Alem Da Vida

Capitulo um

  Minha família estava se mudando, e eu estava entediada bom eles estavam se mudando de novo, foram 4 casas em 9 meses, o que a minha mãe tem na cabeça?

-Essa você vai gostar Grace!.- Disse ela atrapalhando meus pensamentos.- Essa é a melhor de todas.

Passei a mão na raiz dos meus cabelos  e falei:

-Pra mim é sempre a mesma coisa mãe, só me diga quanto tempo vamos ficar dessa vez antes de me mandar fazer as malas da noite pro dia.

Ela trocou um rápido olhar com meu pai e ficamos em silêncio por um tempo.

Estive olhando pela janela quase a viagem inteira, a luz do sol sobre meus olhos faziam eles parecerem mais azuis que o normal, tenho 17 anos, não sou alta e nem baixa me considero meio termo, meus cabelos são um castanho claro,um tom que quase chega a loiro batem um pouco abaixo dos meus ombros, minha pele a naturalmente branca que até pareço uma garota pálida. Quando em fim chegamos eu dei uma boa olhada na casa, realmente dessa vez eu me impressionei, gostei da casa tinha um aspecto antigo e assustador o que me deixava bastante animada, entramos e minha mãe me levou até meu quarto ele ficava subindo as escadas na segunda porta do corredor, era bem espaçoso eu gostei, depois de algumas horas os homens da mudança, terminaram de acomodar nossa mobília, não jantamos um verdadeiro jantar na quela noite, a cozinha estava cheia de caixas, mas eu não me importei, fiquei deitada na cama com meus olhos abertos, não conseguia pensar em nada, o meu pai acredita que sou uma garota depressiva ele é psicologo, mas eu juro que não sinto vontade de matar nem nada do tipo, mas isso não é verdade e ele sabe bem, desde a 8° série eu procuro sempre cobrir os braços com cassacos, ou com algumas roupas de manga comprida, meu pai nunca me viu me cortando, mas eu sinto que ele sabe eu acho que ele pensa até ser culpa dele, todas as brigas que tem com minha mãe, em parte é isso também mas eu acho que aonde vou o azar vem comigo, amanhã vão começar as aulas eu não estou nada animada, sei que vou ser a garota solitária que atrai a atenção de todos, mas quer saber uma coisa? eu tento não ligar pra nada que pensam ou falam, dormi muito mal pensando em tudo isso.

Finalmente eu já estava a caminho da escola, meu pai me deu carona, eu não converso muito com ele então ficou aquele silencio chato, basicamente ele perguntava uma coisa e eu respondia só isso, quando por fim chegamos foi tudo exatamente igual como eu tinha imaginado, ninguém vinha me dar um simples "Oi" ou um educado "Bom dia!", muitos olhos estavam vidrados em mim, pensei até que estava suja, mas eles viam de uma forma como se estivessem sentindo pena e desprezo eu não sabia que minha expressão era realmente de uma garota que está de saco cheio de tudo, peguei do meu bolso um maço de cigarros e um isqueiro, estava usando uma calça jeans azul, uma camisa vermelho sangue, e por baixo outra blusa com manga comprida cinza, meus cabelos estavam soltos eu não tinha franja e deixava eles separados no meio o que o faziam escorrer dos dois lados do rosto cobrindo as orelhas, estava usando um chapéu vermelho escuro e um colar com um pingente de caveira. Ascendi um cigarro e comecei a puxar e soltar lentamente a fumaça em quanto caminhava, abria a boca e liberava aquela fumaça branca sobre meu rosto que logo o vento levava em bora, atraí mais olhares dessa vez, mas agora eles diziam "Essa garota é doida?"

-Não pode fumar nesta escola garota.- Disse um homem que passava por mim.- Aliás menores de idade não podem fumar, se eu ver você fumando de novo vai levar suspensão, é isso que quer no primeiro dia?- Ele falou pegando o cigarro da minha boca.

Não respondi, não queria , fui apenas procurar saber com alguém qual era meu horário de aulas, quando finalmente tudo acabou o ônibus me deixou na frente de casa, eu conheci uma garota, se chama Lisa, ela tem cabelos curtinhos e arrepiado nas pontas, ela foi bem legal comigo, eu gostei bastante dela, suas primeiras palavras foram:"Você mal chegou e já é falada pela metade da escola como a garota que fumou um cigarro na frente do diretor" não foi isso o que aconteceu, eu só queria relaxar e o babaca não deixou, quando entrei em casa tínhamos visita era a minha vizinha do lado Matilde Maya, ela estava com sua filha super tímida Mary, Mary devia ter a mesma idade que eu, cumprimentei elas e dei um sorriso amigável pra Mary ela retribuiu, gostei dela também aparentava ter uma inocência de criança, subi pro meu quarto e ouvi de longe um som de rock, olhei pela janela e vi na janela da minha vizinha Mary, um garoto deitado em sua cama, meu coração sem nem avisar bateu mais rápido, ele era lindo, tinha cabelos pretos que batiam no maxilar um corpo bem definido aparentava ter 18 a 19 anos, foi aí que tudo começou eu não sei o que aconteceu comigo, senti as bochechas coradas, não foi só sua aparência seu modo também, o jeito como ele estava se levantando da cama.