Capítulo 3

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* Audrey On *
- Como você pode esconder isso de mim? Você teve uma carreira! - sussurei chorando - Vocês realizaram um sonho, e não quiseram compartilhar comigo! - greitei revoltada
- Fizemos isso para o seu bem! - gritou com raiva
- Bem? Como se isso fosse ser o meu bem - sorri sem nenhuma graça - Sabe o que você faz? Se afasta de mim, você e aquele que eu chamo de pai! Não quero mais falar com vocês, nunca mais na minha vida - falo chorando
- Audrey, por favor ... - Ela tenta tocar em mim, mas eu a travo
- Não encosta em mim, você perdeu esse direito quando me escondeu a sua vida! - Saiu e vou para o meu quarto e me tranco.
A dor é tão forte que começo a quebrar as coisas, jarros, quadros, espelhos e por fim passei minhas mãos sobre a penteadeira derrubando perfumes maquiagens e tudo que havia na mesma, tudo se parte e eu caio chorando e gritando de dor, até que batem na porta.
Xx: Audrey, preciso conversar com você! - falou
- Vai embora Niall, não quero falar com você! - grito
- Audrey por favor, eu e sua mãe só fizemos isso para te proteger - falou
- Me proteger? Houve um erro aí, a intenção de vocês foi me esconder do mundo - falei chorando e não escuto mais ele responder, subo para minha cama e fico encolhida tentanto amenizar a dor, até que escuto um barulho de fechadura abrindo e uma figura alta e loira apareceu ...
- Eu te disse que não queria você aqui! - falo com se fosse obvio
- Mas eu vim aqui filha, por que te amo, e se eu e sua mãe te escondemos isso foi para a mídia não vir atrás de você - falou meigo
- Mídia? Eu não iria ligar, pois iria saber a verdade! A verdade pode doer, mas é mil vezes melhor que a mentira - Uma lágrima escorreu dos meus olhos
- Nos perdoa, estamos muito arrependidos, não aguentaremos viver longe de você - falou arrependido
- Não posso, pelo menos não agora - falei - Se me faz favor, pode sair? Preciso de um tempo só pra mim - falei triste
- Claro minha filha, eu e sua mãe nunca desistiremos de você, você é a nossa jóia que precisa ser guardada as sete chaves - sorri com isso e abaixei a cabeça e ele saiu, fechando a porta em seguida

...

Não tava mais aguentando ficar ali parada e chorando, me troquei e fui na garagem pegar a bicicleta, subi em cima da mesma e saí sem rumo, entrei por um caminho de terra onde só havia arvores, ou seja, uma floresta, pedalei mais rápido e desviei a bicicleta de um buraco, e a mesma deu um levante, desci da bicicleta e a amarrei em uma árvore e saí andando floresta a dentro, depois de muito andar, cheguei a margem de um lago, me ajoelhei e comecei a chorar, as lágrimas caiam na água e me refletiam, a ideia de fugir adentrou em minha cabeça, peguei uma folha e comecei a escrever:

" Mãe, Pai, sinto dizer mas irei embora, tudo na minha vida dá errado, primeiro o Peter me faz aquilo, e agora vocês me escondem uma vida, não aguento tanta dor, preciso de um tempo, pensar no meu futuro, em uma coisa que não me faça mal, encontrar um amor e construir uma fámilia, ou seja, ser feliz, é tudo o que eu desejo, eu queria muito, aliás eu quero que vocês participem da minha vida, mas tá sendo algo impossível, eu não estou conseguindo perdoar vocês, é uma dor imensa, como em dois dias uma pessoa sofre tanto assim? Eu não quero isso pra mim, eu só quero um momento de alegria, encontrar a felicidade ... Hoje eu vou embora, não posso prometer que irei vir visitar vocês, mas prometo que lembrarei de vocês pelos restos dos meus dias e prometo que os meus filhos saberam tudo sobre vocês. Eu amo - vos, eternamente. Grandes saudades ... Audrey Xx. "

A cada palavra que escrevi nesta carta lágrimas saiam dos meus olhos, depois de muito escrever e chorar, fui embora com a minha bicicleta, cheguei em casa depois de meia hora, fui pedalando devagar e só sentindo o vento nos meus cabelos.

...

Quando cheguei, meus pais estavam na sala de jantar e olharam pra mim e minha mãe abaixou a cabeça, mas meu pai não, olhou pra mim e falou:
- Vem jantar conosco, filha? - perguntou
- Não, eu tenho coisas a fazer - falei e ele me olhou triste

...
Subi para o meu quarto, e arrumei uma mochila com tudo que era preciso, tomei meu banho e vesti uma calça e uma blusa comprida dourada, calço meu tênis e arrumo minha cama e coloco a carta em cima da mesma e coloco a chave do quarto em cima, suspiro, pego minhas coisas e pulo a janela. A rua estava muito deserta, então decido pegar um taxi e vou até a estação de trem.

* Audrey Off * * Ian On *

Eu estava muito mal, desde aquele dia não falo com a Audrey, ela deve estar chateada comigo, eu a desrespeitei, não devia ter feito isso, eu preciso ir até ela, não serei o mesmo se não a pedir desculpas.
Fui até a casa dela e bati na porta.
- Olá, a Audrey está? - perguntei com medo de ter batido na porta errada
- Sim, está. Quem é você? - perguntou um homem
- Prazer senhor, sou o Ian, amigo dela - falei
- É um prazer, mas hoje ela não está bem, se importa se voltar outro dia? - perguntou

Meu subconsciente queria uma resposta bem direta para aquele senhor, mas fiquei quieto
- Tudo bem senhor, amanhã volto - falei e saí. Amanhã não volto coisa nehuma, se não for agora, não vou mais.
Subi a sua sacada e entrei no seu quarto, mas não a achei, mas vi uma carta na sua cama, sentei na mesma e abri a carta, a li e escutei um barulho de porta abrindo, me escondi no closet e vejo o mesmo homem que abriu a porta pra mim
- Filha? Cadê você? - perguntou mais não obteve resposta - Audrey? AUDREY!! - Gritou e saiu correndo com a chave em suas mãos - Demi, a Audrey fugiu, liga pra policia, logo!
Saí do closet e pulei a janela, ela fugiu, ela não iria conseguir passagens de aviões, então lembrei da estação de trem, preciso ir até lá, pego um táxi e desço correndo, procuro por ela, mas sem sucesso, corro para ver o trem que estava saindo e a vejo em pé com a passagem na mão, corro até ela ...

* Ian Off * * Audrey On *

Estou a três passos de entrar no trem, quando uma mão fria me puxa, juntando nossos corpos, uma mão branca desce até a minha cintura e meu olhar a acompanha, em seguida vejo os nossos corpos se juntando até não haver mais espaço entre nós. Olho lentamente para cima e me deparo com os olhos castanhos mais lindos de Londres, sua boca meia rosada se aproxima lentamente da minha, até eu conseguir sentir a sua respiração se misturando com a minha. Nossos olhares, lábios e respirações estão literalmente alinhados.
- Você não pode partir, eu não posso permitir! - Ian sussurrou
- Mas eu preciso, estou sofrendo muita pressão aqui.
- Divida essa pressão comigo, por você eu sou capaz de qualquer coisa.-
Fiquei em silêncio por alguns segundos, e quando tentei falar, fui interrompida ...
Seus lábios tocaram delicadamente os meus, de forma com que todos os pelos do meu corpo se arrepiassem de uma só vez, lentamente eu fui perdendo todo o controle do meu corpo, já não era apenas eu, mas era como se ele estivesse ali, dentro de mim. Seu beijo era tão bom, tão delirante e tão perfeito que meu corpo criou vida própria e minhas mãos se entrelaçaram sobre seu pescoço e suas mãos seguraram firmemente em minha cintura, e com certeza ambos estavamos sem controle algum da situação, pois dá forma que ele me encostou na porta do trem me fez perceber que aquilo poderia ir além de um simples beijo. Só havia uma forma de parar aquilo, que foi o que aconteceu.
- Ou vocês entram, ou vocês saem, tem quartos nos vagões, não façam sexo aqui fora - diz o motorista
- {RISOS}-
Eles se afastam e o trem parte, ele arrisca outro beijo, mas ela vira o rosto, ele estranha e pergunta
- O que houve? -
- Acho que não estou pronta para outro relacionamento, acabei de me magoar em outro e tenho medo ... - eu passei minhas mãos em seu rosto como forma de carinho, ele coloca as suas mãos sobre as minhas e fecha os olhos - Espero que entenda -
- Tudo bem, sou paciente, eu esperarei por você -

...
Os dois saíram do metrô de mãos dadas e pegaram o taxi, quando chegaram na casa, se depararam com muitos policiais que avançaram em cima de Audrey quando a viram ...

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Oiie. Tudo bom amores? Aqui está mais um capitulo pra vocês, espero que gostem, foi escrito com muito carinho pra vocês. Comecei a deixar dedicatórias.
Dedicado a: @mariaellenaferreira

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