leitor, hoje é dia 23 de março de 2015. A última vez em que editei este texto foi no fim de 2014, creio que no dia 30 de dezembro. Se eu continuar neste ritmo, este livro não será/demorará a ser publicado. Preciso viver de forma mais disciplinada, inclusive na produção do livro.]

"Parabéns, campeão!", em meio aos aplausos e fogos, o eco dos aplausos era a nota tônica do ambiente. Gritos e assobios de alegria, fogos, guaraná e gargalhadas, uma verdadeira festa se passava no Clube Nacionalista [sim, leitor, nome fictício...não quero problema com copyrights e correlatos], no fim daquela tarde de domingo. Tudo era festa para os atletas do Clube Nacionalista, que conseguiram vencer na disputa por equipes e na maioria das categorias individuais do Troféu Norte-Nordeste de Judô, que acontecera em Macapá, na sede do clube.

Entre os mais bem aplaudidos, estava um garoto ágil, aparentemente sem muita força, mas que surpreendera os mais audaciosos apostadores. O jovem Paulo, 14 anos, conseguira vencer o atual campeão brasileiro de sua categoria com um golpe perfeito. Havia treinado bastante, esta era apenas sua segunda grande competição, mas desde os 8 anos, quando iniciara no Judô, sempre treinava com o pensamento de se tornar um grande campeão. Seus amigos o ensinaram que "vencer é tudo o que importa" e Paulo absorvera aquilo com muita profundidade em seu espírito. Todos os outros garotos de sua idade no clube já haviam participado de várias competições, mas Paulo e seu treinador pessoal, Flávio Augusto (que também era seu tio) sempre diziam que Paulo só lutaria nas disputas em que tivesse "a máxima chance de obter a vitória". A primeira grande competição foi o torneio estadual de judô, que acontecera dois anos antes. Aos 12 anos, o jovem Paulo foi indicado como uma das maiores promessas do judô amapaense.

"VENCER SEMPRE, NÃO IMPORTA O PREÇO", eram as letras afixadas em um grande cartaz no quarto de Paulo. Ele as desenhara no dia do seu aniversário de 10 anos. Sempre, em qualquer situação, Paulo sempre incutira em sua mente de que se sair vencedor é a única honra a ser obtida, o objetivo máximo da vida. Na escola, não aceitava menos do que tirar dez. Este sempre era o objetivo. Apesar de não ser o aluno número 1 em todas as disciplinas, Paulo sempre estava entre os 3 ou 5 primeiros em quase todas as matérias. Exceto uma: Filosofia. A seu ver, Paulo considerava a disciplina extremamente inútil, uma vez que a única Filosofia de sua vida era a da "vitória a qualquer custo". Cultivava este pensamento diariamente. Não importava a situação, a única resposta era "eu quero a vitória".

Esta era a perspectiva norteadora da vida de Paulo. No Judô, na escola, nos relacionamentos, nas atividades de lazer, sempre a vitória era o objeto mais importante, o ideal a ser alcançado. Querido leitor, é perigoso (na verdade, muito prejudicial) colocarmos como centro de nossa existência conseguirmos "vitórias a qualquer preço". Vencer é bom, dentro do contexto certo. O maior vencedor é aquele que consegue compartilhar os benefícios de sua vitória com o próximo. Não se engane: assim como a preguiça conduz à pobreza, o egoísmo conduz à miséria. É insanidade acreditar que vivendo no egoísmo alcancemos a felicidade.

Jesus Cristo é nosso exemplo. Ele, sendo Deus, veio a este mundo contaminado pela maldade para dar vida a todo aquele que nEle crê. Jesus ensinou a persistência em fazer o bem. Ensinou a persistência em ajudar ao próximo sem esperar recompensa. Ensinou a confiança em Deus em meio ao sofrimento. Ensinou a misericórdia para os inimigos. Ensinou que religião verdadeira não consiste em refinamentos exteriores, mas na operação de Deus no coração humano que é externalizada em atos de amor a Ele e ao próximo.

Amor! Esta sim é a perspectiva correta. Conquistas, honras, riquezas e toda a glória de nada valerão, se faltar o amor. Deus é amor. Sua Palavra é a verdade. Ele é bom e Sua misericórdia dura para sempre. Este Deus, o Criador do Universo, tem planos maravilhosos para você.


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⏰ Última atualização: Dec 16, 2015 ⏰

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