ii.

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I'ts been so long

Os dedos de Louis tremiam enquanto ele rapidamente tirava sua gravata, seus dedos ágeis sob o nó enquanto ele a jogava sobre a cama. Sua grande e vazia cama. Ele correu cuidadosamente os dedos em seu topete para que ele se soltasse bagunçadamente na cabeça. As paredes do seu quarto pareciam ficando cada vez maiores, o quarto em si, crescendo. Já estava tão frio, era de tarde ainda. Ele suspirou no cômodo e jurou que o barulho do mesmo fez um eco. Ele odeia isso. O vazio. A solidão.

Seus dedos ainda tremiam. Ele não sabe o que fazer, pra onde ir. Ele não pertence a nenhum lugar. Louis vai trabalhar, atende seus telefonemas, é lotado de papéis, vai a todas as reuniões e toma as decisões finais. Mas quando ele volta pra casa, em seu luxuoso apartamento, nada. Ninguém.

Ele quer alguém.

Isso é ridículo. Ele é um homem de 27 anos que ainda não encontrou alguém. Ele colocou todo seu tempo para se tornar bem sucedido, em ter poder e dinheiro, mas ele é sozinho. Ele quer chegar em casa e sentir o cheiro de algo sendo cozinhado no fogão, quer ter alguém para chegar e falar "estou em casa". Ele quer das beijos de até mais e bom dia, quer alguém para abraçar a noite quando as coisas não saírem do jeito que ele planejou. Ele quer se sentir necessitado. Quer ter alguém para compartilhar sua vida, e ser amado. Embora ele ainda não tenha isso.

Agora, ele está tremendo e está cada vez mais difícil respirar, as paredes estão ficando mais longe e sua visão está ficando turva. Ele não pode ficar sozinho. Ele começa a pensar no futuro; o futuro do dinheiro, negócios e solidão. Louis tentou conhecer pessoas e cafeterias, clubes, encontros online, mas ele nunca soube como isso funciona, eles nunca preenchem o vazio que se instalou no peito dele. Ele só precisa de alguém que precise dele. Tudo que ele quer agora é acabar com essa solidão.

Ele puxa um cartão de seu bolso. Ele o usou em alguns clubes de strip e em algumas sessões privadas, mas nunca para chamar uma prostituta de uma noite. Ele nunca precisou de uma. Depois de alguns drinks, sendo cercado de estranhos, eles meio que faziam o trabalho para Louis. Mas dessa vez, não iria funcionar, ele só quer tocar em alguém, mais nada.

Ele ouviu dois homens no elevador falando sobre um jovem garoto que é muito barato e bonito também. Louis não queria, ele achou que fosse um pouco ridí­culo isso, um pouco "não Louis". Mas um dos homens estava dizendo ao outro o número e Louis simplesmente o memorizou até que ele estivesse de volta em seu escritório, anotando-o em um pedaço de papel. Aparentemente, o nome do garoto era Harry - Harry Styles - e ele faria qualquer coisa por você, desesperado por dinheiro.

Louis discou o número.

Chamou uma vez, duas vezes.

"Alô"

A voz era tão profunda e suave, estranhamente familiar. Louis procurou em seu cérebro por um Harry Styles. Nada. Procurou por uma voz assim, não se lembrava de nada também.

"Uh, oi" - Louis diz. Ele limpa sua garganta, tenta engrossar sua voz para que ele soe mais intimidante por uma razão que ele não tem tanta certeza, "olá, é Harry Styles?"

"É ele" - sua voz ronrona.

Louis engole em seco.

"Você está livre para, uh" - ele pausa, "hoje à noite?"

"Sim, eu tô sim," - a voz diz doce e adorável, "gostaria de me ver babe?"

Louis sente seu peito apertar. "Sim".

O garoto então cantarola, "Eu vou precisar de um endereço", a doce voz pausa, estala seus lábios e conclui, "e talvez um horário para estar ai?"

Louis diz ao garoto seu endereço, no qual ele recebe um sussurro em resposta, e então diz, "você pode apenas, - pode vir agora? Bom, não agora," ele ainda tenta mascarar sua voz, "mas tão logo quanto possí­vel".

cause nobody saves me baby the way you do // larryOnde histórias criam vida. Descubra agora