Capítulo 3

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Henrique

Cinco malditos dias se passaram e não sei o que fazer, já tentei de tudo quanto é jeito e não consegui achar minha noiva, nem na segunda entrevista, e nem de outro fodido jeito, amanhã vence o meu prazo com meu pai e quer saber, eu estou perdido, já era, acho que posso desistir de ser aceito pelo meu pai. Mas que porra!

Isso poderia ser mais fácil, mas é bem mais complicado do que parece, já não tenho mas nada a fazer, estou cansado de procurar, só acho putas, vadias, interesseiras, não acho uma que preste!

Preciso sair para relaxar, passei toda semana tenso e ocupado, preciso beber, eu tentei e tentei muito arrumar uma noiva, mas não consegui.

Olho para o espelho e me vejo falando para mim mesmo.

-É Henrique Bartolle, você nadou, nadou para morrer na praia, quem manda ser desse jeito, quem mandou mentir, amanhã sentirá o peso da consequência de sua mentira.

Balanço a cabeça para esquecer esse pensamento e me olho pela última vez no espelho antes de sair.

Sigo para a boate que gosto de ir sempre, porém hoje está lotada então resolvo nem entrar, ia parar no próximo barzinho, mas o dono já estava fechando-o, acho que nem beber irei conseguir, continuo a procura até que vejo outro bar, porém este está quase vazio e tranquilo,paro o carro entro
e logo em seguida sento na mesa.

Peço uma cerveja de início e fico observando o lugar, nunca tinha vindo aqui, é um lugar simples mas é bom, poderia ter chamado o Edu para vir beber comigo, mas sei que ele está bem ocupado com o seu novo caso e mesmo assim não me abandonou, me ajudou até o último dia. -Estou em meu devaneio quando vejo um senhor entrar no bar, ele parece preocupado com alguma coisa, percebo que não sou só eu que estou com sérios problemas, ele pede uma cerveja e procura um lugar para sentar. Ele passa por mim de cabeça baixa e eu o chamo, talvez ele possa ser uma companhia para me ajudar beber hoje.

-Senhor?!

-Pois não?!

-Aceita me fazer companhia?! -Ele parece pensar, mas aceita e senta na mesma mesa que eu, abre sua cerveja e nenhum momento me olha nos olhos, resolvo puxar assunto, talvez faça me distrair dos meus problemas.

-O senhor mora aqui?

-Não precisa me chamar de senhor, meu nome é José e o seu?

-Tudo bem José, o meu é Henrique! Prazer!

-O prazer é meu, e respondendo a sua pergunta anterior eu moro a alguns metros daqui.

-Ata! É bom vir beber para relaxar né?!

-É! Porém eu vim beber para esquecer certos problemas!

-Então você não é o único José, eu também estou com sérios problemas.

-Meu caro amigo, sei que acabei de te conhecer, mas tenho certeza que o seu problema não é maior que o meu!

-Porque tem tanta certeza se nem me conhece?! -Digo dando uma golhada na minha cerveja.

-Por acaso você está sendo ameaçado de morte?! -Vejo que seu olhar expressa uma tristeza imensa, e percebo que realmente o problema dele é maior que o meu.

-Não! E você está? -Ele para e fica por um mínimo tempo pensando.

-Infelizmente sim! Minha vida está acabada! Estou a beira da morte!

-E o porquê disso?, se quiser falar é claro!

-Talvez mais tarde eu conte, agora me diga qual é o seu problema?

O contrato da minha vida -Duologia Minha Vida. Livro 1Onde histórias criam vida. Descubra agora