Cidade Caleidoscópica

9 1 0
                                    

Senti uma sensação similar a enjôo marítimo, é aquele quadro de náuseas, com ou sem barco, em alto mar ou não. Já era tarde e eu estava cansado, mesmo voando alto, avistei uma área bem iluminada, resolvi acordar pra dentro da sala secreta onde a terra é sem lei. Tive espasmos nos olhos, pela surpresa. Algumas televisões mostravam o caos que se passava ali naquele lugar, em preto e branco, como forma de definir o ângulo que não era claro e objetivo. Imagina-se que não se falava em outra coisa, a não ser por cidades em chamas... Eu ainda era jovem, fiquei empolgado, pois já queria contar para todo o mundo o pouco que me era desvendado. Aqui é o lugar onde os becos são mágicos e as ruas muito perigosas. Onde vivem criaturas estranhas, tão singulares que foram além do que a minha farta imaginação poderia tocar. Senti-me como uma semente dentro de uma melancia gigante. Perto daquele silencio ensurdecedor que ficava antes da Solidão, próximo da avenida Ouro Fino, sob um toldo velho conheci Harriet Coat, um futuro amigo.
Coat era conhecido pelos antigos como "O Fantasminha", pois sofria de uma doença chamada: Imunodeficiência Humana, onde as pessoas afetadas precisam viver em ambientes isolados, por esse motivo era pouco visto, e quando alguém de fato, tinha um contato visual com ele, de alguma forma ele já desaparecia. Quando cheguei no toldo, ele se manteve constante, pois é importante recordar que uma parte de mim possui uma herança genética que me dava o dom de poder me aproximar melhor de Coat. No momento, não percebi, mas hoje é obvio o porque do cheiro de oleo que o vento trouxe até nós. Ele me disse que tinha dentro da mochila objetos incríveis para auxiliar-me em minha aventura, eu agradesci e confortei-o dizendo que não era nescessario, pois possuia a arma mais poderosa de todas as outras: a pedra branca. Tudo era estranho, como se ele soubesse para onde iria e como iria. Expandi não somente os horizontes, mas sim as vértices também. Leve e tranquilo, quando plantamos a semente da amizade, sem demora os soldados da sombra vieram na minha direção e de Coat. Um deles quase agarrou a sua mochila, porém saímos correndo do local, fazendo nos perdemos de vista um do outro.

Antes disso acontecer, Harriet Coat havia me contado que uma certa vez conheceu um famoso sábio que o presenteou com uma espécie de "Presente Macabro", ao descobrir da sua doença. Todos as pessoas que possuiam a pedra branca, ao lembrar de Coat o fariam surgir das cinzas como Fênix, no exato local onde perderá a vida por consequência da doença. Fiquei feliz, eu era a chave para aquela porta.

As incríveis teorias de Little WillOnde histórias criam vida. Descubra agora