iv.

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Louis continuava ligando, todo dia. Nos finais de semana, cedo de manhã, convidava Harry e os dois ficavam em frente a janela jogando conversa fora. No começo foi um pouco estranho, na maioria das vezes eles só se sentavam em silêncio com perguntas murmuradas já que eles não se conheciam tão bem. Harry sempre se sentava com as pernas cruzadas, enquanto Louis rolava até achar uma posição confortável, de vez em quando se sentando mais pra perto do menor, ele só queria abraçá-lo.

Após a primeira semana saindo consecutivamente, Harry começou a se abrir. Louis estava surpreso, realmente, porque Harry é esse menino, sorridente, risonho e que gosta de provocar, contar piadas e rir silenciosamente. Ele é tão brilhante, tão amável, um raio de luz.

Ele descobriu que Harry gosta de chamegos também. Que o menor gosta de ser tocado, e segurado, e de ter o cabelo acariciado. Louis faz isso para ele. Ele torce os dedos nos cachos do menino, escova-os para atrás das orelhas dele, e provoca o nariz com as pontas dos fios mais longos. Ele traça círculos no braço do menor, segura ele mais perto, e traça pequenos pedaços de sua pele com beijos leves. Eles caíram nessa rotina tão facilmente, se abrindo a companhia um do outro.

Louis comprou os ingredientes para o menino fazer um bolo. Ele observava o garoto amassar a massa, misturar pastas, cantarolando alegremente enquanto ele faz o seu caminho em torno da cozinha. Louis acha que ele se parece com um profissional, como ele poderia ser um dia. Ele é tão apaixonado por isso, ele é. Louis não conheci um monte de pessoas apaixonadas em sua vida.

Mas quando Harry tem que ir embora, Louis da outras 50/100 libras para o menino não ir se encontrar com mais ninguém. Isso faz Harry se sentir tão culpado.

Um dia, Harry apareceu com uns machucados e manchas roxas em torno de seu pulso. Louis mastigava o interior de sua bochecha, vendo o garoto se mexer quando ele se sentava no colchão em frente da janela, colocando um travesseiro sob sua bunda. Ele está com suas bochechas coradas mas não está falando.

Louis suspira, os ciúmes crescendo dentro dele, só de imaginar alguém o tocando, o fudendo, não.

"Ha-"

"Não."

"Harr-"

"Por favor, Lou," Harry diz, "Eu não- me desculpa."

"Não sej-"

"É tão egoísta, eu sei. Eu apenas, - me desculpa, você me deu tanto e eu... eu não mereço nada disso, eu sei lá"

"Ha-"

"Eu sou tão inútil, Louis. Eu não posso-  eu paguei algumas coisas e eu só estive no médico e-"

Louis puxa rapidamente Harry em seus braços, silenciando o menino doce. Harry soluça, chora e tudo. Louis tenta limpar tudo, as lágrimas, seu nariz escorrendo, o toque do homem nojento com quem ele esteve, tudo. Ele tenta acalmá-lo, sossegá-lo. Louis se sente horrível, triste, e tão malditamente ciumento. Ele quer Harry. Quer tanto ele. Louis o acalma e beija sua têmpora.

Ele suspira, colocando cuidadosamente o menino no colchão, movendo-o para que ele esteja deitado em sua barriga, e metade deitado em cima de si mesmo. Louis puxa o menino apertado contra o peito, puxando o edredom sobre eles.

"Eu estou tão," Harry soluça, "desculpa."

"Está tudo bem babe, você está ok."

"Não, não está. Você é tão bom comigo e eu-"

"Harry, amor. Está tudo bem, tudo ótimo." ele diz, movendo os cachos do menino de seu rosto, "você está bem."

"Eu não quero desapontar você Louis. Não quero"

cause nobody saves me baby the way you do // larryOnde histórias criam vida. Descubra agora